sábado, outubro 25, 2008

Estád(i)o adiado III

 
Os últimos dias têm sido marcados por uma forte contestação ao projecto do Estádio do Marítimo, desde as célebres desconsiderações do presidente do Governo Regional ao projecto - poucos dias depois de se ter desfeito em elogios no jantar de aniversário do clube -, da notícia de intenção de chumbo da Câmara Municipal do Funchal, bem como pelas desajustadas e impróprias declarações do presidente do rival alvi-negro Rui Alves, à Antena 1 Madeira. Eu próprio já me alonguei várias vezes no Cantinho sobre esta situação e, somando tudo, já recolhi o suficiente para formar uma opinião muito própria sobre este assunto.


Estes dias têm sido duros para a família maritimista, sobretudo se verificarmos a disparidade de tratamento que é dado ao maior clube da Região (podem dar a volta ao mundo que é um facto inegável), em comparação com outros emblemas menores. Só a título de exemplo: construiu-se um estádio na Choupana que, somando as duas fases de construção (entre expropriações e indemnizações, licenças, acessos, reformas, avales, etc.), custou milhões de euros aos cofres do erário público, cujo retorno é praticamente zero e com um "campus" pomposo para as camadas jovens do clube continuaram a treinar no velhinho campo do Liceu; quer-se gastar 4 milhões de euros para um muro de suporte para o futuro campo de Câmara de Lobos, com a afirmação que é indispensável para o concelho (indispensável seria a construção de espaços para as pessoas praticarem desporto como pistas, vários campos de futebol de 7, andebol, basquetebol, reforço do pavilhão, piscinas, e não unicamente um campo de futebol de 11); faz sentido realizar o velho sonho da AFM com a construção do Complexo em Gaula, que andou anos a se arrastar em lides judiciais, para as selecções continuarem a jogar no Liceu e nos Barreiros?


Alguém contestou? Alguém abriu a boca a reclamar? Não. E agora que o Marítimo quer construir o seu estádio, ajustado à sua realidade - que é maior que a dos outros - cortam-lhe sempre as pernas, complicam, criam entraves, fazem "trinta por uma linha" para que tal projecto não se realize. Não é verdade? Se não é parece...


O que podem ler já abaixo, é a resposta a todo este imbróglio sobre o projecto do estádio, que o Engenheiro Pedro Araújo entregou aos órgãos de comunicação social esta manhã. Relembro que o Engenheiro foi o responsável pelo actual projecto do Marítimo e pela 1ª fase do projecto do estádio do Nacional. É ler com atenção e retirar as ilações que quiserem. Como eu já disse, já tirei as minhas.


 
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