quarta-feira, outubro 03, 2007

O Elo Mais Fraco...

Imagem: Paulo Spranger (Diário de Notícias)

Gonçalo Amaral, coordenador da Polícia Judiciária de Portimão, foi libertado das suas funções, depois de ter criticado em entrevista ao Diário de Notícia, os investigadores da polícia inglesa que colaboram nas investigações ao desaparecimento de Madeleine McCann.

Sucintamente, o inspector acusou os investigadores britânicos de "estarem a investigar unicamente o que convinha aos pais da criança britânica" e "investigar dicas e informações criadas e trabalhadas pelos McCann, esquecendo-se que o casal é suspeito da morte da sua filha".

Não sei se há razões ou não para a revogação da comissão de serviços do inspector. Mas não nos podemos esquecer que, nas últimas semanas Gonçalo Amaral tem sido alvo pelos media britânicos, de um ataque pessoal, que o têm acusado de ser bêbado, de só trabalhar quatro horas por dia, de ser arguido em processos por tortura (com referência ao alegado espancamento de Leonor Cipriano, condenada pelo homicídio da pequena Joana, sua filha, em Outubro de 2004), sendo que uma das últimas notícias fazia referência à filha e à esposa. Pelo que é facilmente de supor que o ambiente "cooperativo" entre as duas forças policiais não andariam pelos melhores dias.

Novamente, o problema está em quem faz as nomeações. A escolha de Gonçalo Amaral para a coordenação do processo Madeleine foi desde o primeiro momento contestada por grande parte da especialidade, nomeadamente devido ao processo Joana e a todos os contornos que o rodearam. Embora a sua intervenção no processo não fosse de todo impossível, seria recomendado uma posição mais discreta e mais ajustada às suas condições. No final do dia, temos mais um imbróglio que seria perfeitamente evitável.

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