A ausência de 120 dos 230 deputados da Assembleia da República inviabilizou ontem a votação de legislação por falta de quórum, apesar de a maioria ter assinado o livro de presenças no início da sessão.
Faltaram às votações 107 deputados (50 do PSD, 49 do PS, 5 do CDS-PP, 2 do PCP e 1 do BE), sem contar com as 13 ausências justificadas por missão no estrangeiro.
No entanto, quase todos os deputados do PS assinaram o livro de presenças (114 em 121), tal como a maioria dos sociais-democratas (52 em 75), dos comunistas (dez em 12), dos democratas-cristãos (nove em 12), dos bloquistas (sete em oito) e a totalidade de "Os Verdes" (dois em dois).
Contudo, no final da sessão estavam presentes apenas 66 socialistas, 21 sociais-democratas, oito comunistas, seis democratas-cristãos e os sete bloquistas e os dois ecologistas que assinaram o livro.
Ou seja, os nossos parlamentares eleitos, independentemente da sua cor política, decidiram aparecer, assinar e baldar-se à sessão. Cada vez mais me dão razão. Temos gente a mais no hemiciclo. Para quê tanto político? 230 deputados? Para quê? Quando ainda por cima, 1/3 nada lá faz.
Como é óbvio, por falta de quórum, o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, encerrou a sessão sem que tivessem sido realizadas as votações que estavam agendadas.
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