segunda-feira, setembro 19, 2005

Quo vadis Marítimo?

Quo vadis Marítimo?

Todos nós, enquanto crianças, sonhamos com algo de importante depois de crescidos. Há quem sonhe em ser médico, em ser advogado, político, presidente da república, presidente de um clube de futebol, piloto de aviões... e há quem leve uma vida inteira a sonhar ser treinador de futebol numa equipa na I Liga do futebol português. Há mesmo quem, depois de já ter desistido desse sonho, vê, de repente, qual dávida dos céus, lhe ser dada de bandeja essa feliz oportunidade.

Juca, aos 50 anos, é treinador principal do Marítimo, recebendo uma equipa que tinha falhado o seu objectivo principal – chegar à Europa -, com a qual, contudo, teve o bom senso de, tranquilamente, a levar até ao porto de destino sem grandes ondas.

Contudo, o mau tempo estava para chegar à saída do porto, agora para uma viagem completa com nova tripulação. Juca, depois de muitas indefinições, mas finalmente confirmado como treinador principal do Marítimo, recebeu um plantel destruído por razões que a própria razão desconhece, com a missão complicada de reconstruir uma equipa de futebol.. Agora a coisa fiava mais fino!

Desde a pré-temporada que têm sido evidentes as dificuldades de Juca construir uma verdadeira equipa, quiçá, também porque o material que lhe foi ofertado, era de qualidade muito duvidosa. Chegada a Liga, apresentou quatro “onzes” diferentes em quatro jogos. Ontem, frente a uma das piores equipas da Liga, era a prova dos nove. Com todo o plantel disponível – o pretexto dos lesionados não colhia - engendrou uma outra equipa. Em que não couberam Walter Junio, Fahel, Sergipano (nem convocados foram) e Komac, todos reforços somantes da presente temportada, para já não falar da estranha ausência de Marcinho. E o que se viu foi um Marítimo frágil, sem fio de jogo, sem uma forte postura competitiva, sem concentração, em duas palavras, sem qualidade.

OBS: Confesso a minha ingnorância, mas não percebi nada a estratégia utilizada pelo Marítimo no jogo de ontem: 4x4x2? 4x3x3? Pareceu-me mais todos ao monte e fé em Deus! É caso para pensar: Quo vadis Marítimo?

texto de Emanuel Rosa, "in" DN Madeira

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