O que importa reter da greve geral ontem em Portugal não são os desacatos junto da Quinta Vigia no Funchal, ou a carga policial sobre os manifestados mais violentos que há memória nos tempos mais recentes em Portugal.
O que importa reter mesmo é que centenas de milhar de trabalhadores entraram em
greve em vários países da Europa, respondendo à convocatória dos
principais sindicatos, encabeçados pela Confederação Europeia de Sindicatos (CES), para protestar contra medidas de austeridade
financeira aplicadas pelos governos locais.
A jornada de luta organizada pela CES incluiu greves, manifestações, acções de protesto e reuniões em 28 países europeus - entre os quais
Portugal, onde decorreu a greve geral, Espanha, Grécia, Itália, Bélgica e França - e mobilizou cerca de 50 organizações
sindicais para aquele que já foi apelidado de "Dia Europeu de Ação e
Solidariedade".
Isto é que importa reter. O caminho que a Europa está a tomar é de facto de união, mas uma união forjada contra a liderança dos respectivos países e consequentemente contra a liderança europeia. Estaremos todos errados ou está errado quem nos encaminha para aqui?
Isto não pode ser ignorado...
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