A Assembleia da República, em reunião plenária agendada para hoje, vai discutir e votar a Lei n.º 215/X, uma iniciativa do Governo Central sobre o pluralismo e concentração nos meios de comunicação social. A medida visa a extinção de meios de comunicação social que estejam na posse de Governos Regionais e Autarquias, sendo o JORNAL da MADEIRA um dos poucos visados. (leia aqui a notícia na íntegra)
Não vou entrar agora em discussões sobre a legalidade ou constitucionalidade desta provisão legal. No entanto, há uma incongruência que não posso deixar passar em claro. Sendo que o objectivo declarado desta proposta é impedir a centralização e domínio dos orgãos de comunicação social por parte de estruturas da Administração Pública, eu pergunto se isto significará igualmente que o Governo da República vai igualmente abdicar da televisão (RTP), da rádio (RDP) e da agência noticiosa "LUSA"? Por uma questão de coerência. Ou será que os jornais têm um estatuto "especial" em relação aos restantes meios de comunicação social? Ou, melhor, alguém dúvida que se trata de mais uma manobra de uma agenda "política" discriminatória e persecutiva? Pois...
1 comentário:
Esta é uma lei ao gosto do Sócrates, feita para (tentar?) entalar o Alberto João Jardim...
Senão, porque é que o Governo da República pode ter 6 canais de rádio e 6 de televisão (excluíndo os canais internacionais, senão dava 8 de cada)?
Alguém que proponha já a privatização da RTP e da RDP!! E na proposta de privatização podem incluir um primeiro-ministro sub-habilitado, com o 12º ano completo...
É simplesmente vergonhoso, ou, como diz o Sócrates, jocoso!
Mas acredito que o Governo Regional vai arranjar alguma maneira de manter o Jornal da Madeira e a Rádio JM...
Enviar um comentário