quarta-feira, dezembro 19, 2007

10 anos depois...

Novas estações do metro no Terreiro do Paço e Santa Apolónia abriram hoje

1997 marcou o meu primeiro ano em Lisboa, o meu primeiro ano na faculdade. Das primeiras coisas que me lembro foi o aviso, tanto na linha do metro, bem como nas zonas circundantes à Praça do Comércio, o "aviso" de construção das estações do Terreiro do Paço e Santa Apolónia.

Nessa altura ainda nem sequer havia linha que ligasse ao Cais do Sodré ou sequer à Pontinha. Aliás, nem sequer havia cores a identificar as linhas de metro. De lá para cá, abriu uma linha nova (a vermelha), que liga a Alameda ao Oriente (num total de 6 estações). Abriu Carnide, Pontinha e mais recentemente Alfornelos e Amadora-Este. Estendeu-se a linha amarela, primeiro ao Rato e depois a Odivelas, passando pela Quinta das Conchas, Lumiar, Ameixoeira e Senhor Roubado. Abriu a estação da Baixa Chiado que passou a fazer a ligação entre a linha azul e a linha verde. Renovou-se as estações do Rossio, Restauradores, Alameda, Campo Grande, Marquês, São Sebastião, Praça de Espanha, Jardim Zoológico, e de um modo geral têm vindo a proceder a uma lavagem de cara das restantes estações. Entretanto está em marcha a ligação São Sebastião-Entrecampos. Tudo isto em 10 anos.

E em 10 anos, as benditas estações do Terreiro do Paço e de Santa Apolónia não abriram. Aparentemente tudo deveu-se a questões que se prendem com a "anatomia" do sub-solo da Praça do Comércio (segundo consta, assente em pilares de madeira e alagada com água do Tejo, um pouco ao estilo de Amesterdão). Problemas que durante 10 anos se mostraram quase irresolúveis, como o acidente em 2000 (ruptura na parede do túnel que deixou entrar água e lama em grandes quantidades) que ameaçou por fim a todo o projecto.

Mas com a ajuda dos especialistas holandeses da empresa Tunnel Engineering Consultants, que desenvolveu o projecto para a sua reabilitação (uma espécie de túnel dentro de um túnel, reforçados com a implantação de 188 colunas de cimento que formam uma espécie de rede, com o objectivo de garantir a segurança da área no caso de ocorrer um sismo), e 299 milhões de euros depois, finalmente o metro circula no Terreiro do Paço.

2 comentários:

il _messaggero disse...

e com uma derrapagenzita de 40M€...

Anónimo disse...

Com derrapagem ou não era algo que a cidade de Lisboa precisava. E isso é o que conta.

Para mim...foi a melhor coisa que fizeram até agora. METRO.

Estou muito satisfeita com este prolongamento da linha, que só me faz poupar tempo.