O Papa Bento XVI terminou a sua visita de quatro dias aos Estados Unidos da América. Foi a primeira vez que um representante da Igreja Católica visita os EUA desde que a primeira denúncia de pedofilia na Igreja foi divulgada, há seis anos. Na ocasião, um padre foi acusado de ter abusado sexualmente de 130 menores durante 30 anos.
Bento XVI disse "estar profundamente envergonhado" pelos abusos sexuais de crianças cometidos por padres no país. "Reconheço a dor que a Igreja nos Estados Unidos viveu por conta da experiência resultante do abuso sexual de menores. Nenhuma palavra minha pode descrever a dor e o mal causado por tais abusos, nem capaz de descrever o estrago ocorrido dentro da comunidade da Igreja".
Bem, se ele não é, eu sou. Contabilisticamente, os escândalos revelados desde 2002 nos EUA, já obrigaram as representações católicas no país a gastarem cerca de 2 bilhões de dólares com indemnizações às vítimas de abusos. É muito dinheiro, mesmo para a Igreja Católica. Em termos sociais as marcas também foram imensas. A maioria dos cidadãos americanos é protestante e os católicos representam apenas cerca de 23% da população, sendo que, a "fuga dos fieis" tem vindo a aumentar.
É claro qual o objectivo de Bento XVI. A necessidade de pacificar e credibilizar os padres americanos perante os condicionalismos mais recentes naquele país, naquele que foi em tempos bastião do catolicismo no mundo, com todas as consequências inerentes a influência da Santa Sé.

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