terça-feira, novembro 25, 2008

Ranking da Corrupção

 


Afazeres profissionais de grande importância têm-me obrigado a descurar um pouco o que se passa por Portugal. Mas, embora mais distraído (ou menos atento, fica mais bonito), não posso ignorar uma notícia que li no jornal "Público", na ligação Lisboa-Funchal.


Lia-se que, de acordo com o ranking elaborado pela organização Transparency Intenacional - uma OMG dedicada à luta contra a corrupção mundial - para o ano de 2007, Portugal situa-se na 29ª posição dos países menos corruptos a nível mundial. Pode-se ler ainda que esse estudo, que se baseia na percepção que os agentes económicos têm sobre os níveis de corrupção existentes nos países onde trabalham, posiciona Portugal como o 15º país da União Europeia onde existe menos corrupção.


Este ano Portugal baixa 3 posições em relação a 2006 e é ultrapassado por países como a Eslovénia (27º) e Estónia (28º), considerados mais fiáveis. Por sua vez, os nórdicos Dinamarca, Finlândia, Suécia, Islândia, conjuntamente com Nova Zelândia e Singapura, encabeçam os países considerados menos corruptos do mundo, contrapondo-se ao Haiti, o último da lista.


Apesar de todos os discursos "anticorrupção" que vamos ouvindo e lendo, a descida da posição de Portugal no ranking da Transparency International é um indicador de que não se tem tomado medidas eficazes nem no lado da prevenção, nem no lado da repressão da corrupção. E se atendermos ao terrível ano de 2008, com os escândalos das entidades bancárias - em particular com o que se passa com o BPN - não nos admiremos que para o próximo ano desçamos mais algumas posições. E assim, mais uma vez, fazemos parte dos melhores do mundo mas continuamos nos piores da Europa.

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