quarta-feira, novembro 16, 2005

Diga lá outra vez, sr. Dr.

Na passada segunda feira o dr. Manuel França Gomes, instado a comentar o curso de Medicina leccionado na Universidade da Madeira, e uma possível construção de um Hospital Universitário, sobraceiramente sublinhou que «devemos reduzir-nos à nossa "insignificância" porque não podemos alargar as nossas fronteiras» e lembrou que a Organização Mundial de Saúde recomenda que os hospitais universitários sejam construídos em regiões com pelo menos um milhão de habitantes.

Então eu peço ao Dr. França Gomes que me explique porque razão a Universidade de Coimbra, na cidade de COIMBRA, tem um Hospital Universitário. Caso esteja esquecido, sr. Dr., eu recordo-lhe o que é COIMBRA:

Coimbra é uma cidade portuguesa, capital do Distrito de Coimbra, situada na região Centro e subregião do Baixo Mondego, com cerca de 106 800 habitantes. A pouco mais de 200 km de Lisboa e a 100 km do Porto, é banhada pelo rio Mondego. Foi capital nacional da cultura em 2003. É sede de um município com 316,83 km² de área e 148 443 habitantes (2001), subdividido em 31 freguesias. Contando com a população estudantil, a cidade terá uma população superior a 157 510 habitantes, o que faz dela a terceira do país. O município é limitado a norte pelo município de Mealhada, a leste por Penacova, Vila Nova de Poiares e Miranda do Corvo, a sul por Condeixa-a-Nova, a oeste por Montemor-o-Velho e a noroeste por Cantanhede.

Por sua vez, o FUNCHAL, é uma cidade portuguesa na ilha da Madeira, capital da Região Autónoma da Madeira. A cidade coincide com o seu concelho, e tem 76,25 km² de área e 103 961 habitantes residentes (2001), subindo o número para 111 155 habitantes se contarmos com os "flutuantes", subdividindo-se a cidade em 10 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Santana, a nordeste pelo Machico, a leste por Santa Cruz e a oeste por Câmara de Lobos, sendo banhado pelo Oceano Atlântico a sul.

Atendendo ainda se quisermos, ao facto de que a Ilha da Madeira regista uma das maiores taxas de natalidade no país na última década, creio que o ex.mo sr. Dr. terá que forçosamente repensar este seu argumento.

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