terça-feira, outubro 11, 2005

O "Milagre" no desastre da Calheta

"Um milagre", "uma sorte", "podia ter sido uma tragédia". Estes eram os relatos que mais se ouviu na tarde de sábado passado, na marginal da vila da Calheta, logo após uma derrocada, bem por cima de um quiosque situado no porto de recreio. O desprendimento, ao que parece, deu-se um pouco acima da malha metálica que protege toda aquela arriba.

A derrocada aconteceu próximo das 17:45 horas. Se as 13 pessoas que se encontravam na esplanada do quiosque tivessem sido colhidas pelas inúmeras pedras que caíram com grande violência, os títulos dos jornais seriam com certeza bem diferentes. E só não colheu, por exemplo, um turista que descansava na hora em que viu passar, tanto no lado esquerdo como no lado direito, duas pedras, por mera sorte.

Segundo depoimentos de alguns transeuntes, «o que nos salvou de apanhar com as pedras foi precisamente o barulho que as mesmas fizeram. Depressa nos levantámos das cadeiras e encostámo-nos à parede para nos proteger», revela um dos "afortunados", que faz questão de igualar a outros fenómenos naturais: «Nós já estamos tão habituados a isto como os açorianos aos tremores de terra».

Recorde-se que a Madeira foi assolada por ventos fortes e chuvas causadas pela passagem do Furacão "Vince", a cerca de 250 quilómetros a norte da costa da ilha.

Cliquem nas fotos para visualizarem o estado em que ficou a marginal da Vila da Calheta:





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