sábado, julho 10, 2010

Na recta final

 
Saiu hoje a minha última crónica sobre o Mundial de futebol na África do Sul, publicada no Diário de Notícias da Madeira:


Durante um intenso mês foram disputados 62 jogos em solo africano, onde 32 equipas de todos os continentes disputaram entre si, o título para melhor do mundo. Agora estamos a menos de 48 horas de descobrir quem o será: Holanda ou Espanha. Se o polvo Paul mantiver a sua bitola, haverá festa entre nuestros hermanos.


O primeiro campeonato do mundo, já de si histórico porque realizado pela primeira vez em solo africano, apresenta outras razões para entrar na história. Para começar os finalistas: se a Holanda chega lá pela terceira vez, é uma estreia total para a Espanha, que em 4 anos corre o grande "risco" de se tornar campeã europeia e mundial.


Independentemente do resultado da final, esta será a primeira vez desde 1938 que duas selecções do mesmo continente ganharão sucessivamente o campeonato do Mundo (Itália ganhou em 2006). Também será a primeira vez que uma selecção europeia ganhará um torneio realizado fora da Europa. Será ainda a primeira final desde 1978 sem que os finalistas tenham vencido anteriormente este torneio e sem a presença do Brasil, da Itália, da Alemanha ou da Argentina.


E para aqueles que dizem que a qualificação para um Mundial vale apenas um bilhete para o torneio, Holanda e Espanha são as únicas selecções que venceram todas as suas partidas de qualificação para o Mundial de 2010, com a Holanda também vencer todos os jogos no seu caminho para a final.


Pela negativa este Mundial voltou a ficar ligado a duas decisões controversas das equipas de arbitragem, nomeadamente o golo não validado à Inglaterra nos oitavos frente à Alemanha, e o golo validado à Argentina contra o México que, pela primeira vez, levou o presidente da FIFA Sepp Blatter a um pouco usual "mea culpa", prometendo reabrir a discussão sobre a introdução das novas tecnologias no jogo. Acredito, mas sem grande convicção.


E agora... venha a final!

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