terça-feira, outubro 07, 2008

A morte do Sistema III

 


No sábado passado França, Inglaterra, Itália e Alemanha, quatro membros do G8, anunciaram medidas para fazer face à crise financeira e assumiram formalmente o compromisso de apoiar as instituições financeiros europeus em dificuldade, ao exemplo dos Estados Unidos com o plano Paulson, que prevê uma injecção de 700 mil milhões de dólares no mercado bancário.


O objectivo é promover a liquidez do mercado, mediante a compra dos créditos "pobres", e reactivar as trocas entre as instituições bancárias, como se sabe, o pilar do actual sistema económico neo-liberal. Mas e a confiança?


A crise, como se previa, estendeu-se à Europa e ontem foi dia de colapso das bolsas na maioria dos países europeus. O pânico, se contido, está gradualmente a espalhar-se, ao ponto que já foram necessárias intervenções públicas a garantir os depósitos bancárias dos cidadãos, por forma a evitar que estes os retirem dos bancos.


Claramente é preciso uma resposta acordada e concertada, para contrariar os efeitos da crise financeira mas são igualmente necessárias outras acções. Como declarou hoje o director-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, "precisamos de uma linha de defesa colectiva", não só para suportar a actual crise mas para igualmente evitar que a mesma se sucede ciclicamente. (in Publico)


Que tal começarmos por sancionar quem deu origem a toda esta crise? Que tal punir criminalmente e civilmente todos os especuladores que fizeram largas centenas de milhões de euros e dólares com todo este processo - que para cúmulo ainda vêm o Estado a vir em socorro das suas instituições!


Mais do que restaurar o mercado, é preciso recuperar a confiança. E isso conseguir-se-á apenas com o afastamento dos actuais "cancros" e com a criação de regras específicas para o funcionamento desse mesmo mercado.

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