sexta-feira, outubro 28, 2005

O TGV e a OTA

TGV vai parar na Ota e em Leiria, Coimbra e Aveiro

O Governo vai apresentar no próximo mês uma nova versão do projecto de Alta Velocidade que reduz a duas as linhas do TGV Lisboa-Porto e Lisboa-Madrid) e prevê quatro paragens (Ota, Leiria, Coimbra e Aveiro) no percurso que liga as duas principais cidades portuguesas.

O anúncio de uma decisão política sobre a rede de Alta Velocidade será feito depois de o Governo revelar os seus projectos para a Ota, cujos contornos principais deverão ser conhecidos nos primeiros dias do próximo mês. Mas, à partida, o Governo já concluiu que a rede de Alta Velocidade negociada pelos governos do PSD com Espanha, que implicava um investimento de 12.600 milhões de euros, é “uma megalomania” e será profundamente alterada.

De acordo com o anterior modelo de rede, estavam previstas quatro ligações entre os dois países: Porto-Vigo com investimentos da ordem dos 1300 milhões de euros, Aveiro-Salamanca (2300), Lisboa-Madrid (1900) e Évora-Huelva, com passagem por Faro (2600) – retirada à primeira versão na cimeira ibérica de 2003 –, a que se soma a ligação Lisboa-Porto (4500).

Fontes oficiais disseram ao PÚBLICO que o projecto de TGV a anunciar na segunda quinzena de Novembro será reduzido a apenas duas linhas a partir da capital: Lisboa-Porto – com paragens na Ota, Leiria, Coimbra e Aveiro – e Lisboa-Madrid, sendo que esta será mista, isto é, servirá também para o transporte de mercadorias.

O que parece estar à partida confirmado é que o investimento na Alta Velocidade será muito maior do que no novo aeroporto, com a agravante de a viabilidade económica e financeira do projecto ser muito mais duvidosa. Por isso, não admira que, ao contrário do que sucede com a Ota, não haja privados interessados em financiar o TGV. O que significa que o essencial dos custos serão suportados pelo Estado directamente ou indirectamente, através de empresas públicas.

A decisão política de construir um novo aeroporto e uma rede de alta velocidade é justificada com a necessidade de dotar o país de infra-estruturas de transportes que respondam aos desafios de médio e longo prazo. Quer a Ota quer o TGV demoram “anos” a construir e o Governo de José Sócrates não quer ser acusado mais tarde por não ter tomado as decisões em devido tempo.

A minha pergunta é muito simples... há necessidade e há dinheiro?

2 comentários:

tuga disse...

nao havia (nexexidade)e dinheiro muito menos. O k vai acontecer, é que infelizmente a EXPO98 tá-me a sair do bolso atraves dos impostos e ja vem aí mais uma prestacaozita p'ra pagar.

Anónimo disse...

YYZOD. SIM A OTA. NAO O TGV.