(foto: DN Madeira)
Há coisas que me escapam. Muito sinceramente. Ou sou mesmo muito burro ou então, querem-me fazer passar por tal. Espero que seja a segunda hipótese. Então vejamos esta:
O secretário regional do Plano e Finanças Ventura Garcês esteve durante a parte da manhã na Assembleia Legislativa da Madeira para a discussão e aprovação da Conta da Região Autónoma da Madeira de 2011.
Pois o Sr. secretário literalmente acusou os deputados da oposição de "inventar" uma dívida escondida pelo Governo Regional. Diz que o que se passou, que resultou numa dívida de mais mil milhões, foi um problema informático (!!!) que não permitiu contabilizar todas as dívidas e que a situação foi corrigida mais tarde.
Ou seja, e cito, "Não houve dívida oculta, houve foi um reporte tardío mas dentro dos prazos estabelecidos na lei".
Peço desculpa. Devo ser mesmo burro. Eu e os todos os engenheiros informáticos daquela secretaria. Só pode!
2 comentários:
Luís,
Se descontextualizares e se não reproduzires tudo o que o Secretário disse, parecerá (eu não vou dizer “burro”) uma afirmação estranha. Todavia, o que o Secretário disse - e repito, porque eu sim, estava lá -, foi que não existe uma dívida oculta, nunca existiu. O que existiu foi uma dívida pública não reportada a devido tempo. Em parte, devido a problemas informáticos (tanto que um dos pontos do PAEF pressupõe, no ponto 45, a introdução de um novo programa informático).
Também esclareceu o Secretário que o que existe é uma dívida totalmente apurada e documentada (longo, não oculta) que foi efetivada ao serviço do desenvolvimento e do crescimento económico.
O que o Secretário disse é que existe uma Obra que já ninguém retira ao uso e à qualidade de vida de madeirenses e porto-santenses, apesar de todas as tentativas do governo de Sócrates e Teixeira dos Santos - com a concordância e voto do CDS -, que ilegitimamente subtraíu meios ao Povo Madeirense.
Também explicou que a dívida pública da Região encontra-se devidamente espelhada na Conta, ainda que sejamos, a todo o momento, confrontados com atitudes demagógicas que têm como único objetivo denegrir a imagem deste arquipélago e da sua população.
Basta ver a quantidade de vezes que a dívida pública da região já foi multiplicada - como fez mais uma vez hoje o Lino Abreu -, para confirmar que existe uma estratégia deliberada, assente num misto de mentira, conluio e má fé.
Ana
Ana, essa explicação pode parecer plausível para quem não conhece o funcionamento do Tribunal de Contas e os ditos "reports". Mas querer explicar a "ausência" de mais de mil milhões de euros das declarações anuais, por razão de uma falha informática, parece-me esmo, mas mesmo, pouco plausível.
Seja como for, é precisamente para estas coisas que servem os nossos tribunais. Em breve saberemos que verdade se susterá.
Beijoca.
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