Os madeirenses estão divididos, mas a maioria não tem dúvidas. Por muito polémica que seja a matéria ainda em discussão, 49% concordam com a limitação de mandatos do cargo de Presidente do Governo Regional.
De acordo com o estudo de opinião realizado no Funchal pela Eurosondagem para o DIÁRIO e TSF-Madeira, – os inquiridos nesta sondagem são os mesmos que deram 48,3% ao PSD na corrida à Câmara do Funchal – 37,9% discordam da proposta da maioria socialista, havendo 13,1% dos entrevistados que não sabem ou não respondem à questão.
Na segmentação dos resultados obtidos, constata-se que, para 51% dos homens a limitação é um dado adquirido, tese contrariada por 39,3%, uma vez que a taxa de indecisão ou a fuga à pergunta é menor (9,7%). Para 47% das mulheres, a eternização no poder não faz sentido. O mesmo não pensam 36,6% das entrevistadas, havendo ainda 16,4% que preferem não responder, talvez porque, nalguns casos, não têm ideia formada sobre o assunto.
A polémica em torno da proposta de lei que visa limitar os mandatos de todos os cargos executivos, primeiro-ministro, presidentes de câmara e de governos regionais sobe de tom esta quinta-feira, já que será discutida na Assembleia da República. Invariavelmente, a abordagem vai envolver o presidente do Governo Regional, até porque Jardim já admitiu que a lei lhe era dirigida, ao afirmar que só sai do poder quando o povo da Madeira quiser, ideia entretanto reformulada com o recurso ao «bom senso para não ser derrotado e saber quando é conveniente sair».
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A confirmarem-se estes dados, a limitação temporal dos mandatos eleitorais avançará em força. Isto mudará concerteza, e em muito, o panorama político nacional, sobretudo nas autarquias. Interessante. Muito interessante.
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