A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) publicou recentemente um relatório “Insectos Comestíveis – Perspectivas futuras para alimentação e segurança alimentar”, fruto de um trabalho sobre a dieta alimentar que começou em 2003.
Um grupo
de peritos conta ao longo de 200 páginas como mais de 2 mil milhões de
pessoas já incluem insectos na dieta, procurando desmistificar ideias
como este ser o último reduto das comunidades mais pobres. Defendem que mais de 1900
espécies de insectos têm valor nutritivo, em níveis que superam a
proteína animal mais cara. Cem gramas de gafanhoto, exemplificam, chegam
a ter o dobro do ferro que bife do lombo.
E, aparentemente, há outras vantagens na introdução destes "iguarias" na dieta alimentar. Produzir insectos para a indústria alimentar tem um impacto mais
simpático no ambiente que investir no gado ou pescado tradicional e
também sai mais barato. Um quilo de carne de insecto consegue-se com
dois de ração, contra os oito necessários por cada lasanha em que se
investe um quilo de carne picada. E o reino dos
insectos poderá mesmo ser um bom negócio. No México, gafanhotos vermelhos
nativos de Oaxaca, no Sul do país, são vendidos a 12 euros o quilo, tão
caros como linguado.
Defende a FAO que este estudo deverá ser levado a sério. Em 2050 estima-se que a população humana terá atingido os 9 mil milhões de habitantes. São 9 mil milhões de bocas para alimentar, e por outro lado, poderá não haver vacas ou peixes suficientes para esta gente toda. Pessoalmente, prefiro o meu bifinho!!!
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