quarta-feira, janeiro 30, 2013

"Calma. Respita. Joga." in DN-Madeira


(clicar para aumentar)

Marítimo o 5º melhor clube português do século XXI




Vale o que vale, mas não deixa de ter interesse. A Federação Internacional de História e Estatística do Futebol (IFFHS) tornou público, nesta terça-feira, o posicionamento dos vários clubes mundiais no ranking do século XXI, colocando o Marítimo como o quinto melhor clube português e o 136º do mundo, numa lista liderada pelo Barcelona e com o F. C. Porto a comandar os portugueses. 

O Marítimo (136º com 830,0 pontos), surge a seguir a FC Porto (13º lugar), Sporting (26º), Benfica (34º) e SC Braga (69º) e à frente de Boavista (192º), V. Guimarães (208º), Nacional (218º), UD Leiria (235º), V. Setúbal (251º), Paços de Ferreira (258º), Académica (290º), Belenenses (305º), Rio Ave (426º), Beira-Mar (443º), Gil Vicente (457º), Naval (542º) e Estrela da Amadora (586º).
A lista foi elaborada tendo como base o desempenho das equipas entre 2001 até 2012. Anteriormente, esta mesma IFFHS já distinguira o Marítimo como o 4º melhor clube português em 2012. 

As Montanhas de Água


(Foto: Garrett McNamara/Público)

O norte-americano Garrett McNamara surfou ontem, na Nazaré, no distrito de Leiria, uma onda que lhe poderá valer um novo recorde, depois de em 2011 ter feito história, também com uma onda de grande dimensão. A foto já percorre mundo e deixa todos de boca aberta!

A promoção da praia e das "ondas" da Nazaré não tem preço. Vendo isto até apetece dar lá um pulito para ver ondas desta magnitude. Imaginem então os surfistas por esse mundo fora.

A vinda a Portugal de McNamara integra-se no "ZON NORTH CANYON SHOW", um projeto de três anos, iniciado em 2010, protagonizado pelo surfista havaiano e desenvolvido pela "Nazaré Qualifica" com o objetivo de promover a Nazaré internacionalmente como destino turístico de referência para a prática dos desportos de ondas grandes e de filmar três documentários que registam a actividade desportiva de McNamara e o quotidiano da vila.

Tal e qual o que se fez na Madeira para promover atrações desta natureza...
 

segunda-feira, janeiro 28, 2013

Lei dos Duodécimos já foi publicada




Foi hoje publicado no Diário da República (DR 1.ª série, N.º 19, 28/01/2013) a Lei 11/2013, que estabelece um regime temporário de pagamento dos subsídios de Natal e de férias para vigorar durante o ano de 2013. Ou seja, a regra do pagamento dos duodécimos tão badalada nos últimos tempos.

Em suma, vem dispor, nos seus artigos 3.º e 4.º, que os subsídios de Natal e Férias deverão ser pagos da seguinte forma: 50 % até 15 de dezembro de 2013 ou início das férias, respectivamente, e os restantes 50 % em duodécimos ao longo do ano de 2013.

Porém, o regime previsto na presente lei pode ser afastado por manifestação expressa do trabalhador a exercer no prazo de cinco dias a contar da entrada em vigor da mesma, aplicando-se nesse caso as cláusulas de instrumento de regulamentação coletiva de trabalho e de contrato de trabalho que disponham em sentido diferente ou, na sua ausência, o previsto no Código do Trabalho. 

Ou seja, até ao dia 2 de Fevereiro de 2013, os trabalhadores têm de comunicar se desejam receber o seu vencimento da forma "normal", como vinham recebendo até à data, ou em duodécimos. Se nada disseram, aplicar-se-á a regra do pagamento dos subsídios (Natal e Férias) em duodécimos. Atenção que o dia 2 é sábado, pelo que se pode levantar a questão de saber se os dias referidos são dias úteis ou consecutivos. Nada dizendo a lei sobre esta matéria, é conveniente que o façam dentro do prazo previsto.
 
Atenção que no caso dos contratos de trabalho a termo e dos contratos de trabalho temporário, a adoção de um regime de pagamento fracionado dos subsídios de Natal e de férias idêntico ou análogo ao estabelecido na presente lei não é de aplicação automática já que depende de acordo escrito entre as partes.  


sábado, janeiro 26, 2013

Chegaram os dias de chuva!

(in DN-Madeira, 26/01/2013)

Vem hoje no Diário de Notícias uma entrevista muito interessante com Sidónio Fernandes, o presidente do Instituto de Emprega da Madeira. Apesar das palavras de alguma esperança no seu discurso, é indisfarçável que o bonança está ainda longe no mercado laboral madeirense.

Em discurso directo:
"O investimento público na Região diminuiu e, por tabela, o investimento privado também diminuiu. No lado do sector público, a fase das grandes obras e infra-estruturas passou. Houve muitos cortes nos apoios da UE, as transferências do Governo da República para a Região diminuíram e as últimas leis das finanças regionais cortaram muitos dos apoios que a Região estava habituada a ter."
"De alguma forma tem sido o Governo Regional, através da Vice-presidência que tutela a economia, a conceder crédito às empresas - só no ano passado foram injectados 28 milhões."
"Temos a noção que a situação do desemprego é muito complicada, temos 23.700 desempregados. Uma parte considerável é desemprego de curta duração (há menos de 1 ano) mas o desemprego de longa duração tem vindo a crescer. As pessoas que procuram um primeiro emprego são uma percentagem relativamente baixa (cerca de 10%) e são jovens que acabaram os estudos, domésticas ou pessoas que nunca trabalharam e que agora sentem necessidade disso. A nossa preocupação é sobretudo que o tipo de desemprego que temos é maioritariamente de pessoas que têm baixas qualificações."
"Cerca de 55% dos nossos desempregados são pessoas que têm um nível de qualificação até ao ciclo preparatório (6.º ano de escolaridade). A integração destas pessoas no mercado de trabalho é extremamente difícil, porque hoje um empresário dá preferência a quem tenha um pouco mais de qualificações."
[a estrutura do Instituto de Emprego consegue responder aos problemas?] "Tem respondido, mas com grande sacrifício dos funcionários, que são os mesmos que tínhamos quando havia 5 ou 6 mil desempregados. Temos quatro vezes mais [desempregados] e as pessoas são as mesmas. As pessoas que fazem atendimento encaram situações dramáticas, de famílias em que marido e mulher estão desempregados e têm filhos a estudar e que têm de tirá-los da universidade porque não conseguem pagar os seus compromissos."
"(...) nós não criamos postos de trabalho, quem os cria são as empresas."

Há várias conclusões que se pode tirar daqui. A primeira, e imediata, são os quase 24 mil desempregados, numa população activa de 150 a 190 mil pessoas. Desses 24 mil, pelo menos 14 mil são pessoas com baixo grau de escolaridade, normalmente ligados aos ramos da construção civil, que foi, o grande responsável pelo "boom" da Madeira nos últimos 30 anos. O que também significa que foram pessoas que saíram das escolas muito cedo, pelo que não receberam qualquer outra "ferramenta" laboral que a capacidade do seu corpo.

Concluimos também que o grande empregador regional é mesmo o Governo Regional a sua estrutura, que directa ou indirectamente influencia todo o tecido laboral regional. E porque não se criou ou incentivou a iniciativa privada que não estivesse, de uma forma ou de outra, ligada ao poder central. Quebrou este, quebram os restantes.

Estes números que, naturalmente, não são unicamente responsabilidade da Região, demonstram claramente que não nos preparamos para os "tempos de chuva". Pois eles chegaram.

A laranja vai amargando...

(in DN-Madeira, 26-01-2013)


É mais que notório que o ambiente no grupo parlamentar do PSD-M está negro e, parece-me com até terá tendência para piorar, particularmente com o aproximar das Autárquicas.

Na semana que terminou, o insólito aconteceu mesmo. Miguel de Sousa, um dos pesos pesados do PSD/M, nas 3 sessões plenárias que ocorreram, limitou-se a assinar o livro de presenças da ALRAM e de seguida a abandonar o hemiciclo. Conta-se que foi a forma de protesto que arranjou depois de numa reunião da bancada do PSD/M há duas semanas, alegadamente Jaime Ramos o ter insultado, e em termos pouco aconselháveis a menores. Tudo porque o vice-presidente do parlamento pediu que fossem agendadas todas as reuniões plenárias até ao final da sessão legislativa.

"Já recebi o pedido de desculpas que era importante" diz o deputado social-democrata que lamenta que, "infelizmente, no PSD, tem de haver quem vá pedindo desculpas pelas asneiradas dos outros". Não sendo referido o autor do pedido de desculpas, subentende-se que não foi Jaime Ramos...

quarta-feira, janeiro 23, 2013

A ilha secreta de Portugal




'A ilha secreta de Portugal' é o título da crónica assinada por Adam Sachs para a revista norte-americana 'Travel+Leisure' sobre a sua visita à Ilha da Madeira

Esta reportagem, prevista para a edição de Fevereiro, é extramemente elogiosa à Madeira, onde o autor conta as peripécias de uma viagem à nossa ilha, onde destaca "os penhascos costeiros, as cascatas e os hotéis palacianos". "Eu queria ir à Madeira porque agrada-me a ideia de um lugar onde eu posso fazer caminhadas, usar um 'blazer' ao jantar e beber um bom vinho", justificou o jornalista de viagens.

No artigo não faltam referências à costa Norte da ilha, ao Vinho "utilizado para brindar a Declaração da Independência da América", à poncha ("Portugal’s incendiary traditional cocktail"), ao peixe-espada, à carne vinha-d'alhos ("I’m a sucker for a pork sandwich with its own festival"), aos poios e às levadas criados pela força do homem.

São estes os bons exemplos que precisamos.


Podem ler aqui a crónica: Madeira Island Getaway


E o burro sou eu?

(foto: DN Madeira)

Há coisas que me escapam. Muito sinceramente. Ou sou mesmo muito burro ou então, querem-me fazer passar por tal. Espero que seja a segunda hipótese. Então vejamos esta: 

O secretário regional do Plano e Finanças Ventura Garcês esteve durante a parte da manhã na Assembleia Legislativa da Madeira para a discussão e aprovação da Conta da Região Autónoma da Madeira de 2011. 

Pois o Sr. secretário literalmente acusou os deputados da oposição de "inventar" uma dívida escondida pelo Governo Regional. Diz que o que se passou, que resultou numa dívida de mais mil milhões, foi um problema informático (!!!) que não permitiu contabilizar todas as dívidas e que a situação foi corrigida mais tarde. 

Ou seja, e cito, "Não houve dívida oculta, houve foi um reporte tardío mas dentro dos prazos estabelecidos na lei". 

Peço desculpa. Devo ser mesmo burro. Eu e os todos os engenheiros informáticos daquela secretaria. Só pode!
 

terça-feira, janeiro 22, 2013

Mais um belo exemplo!



O deputado do PTP José Manuel Coelho apresentou-se hoje de manhã, no plenário da Assembleia Legislativa, vestido da maneira que a fotografia demonstra. O fato de prisioneiro, às riscas, número no peito e algemas, foi a forma que o deputado encontrou para contestar a condenação, a um ano e meio com pena suspensa, por crime de difamação, que recebeu na passada semana. 

É mais um momento que marca a passagem do Sr. Coelho pelo Parlamento Regional, depois dos episódios da bandeira nazi, do relógio de parede, da expulsão da sala, etc. 

Pessoalmente não me identifico nada com este tipo de "política" (se é que se pode chamar isso de política), na base da constante acusação e contestação, sem que, porém, sejam capazes de deixar uma marca positiva, uma construção ou proposta palpável para resolução dos males que já são sobejamente conhecidos. Já nem falo do respeito pela "casa", até porque dos outros partidos também assistimos a momentos nada dignificantes da sua condição de deputados.

Resultado: mais uma sessão parlamentar com trabalhos suspensos (por abandono da sala pelo grupo parlamentar do PSD-M), ainda por cima com uma turma de miúdos estudantes nas bancadas a assitir a tudo isto. Que belo exemplo levam dali.

segunda-feira, janeiro 21, 2013

Pré-campanha já nas ruas do Funchal




Imagem de lançamento da campanha de José Manuel Rodrigues para a Câmara do Funchal. Com os cidadãos. A pré-campanha para as Autárquicas 2013 na Madeira já começou.


Uma verdade cruel




Numa longa entrevista com a Oprah Winfrey, dividida em dois programas, o ex-ciclista norte-americano Lance Armstrong confessou que as suas vitórias, nomeadamente as sete na Volta a França, se ficaram a dever ao doping (um "cocktail" de EPO, transfusões sanguíneas e testosterona), ao qual recorreu desde o início da carreira. Relevante foi a sua afirmação de que seria impossível vencer o Tour sete vezes sem o recurso a estas ajudas.

Honestamente, não estou surpreendido. O ciclismo profissional, ao nível destes cavalheiros, é algo extramemente brutal. Pedalar etapas com mais de 200 quilómetros, subir montanhas e fazer contra-relógios em velocidades absurdas por tempo absurdo, e tudo num curto espaço de tempo, é impensável para uma pessoa comum e para a maioria dos atletas profissionais.

Como sabemos há várias formas de doping. Há o legal, ou seja, as ajudas ao organismo feitas dentro dos limites permitidos, e há o, chamemos de ilegal, quando os valores das ajudas utilizadas ultrapassam esses mesmos limites ou façam parte das substâncias totalmente proibidas que constam das tabelas anuais. Se aceitamos que este doping legal é necessário para uma performance profissional, assim como na recuperação do atleta, não podemos igualmente fechar os olhos ao incremento do doping fora dos limites legais, nem podemos tomar este caso do Armstrong como caso excepção.

Armstrong não estava sozinho. Tinha uma equipa de profissionais por detrás, desde médicos, farmacéuticos, técnicos e colegas. Tinha toda uma estrutura profissional montada que o auxiliava, em todos os momentos, inclusive no tratamento, dosagem e administração dos referidos produtos. E, alguém acredita mesmo que a US Postal estava sozinha nisto?

Depois da morte suspeita do italiano Pantani, da suspensão de Alberto Contador, e agora desta confissão de Armstrong, é difícil olhar para o ciclismo e acreditar que eles pedalam apenas com a força das suas pernitas.


quarta-feira, janeiro 16, 2013

Erica Fontes põe Portugal no mapa!




Portugal tem mais para oferecer que futebol. Embora também implique bolas mas de outra natureza, temos uma estrela a crescer fora das nossas fronteiras. 

Erica Fontes, uma simpática jovem de 21 anos, natural da cidade de Lisboa, é primeira portuguesa a conquistar o prémio XBIZ, considerado o óscar do cinema para adultos. Erica conquistou o prémio de melhor artista internacional do ano, numa cerimónia que desde 2003 premeia os melhores dos melhores do cinema pornográfico. 

"Sou a única actriz profissional do meu país, onde a pornografia ainda é 'um bebé'", diz Erica. "Ganhar este prémio é um grande orgulho e dá-me muita força para continuar a trabalhar com ainda mais vontade". É caso para dar os parabéns.

Portugal em grande!

terça-feira, janeiro 15, 2013

"Aloha from Hawaii" with Mr. Elvis Presley



Aloha from Hawaii foi o primeiro concerto de música a ser transmitido ao vivo via satélite em 14 de Janeiro de 1973. Estávamos no início da era dos espectáculos ao vivo e perante a transmissão mais assistida por um artista individual na história da televisão, ultrapassando inclusive a chegada do homem à Lua em 1969. O artista era, nada mais, nada menos, que o "The King", Mr. Elvis Presley.

O concerto teve lugar no Centro de Convenções Internacional Arena, em Honolulu (agora conhecido como o S. Neal Blaisdell Arena) e foi exibido em mais de 40 países da Ásia e da Europa (que recebeu a cerimónia no dia seguinte, também em horário nobre). Apesar da inovação por satélite, nos Estados Unidos o espectáculo só foi emitido no dia 4 de Abril de 1973, no mesmo dia do Super Bowl VII. Foi ainda o especial de entretenimento mais caro na época, custando cerca 2,5 milhões de dólares, um balúrdio para a altura.
 
Presley usou um macacão branco
"American Eagle" desenhado por Bill Belew. A transmissão foi dirigido por Marty Pasetta, o mestre de cerimónias da direcção dos Óscares da Academia de Hollywood. Os bilhetes para o espectáculo não tinham preço fixo e cada espectador pagava o que podia ou queria. Mesmo assim, com as vendas de merchandising e das entradas no concerto levantou foi angariado cerca de 75.000 dólares, que foram entregues ao "Lee Kui Cancer Fund", no Havaí.

Um marco da história da música e da televisão.


segunda-feira, janeiro 14, 2013

Acto sexual falhado ou acidente de trabalho?




Um tribunal australiano determinou o pagamento de uma indemnização a uma funcionária pública que sofreu um acidente enquanto mantinha relações sexuais durante uma viagem de trabalho. A mulher, cuja identidade não foi revelada, foi enviada por um departamento do Governo a uma localidade do interior, em Novembro de 2007, quando ficou ferida na cara ao bater num candeeiro enquanto mantinha relações sexuais com um amigo. Ferida na boca e no nariz, a mulher enfrentou depois problemas de ansiedade e de depressão e esteve impedida de trabalhar por algum tempo. 

 O pleno dos magistrados do Tribunal Federal da Austrália recusou um recurso da agência de compensações laborais, Comcare, que argumentava que o encontro amoroso não era parte das suas obrigações oficiais. Para o tribunal a questão não era se a funcionária tinha passado a noite a manter relações sexuais ou a jogar às cartas, porque em qualquer dos casos "estava em trabalho".

Mas não se julgue que os Australianos estão malucos. Em Portugal, a definição de acidente de trabalho está estipulada na Lei n.º 98/2009, de 4 de Setembro, que regulamenta o regime de reparação de acidentes de trabalho e de doenças profissionais, nos termos do artigo 284.º do Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro. Assim, nos termos da Lei, é considerado acidente de trabalho aquele que se verifica no local e no tempo de trabalho, produzindo directa ou indirectamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte redução na capacidade de trabalho ou a morte.

Porém, considera-se também acidente de trabalho o ocorrido, entre outras situações, fora do local de trabalho, quando exista autorização expressa da entidade empregadora para tal frequência; e fora do local ou do tempo de trabalho, quando verificado na execução de serviços determinados pela entidade empregadora ou por esta consentidos

Conclui-se que, teoricamente, esta situação poderá ser possível também em Portugal... 


Cá se fazem, cá se pagam...




Então não é que, de acordo com a imprensa belga, que o FC Porto não está satisfeito com o comportamento do Anderlecht em relação ao avançado brasileiro Kléber e que pondera apresentar queixa na FIFA, que, alegadamente, terá "assediado" o jogador que, como sabemos, já manifestou publicamente o seu desejo de sair

Pelo sim, pelo não, acho muito sinceramente que os dirigentes do Porto deveriam pedir ao Maritimo para ser testemunha do que é assédio, não vá a FIFA não saber o que é...


sexta-feira, janeiro 11, 2013

"Uma meia entrada" in DN-Madeira


(clicar para aumentar)

No fim a cobaia morre sempre!




O Fundo Monetário Internacional (FMI) elaborou um relatório, em virtude de uma encomenda do Executivo de Pedro Passos Coelho, para aquilo que foi pomposamente chamado de  a "refundação do Estado português". As suas recomendações, expressas nas vastas 80 páginas do relatório, foram esta semana dadas a conhecer aos Portugueses. E diga-se, a bem da verdade, prometem tempos ainda mais dolorosos.

O FMI no seu relatório considera o Estado Português “um empecilho ao crescimento”, além de ser “grande e ineficiente”, “concede privilégios injustificados”, sendo ainda classificado de “iníquo”, sobretudo para os mais jovens. Aquilo a que chamam de “reformas inteligentes”, que a entidade liderada por Christine Lagarde sugere, entre outras medidas, passa por cortes no subsídio do desemprego, que “continua demasiado longo e elevado”; pela dispensa de 50 mil professores;  pelo aumento do horário de trabalho para 40 horas semanais; pelo aumento da duração das aulas e recurso à mobilidade especial, no âmbito do sistema educativo; pela subida nas taxas moderadoras na saúde e diminuição destes serviços; por cortes nos sistemas de pensões de militares e polícias, considerados “demasiado generosos”; pelo aumento das propinas no Ensino Superior; pelo despedimento de excendentários da Função Pública ao fim de dois anos; pela mudança “urgente” nas tabelas salarias da Função Pública e dispensa de trabalhadores, entre os 10% e os 20%; cortes nos salários e nas pensões e eliminação de todos os regimes de excepção das pensões; pela subida da idade da reforma para os 66 anos e proibição expressa de reformas antes dos 65 anos, mesmo para quem cesse o subsídio de desemprego. Tudo para uma poupar cerca de 4 mil milhões de euros. Em suma, mais apertos para a já apertadíssima carteira portuguesa.

Naturalmente as reacções não se fizeram esperar, dos mais variantes quadrantes da sociedade portuguesa, incluindo de dentro do próprio PSD, e com a oposição do CDS já manifestada.

Mas vamos por partes. Este relatório apresentado é, acima de tudo, um relatório técnico. E tem, naturalmente, esse valor técnico. Ou seja, foi pedido a uma entidade técnica que utilizasse o seu conhecimento e perante a presente situação encontrasse uma forma do Estado Português poupar uns "trocos". E foi isso que fez. Sem qualquer preocupação social, como é evidente. Ou sequer se, perante tais medidas, o país ficaria habitável ou não. Mas isto também não é uma preocupação para o FMI. Essa é, naturalmente, um preocupação política do Estado Português.
  
E, honestamente, é isso que me assusta um pouco. Que essa sensibilidade política e social falhe a este Governo, como já tem acontecido anteriormente. Compreendo que apanharam um país em frangalhos, sem dinheiro e sem capacidade de se financiar. E a partir do momento que aceitamos a ajuda externa, como qualquer devedor, estamos sujeitos às condições do credor que naturalmente não quer perder o seu dinheiro e ainda quer ganhar algum. Mas, por qualquer razão, sinto-me, como muitos Portugueses, que somos uma espécie de cobaia, pronta para testes e mais testes. Às vezes incompreensíveis. Recordo-me que, por exemplo, a 27 de Novembro do ano passado, Vítor Gaspar disse, corroborado pelo presidente do Eurogrupo Jean Claude Juncker, que Portugal e Irlanda seriam beneficiados pelas condições abertas à Grécia. Dias depois, tudo foi desmentido porque não passava de um "mal-entendido", "um erro de comunicação" e que, afinal, o pacote decidido para a Grécia não se aplica a Portugal e à Irlanda. Agora, já ninguém fala nisso. E este relatório indicia que a ideia da "austeridade" como fórmula mágica para a recuperação ainda está na cabeça de muita a gente.

A verdade é que os países da zona euro mais afectados pela crise (Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha, Itália), têm sido objecto de estratégias, teorias e políticas fiscais e económicas europeias que, na prática, têm falhado. Corte atrás de corte, a recessão veio para ficar e nem Portugal, nem a Europa em geral, consegue recuperar. E Portugal tem sido, como os outros, a cobaia (quiçá a mais bem comportada) destas práticas. Mas, no fim, a cobaia morre sempre.


quinta-feira, janeiro 10, 2013

And the Nominees are...


(Foto: ROBYN BECK / AFP)

A Academia norte americana de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou hoje os nomeados à 85ª edição dos Óscares. Seth McFarlane e Emma Stone apresentaram as escolhas do juri da Academia e "Lincoln", de Steven Spielberg, lidera a lista com 12 nomeações, seguido de perto por "A Vida de Pi", de Ang Lee, com 11.

Eis a lista de nomeados para melhor filme:

- Amor (de Michael Haneke)
- Argo (de Ben Affleck)
- As Bestas do Sul Selvagem (de Benh Zeitlin)
- Django Libertado (de Quentin Tarantino)
- Les Misérables (de Tom Hopper)
- A Vida de Pi (de Ang Lee)
- Lincoln (de Steven Spielberg)
- Guia Para Um Final Feliz (de David O. Russell)
- 00:30 - A Hora Mais Negra (de Kathryn Bigelow)

No papel de melhor actor estão nomeados Bradley Cooper (Guia Para Um Final Feliz), Daniel Day-Lewis (Lincoln), Hugh Jackman (Les Misérables), Joaquin Phoenix (O Mentor) e Denzel Washington (Decisão de Risco). Nas senhoras Jessica Chastain (00:30 - A Hora Mais Negra), Jennifer Lawrence (Guia Para Um Final Feliz), Emmanuelle Riva (Amor), Quvenzhané Wallis (As Bestas do Sul Selvagem) e Naomi Watts (O Impossível), disputaram o oscar para melhor actriz.

Veja aqui todos os nomeados.

A cerimónia de entrega dos prémios realizar-se-á no dia 24 de Fevereiro (em Portugal na madrugada de 25), em Los Angeles, nos Estados Unidos, e terá apresentação de Seth MacFarlane, o criador da série "Family Guy".


Será do malho ou do malhadeiro?




O Relatório do Desenvolvimento Social e do Emprego na Europa 2012, divulgado na terça-feira em Bruxelas, mostra uma Europa a Norte e outra Europa a Sul, particularmente no que concerne aos países que integram a zona euro.

Esta relatório mostra que a divergência na taxa média de desemprego entre os países do Norte e do Sul da zona euro duplicou em 11 anos, tendo passado de 3,5 pontos em 2000 para 7,5 em 2011.

Mostra ainda que a divergência entre a taxa de desemprego dos Estados-membros do Norte (Áustria, Bélgica, Finlândia, França, Alemanha, Luxemburgo e Holanda) e os do Sul (Chipre, Estónia, Grécia, Irlanda, Itália, Malta, Portugal, Eslováquia, Eslovénia e Espanha) chegou aos 7,5 pontos percentuais, um valor considerado "sem precedentes". A taxa média de desemprego a Norte era, em 2011, de 7,0%, contra 14,5% no Sul. 

Agora outro dado muito, muito curioso. Comparativamente, em 2011, a diferença Norte-Sul é de apenas 1,5 pontos percentuais entre os Estados-membros que não integram a zona euro.

Consequentemente a pergunta é inevitável: é o malho ou é do malhadeiro?


quarta-feira, janeiro 09, 2013

O lado bom da Madeira




Cansado de más notícias e maus destaques no que se refere à nossa ilha, hoje fiquei contente por saber que ainda há valor por cá. E há quem dê valor.

A Madeira é tema de destaque no prestigiado guia on-line 'World Travel Guide', que tece rasgados elogios ao destino. "A sua paisagem diversificada, as suas incontáveis veredas e famosas levadas que convidam a agradáveis passeios, a sua saborosa gastronomia, o seu afamado vinho, a típica poncha, os encantos da sua cosmopolita capital - Funchal -, o deslumbrante fogo-de-artifício da passagem de ano, a sua vasta oferta hoteleira e o seu clima ameno ao longo de todo o ano são, em suma, alguns dos aspectos evidenciados no guia", refere o guia. É destacada ainda como sendo "um destino com uma boa relação preço/qualidade e que oferece ao visitante experiências únicas e à medida das suas expectativa". A terra é boa. Basta saber explorá-la bem.

Mas não apenas uma "carinha bonita". Também trabalhamos bem.  A 'Engenho Novo da Madeira' saiu do concurso internacional de Vinhos e Bebidas Espirituosas, 'CINVE Valladolid'2012', com quatro medalhas: duas de ouro e outras tantas de prata. E isto não é de somenos. É que a concurso estiveram 620 bebidas provenientes de 15 países, o que revela bem o prestígio deste concurso internacional.

A empresa madeirense apresentou no concurso, que decorreu na cidade espanhola de Valladolid, dois novos produtos - 'Licor Rum Laranja' e 'Licor Rum Menta - que receberam as medalhas de ouro nas categorias respectivas. Premiadas com prata, foram as bebidas 'Ginja ENM', que incluiu Vinho Madeira na composição, e a 'Aguardente de Cana ENM'.

Estou contente!

terça-feira, janeiro 08, 2013

O melhor?


(Foto: Christof Koepsel/Getty Images)

Messi venceu a quarta Bola de Ouro consecutiva. É até à data o único a consegui-lo. O nosso Cristiano Ronaldo foi novamente segundo, o que, apesar de tudo, não deixa de ser prestigioso. Este prémio consagra aquele que foi para a FIFA, os seleccionadores, capitães e jornalistas, o melhor do ano desportivo que findou. Os critérios? Honestamente não há: é a escolha destas pessoas, seja ela influenciada ou não por terceiros interessados.

Assim sendo, poder-se-á falar de justiça? Ou de prémio bem entregue? Bem, o Messi fez uma época estrondosa a título individual, totalizando 91 golos em 2012, o que é obra! Mas, verdade seja dita, "pouco" mais fez (aqui pouco terá que ser tido em noção bastante relativa, como é evidente). Mas, se o prémio é para coroar o melhor do ano, o que está em causa é o jogador que mais se destacou nesse ano, o que não tem de forçosamente ser o melhor jogador.

Na minha opinião (e logicamente é uma mera opinião), para mim o prémio não é justo. Não desconsiderando naturalmente o génio de Messi, este tem atrás dele dois gigantes do futebol, Xavi e Iniesta. Xavi para mim teria sido o vencedor em 2008. Ganhou o mesmo que Messi no Barcelona nessa temporada e ainda foi campeão do mundo, levando a Espanha a tiracolo. Mas foi Messi quem ganhou. Esta temporada, estava dividido entre Ronaldo e Iniesta. Iniesta fez uma temporada fantástica (mais uma!), coroada com o título europeu pela Espanha, sendo eleito o melhor jogador do torneio. Mas Xavi e Iniesta são menos mediáticos. E não esqueço Falcao! Mas quem ganhou foi Messi.

O próprio Cristiano fez uma época fantástica: venceu a Liga espanhola, destronando a "armada invencível" da Catalunha, venceu a Supertaça, marcou 60 golos na época, à frente de uma equipa que bateu todos os recordes em Espanha. Foi ainda semifinalista na Liga dos Campeões e fez um bom Europeu por Portugal, caindo apenas nas meias finais da competição. Mas tudo isto não foi suficiente para que quem votou o considerasse o melhor! O que será preciso então?

A verdade é que a atribuição do prémio de melhor do mundo "A Bola de Ouro" é algo sem qualquer espécie de critério. Alias, pouco se compreende que em 2010/2011, onde o madeirense fez uma época absolutamente fulminante, batendo um recorde com 30 anos, tornando-se no melhor marcador do campeonato com 41 golos, numa época em que marcou um total de 53 golos, o título seja entregue a Messi pelos títulos alcançados pelo Barcelona, e já este ano este mesmo critério já não serviu para premiar o Cristiano, já que Messi apenas o bateu nos golos marcados. Resumindo, não há qualquer critério, a não ser o gosto pessoal. E assim, quem gosta do Messi vai gostar sempre deste em detrimento de outros, como o inverso é verdade.

É cada vez mais pertinente que a FIFA crie critérios de atribuição deste prémio e que os relacione com dados concretos da época. Que o torne mais objectivo, mais fácil de perceber. Caso contrário, corremos o risco de estarmos perante um prémio para servir meros interesses ou caprichos, já que não deixa de ser perverso em estar a querer endeusar Messi como o melhor de todos os tempos, quando outros grandes do futebol, como Pelé ou Maradona, carregaram sozinhos as suas equipas e as suas selecções ao topo do mundo (como fez Ronaldo em Manchester e Madrid) e não tiveram o privilégio de ter uma equipa de outras estrelas a jogar exclusivamente para si! Pode não parecer mas isto faz muita diferença...


segunda-feira, janeiro 07, 2013

E agora Sr. Presidente?



Em 19 de Fevereiro de 2007 o Dr. Alberto João Jardim apresentava a sua demissão enquanto Presidente do Governo Regional, devido à lei das finanças regionais apresentada pelo Governo de José Sócrates, lei essa que era um "garrote financeiro" à Madeira, beneficiando de forma "vergonhosa" os Açores, além de contrariar a Constituição e o Estatuto Político-Administrativo da Madeira. O presidente do Governo Regional não aceitava (e bem) que, a meio do seu mandato, fossem alteradas as "regras do jogo" impedindo-o de cumprir o programa apresentado aos madeirenses. Demitiu-se e venceu as eleições seguintes com um dos melhores resultados de sempre.

Passados seis anos, a situação repete-se, num cenário praticamente igual. A lei das finanças regionais em discussão na Assembleia da República, veda à Madeira o acesso ao Fundo de Coesão, o que representará um corte de 50 milhões de euros; reduz, substancialmente o 'bolo' de transferências para a Madeira e para os Açores que fica em 322 milhões, recebendo a Madeira, em 2014 (se entretanto a lei não for alterada na Assembleia da República), cerca de 155 milhões de euros, mais euro menos euro que teria direito com a lei de 2007; há um artigo que, pura e simplesmente, permite ao Estado decidir que as verbas a transferir, para a Madeira e para os Açores, podendo mesmo ser inferiores à fórmula de cálculo (ultrapassando a regra do EPARAM que obriga a que as transferências do Estado de um ano não possam ser inferiores às do ano anterior); além de ter mecanismos de controlo muito mais rigorosos, aplica-se a redução de 30 para 20%, da margem de alteração às taxas de IVA, IRS e IRC a cobrar nas regiões autónomas, tratando-se de uma medida que não afecta as receitas do Governo Regional, mas que é dura para os madeirenses e açorianos.

Neste sentido é justa a pergunta: demitir-se-á, mesmo sabendo que a realização de eleições antecipadas com Jardim à frente, muito provavelmente, custar-lhe-á a maioria absoluta?
 
 

Sem Portugueses não há Portugal




Não havia, até à data, registo estatístico na Região revelador de um tão baixo número de nascimentos. A contabilização feita pelo DIÁRIO com base no total de crianças nascidas em 2012 no Serviço de Obstetrícia do Hospital Dr. Nélio Mendonça, na Clínica da Sé e na Clínica de Santa Catarina, dá conta de que houve apenas 2.028 nados vivos no ano transacto. (in Diário de Notícias)

Infelizmente não foi só na Região que ocorreu o mais baixo número de sempre de nascimentos. A baixa de natalidade é uma realidade que está a afectar todo o país. Os dados do Instituto Ricardo Jorge revelaram que 2012 foi o pior ano de sempre em nascimento de bebés ao nível nacional, já que se registaram pouco mais de 90 mil nascimentos no ano passado. Em 2011 tinham sido 97.112. Esta foi a terceira vez na história de Portugal que o número de nascimentos ficou abaixo dos 100 mil, e o pior registo de sempre. E tendo em conta a quebra acentuada no número de nascimentos em 2012, tudo leva a crer que a taxa de natalidade que será apurada para este ano será ainda mais baixa do que aquela registada em 2011. Atendendo a todas as conhecidas condicionantes, não há esperança de melhoras em 2013.

Honestamente acho que a crise não pode explicar tudo. Nos tempos idos, em que as pessoas viviam em condições muito piores, viviam menos tempo, a taxa de mortalidade infantil era altíssima, mesmo assim as pessoas tinham filhos em grande número. A insuficiência económica podia ser uma razão mas creio que outros factores pesam mais: a tardia saida dos filhos da casa dos pais; casamentos em idade mais velha; indisponibilidade mental para ter crianças; aumento de homens e mulheres incapazes de gerar uma criança. E acredito que outros factores terão igual peso nesta matéria.

Esta é uma situação gravíssima e, sobre a qual, não vejo qualquer medida a ser tomada em Portugal. Bem pelo contrário. E meus amigos, sem Portugueses não há Portugal!


Imaginem!!!


(Foto: Getty Images)

Ainda não sabemos o resultado da eleição do melhor jogador de 2012 para a FIFA, mas olhando para esta imagem até apetece dizer: imaginem estes três meninos a jogarem na mesma equipa! Uiiiii!!!


José Manuel Rodrigues é o candidato à Câmara do Funchal




Os dirigentes regionais e concelhios do CDS-PP Madeira reuniram-se neste fim-de-semana em Santana, numa reunião que serviu, sobretudo, para traçar os perfis das candidaturas locais. No entanto, deste encontro saiu aquilo que, podemos dizer, marcou o arranque da campanha do CDS/PP para as eleições autárquicas de 2013 - a notícia da candidatura de José Manuel Rodrigues à Câmara Municipal do Funchal.

Ainda sem anúncio oficial - embora já público - esta decisão do JMR, e apoiada pelas bases principais do partido, contém um um risco político tremendo, sem dúvida, porém é claramente aquilo que o CDS/PP na Madeira necessita para segurar o estatuto de maior partido da oposição conquistado ao PS nas regionais de 2011.

Atendendo ao presente cenário onde se prevê uma disputa de três forças no Funchal (PSD, CDS/PP e a tal coligação da oposição), ainda sem sabermos o que fará Miguel Albuquerque com todo o capital que ganhou dentro do PSD-M), onde não se prevê qualquer maioria absoluta (admite-se que qualquer candidato do PSD-M apoiado por Jardim, seja Bruno Pereira ou outro, por tudo o que aconteceu não repetirá as largas vitórias alcançadas até 2009), e já sendo público que o CDS/PP já afastou qualquer hipótese de coligação na corrida eleitoral, esta é uma verdadeira oportunidade de garantir peso político ao nível autárquico para o partido e abrir portas para, já em 2015, o CDS/PP Madeira ser mais do que a principal oposição.

Para já o CDS/PP concorre com listas únicas a todas as Câmaras e Juntas de Freguesia, excepção feita na Junta de Freguesia de Gaula onde apoiará o Movimento Juntos Pelo Povo.

Não temos dúvidas que será uma campanha dura e longa. Mas esperamos dias muito, muito interessantes.



domingo, janeiro 06, 2013

Começou o ano eleitoral!




Em 2005, quando foi publicado o DLR 15/2005/M, que procedeu à classificação das estradas da rede viária regional, no seu preâmbulo podia-se ler o seguinte: "O presente diploma foi objecto de diálogo com as câmaras municipais, com as quais se acertaram os termos em que estas assumem a gestão das estradas regionais desclassificadas".

Ou seja, houve claramente um diálogo entre todas as partes envolvidas, um entendimento importante sobre a gestão do património da rede viária da responsabilidade do Governo Regional e da rede viária da responsabilidade das Câmaras.

Com a publicação do DLR 1/2013/M, procede-se a uma nova reclassificação desta rede viária regional, pretendendo-se "uma melhor adequação da classificação das estradas da rede viária regional à realidade existente, assim como definir em que termos ocorre a desclassificação de estradas regionais". 

Na prática, o novo DLR 1/2013/M, que o Governo Regional fez aprovar pela bancada do PSD-M, passa para o controlo do Executivo estradas em praticamente todos os concelhos da Região. A maior parte são vias que ligam sedes de concelho ou freguesias. Com a excepção do Funchal. Por exemplo, a Rua 31 de Janeiro passa a fazer parte da Estrada Regional 109, assim como a Rotunda da Autonomia na Avenida do Mar e das Comunidades Madeirenses (onde decorre a polémica obra de junção das ribeiras); a Rua Brigadeiro Oudinot, onde está o Mercado dos Lavradores, está na ER 118. Mais curiosa é a designação da Rua das Maravilhas que deixa de ser artéria municipal para fazer parte da Estrada Regional 119, bem como as ruas que delimitam a Ribeira de S. João no Funchal, a Rua Dr. Brito Câmara e a Avenida Calouste Gulbenkian.

Vejo dois problemas. O primeiro é, mais uma vez, estarmos perante uma decisão unilateral do Governo Regional com a conivência do Grupo Parlamentar do PSD-M, não tendo existido qualquer "discussão" com as respectivas Câmaras, particularmente com a Câmara do Funchal, que perde dezenas de arruamentos e vias principais no centro da cidade. O segundo problema é que esta decisão não foi tida no melhor interesse da Região e da cidade do Funchal mas uma mera penalização ao grupo dissidente da edilidade do Funchal.

Oficialmente começou a campanha eleitoral para as Autárquicas de 2013 no Funchal.


sexta-feira, janeiro 04, 2013

Entroikado, a palavra do ano!




"Entroikado" é a palavra do ano, que recolheu 32 por cento dos votos dos cibernautas, de acordo com a Porto Editora, que organizou a inicitiva. 'Entroikado' alcançou 32 por cento dos votos, mais do dobro da palavra 'desemprego', classificada em segundo lugar com 14 por cento das escolhas. Completa o pódio deste ano a palavra 'solidariedade', com 12 por cento das preferências.

A palavra do ano integrava uma lista de dez, escolhidas pela equipa de linguistas do Departamento de Dicionários daquela editora, que esteve à votação, 'on-line', desde o início do ano, para a escolha da eleita. A lista teve, "como critérios, a frequência de uso, a relevância assumida ou então, simplesmente, porque se relaciona com algum tema muito marcante".

Em 2009, quando se realizou a eleição pela primeira vez, a palavra do ano eleita foi 'esmiuçar'. No ano seguinte, foi 'vuvuzela' e, em 2011, foi eleita a palavra 'austeridade', que relegou a 'esperança' para segundo lugar. Toca a meter mais uma palavra no dicionário.


quinta-feira, janeiro 03, 2013

O Ano do Fisco!




O ano de 2013 promete ser mais um ano de sacrifícios para os portugueses. Os cortes na despesa e o aumento dos impostos que constam no Orçamento do Estado para 2013 levaram mesmo a oposição a apelidar o diploma de "bomba atómica fiscal". Taxas mais graves no IRS e o aumento no preço da electricidade são algumas das medidas que vão afectar os portugueses no ano que começou na terça-feira.

Vejamos algumas:

Imposto Único de Circulação: O Imposto Único de Circulação tem aumentos de 10 por cento face ao último ano nos jactos privados, motociclos de elevada cilindrada, embarcações e os veículos ligeiros. É expectável que esta subida renda aos cofres do Estado 198,6 milhões de euros.

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS): As mudanças nesta contribuição começam com a passagem dos oito escalões para cinco, sendo cada um deles alvo de agravamentos na altura de pagar.

Uma taxa 14,5 por cento aplica-se a quem arrecade, em rendimentos, colectáveis, até sete mil euros por ano. A taxa normal é agravada em 28,5 por cento (7 mil a 20 mil euros anuais), enquanto a taxa média passa a 23,6%. Quem ganhe anualmente entre 20 mil aos 40 mil euros paga 37 por cento de IRS, enquanto no quarto escalão (40 mil a 80 mil euros por ano) a taxa é de 45 por cento. O escalão mais alto tem uma taxa de 48 por cento, para quem some rendimentos de mais de 80 mil euros anuais.

Além destes aumentos, os portugueses terão ainda de pagar uma sobretaxa de 3,5 por cento na retenção na fonte. No caso do quinto escalão, esta sobretaxa, apelidada de «taxa de solidariedade», é de 2,5 por cento. No que concerne às despesas com educação e com a saúde há ainda novos limites nas deduções à colecta.

Electricidade: O aumento de 2,8 por cento dos custos com este bem essencial é dos que mais portugueses (5,6 milhões) afecta. A decisão partiu da reguladora ERSE e não do Governo. Estão englobados todos os portugueses que ainda não tenham escolhido um novo operador de electricidade, que estão assim no chamado mercado regulado.

Imposto para prémios em jogos da Santa Casa: Todos os prémios iguais ou superiores cinco mil euros serão tributados a 20 por cento. Englobados estão os jogos do Totobola, da Lotaria Popular, do Joker, do Euromilhões, da Lotaria Instantânea e do Totoloto.

Diluição de subsídios no ordenado: Esta medida pretende "aliviar a bolsa dos portugueses" que passam a receber os  subsídios nos salários. Pensionistas, trabalhadores do privado e do público são os alvos desta alteração. Da seguinte forma:

Função pública – Deixa de ser pago o subsídio de férias para quem ganhe mais de 1.100 euros brutos por mês, e só receberá parte da subvenção quem ganhe mais de 600 euros. O subsídio de Natal passa a ser dividido em doze prestações, ao longo do ano.

Privados – Metade dos dois subsídios são pagos no período normal, enquanto os restantes 50 por cento são pagos em duodécimos, diluídos nos 12 ordenados do ano.
Na prática recebem um por inteiro e outro em duocédimos.
 
Pensionistas – Os cortes aplicam-se a quem ganha mais de 600 euros por mês. O subsídio de férias sofre um corte de até 90 por cento, enquanto o de Natal é pago em duodécimos.

Rendimentos de capital: A tributação sobre os rendimentos de capitais sobe dos 26,5 por cento para 28 por cento. A tarifa aplica-se às mais-valias mobiliárias.

Imóveis mais valiosos: Os donos dos imóveis cujo valor está acima de um milhão de euros passam a pagar mais um por cento na taxa do IMI, a que se junta uma outra em sede de Imposto de Selo. 

Boa sorte!!!

terça-feira, janeiro 01, 2013

Entrada em grande de 2013!


(Foto: Gregório Cunha/AFP)


Mais uma vez, um dos maiores espectáculos pirotécnicos do mundo deu as boas vindas ao ano novo. No palco privilegiado que é a baía da Funchal o fogo de artifício não defraudou os milhares de turistas e madeirenses que se juntaram um pouco por toda a cidade e, durante cerca de 8 minutos e meio, deixou toda a gente a olhar para os céus. 

Assim, resta dizer, bem vindo 2013!