terça-feira, julho 11, 2006

O passeio no espaço


Dois astronautas da tripulação do vaivém Discovery começaram hoje a sua segunda saída para o espaço, para efectuarem reparações na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), à qual a nave está acoplada.

Os dois astronautas norte-americanos, Michael Fossum e Piers Sellers, que no sábado já tinham feito uma primeira saída orbital de sete horas e 31 minutos, abriram o ar da cabina de descompressão da ISS por volta das 12h13 TMG (13h13 em Lisboa), tal como previsto, para uma saída que deve durar seis horas e 30 minutos.

Há gente com sorte. A ideia de passear no espaço é algo que me fascina deste míudo. Deve ser uma sensação única e indiscritível. Que pena que ainda estejamos tão longe das viagens especiais turísticas, a preços de uma mera passagem aérea.

A título de curiosidade, a primeira pessoa a "passear" no espaço, fora de uma nave espacial, foi o cosmonauta soviético, Aleksei Leonov, no dia 18 de Março de 1965, que estava em órbita da terra a bordo da nave "Voskhod 2".

Mas que não se julgue que passear no espaço é um "pic-nic". Uma EVA (Extra-vehicular activity), é perigosa por várias razões. A primeira e mais importante é o perigo de colisão com lixo espacial. A velocidade orbital a 300 km da Terra (distância típica para os passeios espaciais) é de 7,7 km/s. Para terem uma noção, esta velocidade é 10 vezes superior à velocidade de uma bala. Por este motivo, a energia cinética de uma pequena partícula, com uma massa 1/100 de uma bala, como por exemplo, uma particula de areia ou de tinta, é igual à energia cinética de uma bala. À medida que as missões espaciais aumentam, estas criam mais lixo espacial na órbita da terra, tornando as missões cada vez mais perigosas.

Outras perigos passam pela crescente dificuldade em simular as condições orbitais na Terra, bem como pelo perigo de fissuras e despressurização dos fatos espaciais.

Seja como for, desde o início do passeios espaciais (EVA's), até os dias de hoje, nenhum austronauta perdeu a sua vida. Apesar desta estatistica aparentemente favorável, os passeios feitos por humanos estão aos poucos a ser substituidos por robots.

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