quarta-feira, maio 08, 2013

Os exames do 4º ano


(Foto: Enric Vives-Rubio)

Ontem, cerca de 3.096 alunos do 4º ano de escolaridade (a antiga quarta classe) realizaram a Prova Final do 1º Ciclo de Português. De acordo com a nota da Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos a prova decorreu “dentro da normalidade e sem registo de ocorrências”. O mesmo aconteceu em todo o território continental de Portugal.

Os exames foram selados em envelopes lacrados e transportados via avião para a Madeira, e entregues à Polícia de Segurança Pública. No dia dos exames, com um aparato policial digno de um filme, os envelopes foram entregues aos respectivos directores das escolas onde os exames se realizariam que, por sua vez, os entregaria, ainda selados, aos professores responsaveis pela vigilância já na sala de aula. Estes envelopes foram então abertos à frente dos alunos que, por sua vez, tiveram de assinar uma declaração de que não tinham consigo telemóveis, lenços de papel e outros materiais proibidos enquanto faziam o exame, sob pena de anulação da prova. Por sua vez foi necessário organizar transporte para os alunos, já que foram seleccionadas "x" número de escolas onde estes exames se realizariam, assim como esta situação obrigou a que turmas de outros anos lectivos não tivessem aulas.

Dou por mim a pensar que estamos a falar de miúdos de 10 e 11 anos! Independentemente da valor pedagógico desta prova, que apesar de achar ridícula não me vou pronunciar mais por não me considerar habilitado a tanto, este inimaginável excesso de zelo e irracionalidade de regras custa dinheiro ao erário público. Nos tempos que correm, parece-me deveras ridículo!


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