Tem havido uma espécie de "revolução" na sociedade portuguesa por causa das alterações aos regulamentos da comida e restauração, que implicarão no próximo ano uma mudança radical aos hábitos secularmente enraizados na culinária portuguesa.
Por exemplo: não se pode vender bolas de Berlim na praia ou cozinhar com colheres de pau. É proibido aproveitar o pão duro para fazer açorda ou vender castanhas assadas em papel de jornal ou revista. Deixa de haver bolo-rei com brinde. Obrigatoriedade da utilização de facas com cores diferentes para cada alimento.
E porque a fiscalização destas regras está a cargo da ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica), escusado será dizer que tem andado debaixo de fogo. Tanto que, o Gabinete do Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, responsável pela tutela da ASAE, emitiu hoje um comunicado onde vem "desmistificar" tais situações e onde vem clarificam algumas regras, criticando ainda uma petição que circula na Internet e que se insurge contra as acções de fiscalização.
O comunicado esclarece, assim, em 12 pontos concretos o que é obrigatório ou aconselhável sobre: Bolas de Berlim, o copos de plástico para café ou outras medidas, venda de castanhas assadas em papel de jornal, etc, etc, etc. Clique aqui para ver o comunicado na íntegra.
Pessoalmente considero que este comunicado do Gabinete sobre a actuação da ASAE era perfeitamente dispensável. Só vem provar que há um grande mal-estar no seio daquela actividade, o que levanta suspeitas em termos da sua boa vontade. Seja como for, é inegável que a defesa do consumidor exige que, quem presta os serviços, o faça em condições de higiene recomendada. Não tenho dúvidas que se o consumidor entrasse no restaurante pela cozinha em vez do salão de refeição, muitas vezes dirigir-se-ia rapidamente para a porta de saída, sem pensar duas vezes.
Mas também não podemos ser mais "papistas que o Papa". E a verdade mais simples é que uma interpretação à letra da lei levará que muitas das nossas tradições sejam simplesmente irradiadas do nosso mapa gastronómico. Penso na espetada dos arraiais. No bolo do caco à beira da estrada. Nos churros, nos cachorros quentes vendidos nas barracas de rua, noite dentro.
Sem dúvida que isto vai dar muito que falar.
Por exemplo: não se pode vender bolas de Berlim na praia ou cozinhar com colheres de pau. É proibido aproveitar o pão duro para fazer açorda ou vender castanhas assadas em papel de jornal ou revista. Deixa de haver bolo-rei com brinde. Obrigatoriedade da utilização de facas com cores diferentes para cada alimento.
E porque a fiscalização destas regras está a cargo da ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica), escusado será dizer que tem andado debaixo de fogo. Tanto que, o Gabinete do Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, responsável pela tutela da ASAE, emitiu hoje um comunicado onde vem "desmistificar" tais situações e onde vem clarificam algumas regras, criticando ainda uma petição que circula na Internet e que se insurge contra as acções de fiscalização.
O comunicado esclarece, assim, em 12 pontos concretos o que é obrigatório ou aconselhável sobre: Bolas de Berlim, o copos de plástico para café ou outras medidas, venda de castanhas assadas em papel de jornal, etc, etc, etc. Clique aqui para ver o comunicado na íntegra.
Pessoalmente considero que este comunicado do Gabinete sobre a actuação da ASAE era perfeitamente dispensável. Só vem provar que há um grande mal-estar no seio daquela actividade, o que levanta suspeitas em termos da sua boa vontade. Seja como for, é inegável que a defesa do consumidor exige que, quem presta os serviços, o faça em condições de higiene recomendada. Não tenho dúvidas que se o consumidor entrasse no restaurante pela cozinha em vez do salão de refeição, muitas vezes dirigir-se-ia rapidamente para a porta de saída, sem pensar duas vezes.
Mas também não podemos ser mais "papistas que o Papa". E a verdade mais simples é que uma interpretação à letra da lei levará que muitas das nossas tradições sejam simplesmente irradiadas do nosso mapa gastronómico. Penso na espetada dos arraiais. No bolo do caco à beira da estrada. Nos churros, nos cachorros quentes vendidos nas barracas de rua, noite dentro.
Sem dúvida que isto vai dar muito que falar.
3 comentários:
Totalmente de acordo.
A ASAE tem razao em se impor porque estamos habituados a ter um pais sem Rei nem roque.
Creio que a ASAE neste momento quer ser conhecida e temida, para que num futuro proximo, todos as actividades reguladas pela ASAE entrem nos eixos....
Deixem de ser "badalhocos" e quem queria ter uma actividade artesanal ... que o faca ... mas de acordo com as regras..
acerca do galheteiro ... eu tenho viajado muito pelo mundo e ate na america latina os restaurantes colocam na mesa a garrafa de azeite ...
Até um dos meus cantinhos preferidos de Lisboa - A ginjinha do Rossio - foi fechado.
Qualquer dia é proibido usar o caralhinho na poncha (eu nunca usei o meu com esse propósito, até porque não é "inho" e iria provocar uma grnade javardice)... que metam o dito cujo no olhó...
Não pode haver por aí uma anarquia nestas questões da alimentação, como sabemos que existe.
Tem de haver regras básicas.
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