segunda-feira, março 18, 2013

Relações públicas procura-se!


(Foto: Lusa)

Sempre achei que, entre vários problemas, sendo o maior o de governar um país falido, este Governo tinha um grave problema de comunicação e imagem. Honestamente não sei quem está encarregue dos comunicados e de todo o trabalho de relações públicas, mas acho que já está na altura de darem o lugar a outros. São tantos os tiros nos pés, tantas as mensagens deturpadas ou sem qualquer sentido nenhum ou, em linguagem futebolistica, com tantos autogolos, que nem sei como é que conseguem trabalhar.

Hoje mais uma. O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, foi na parte da manhã recebido com protestos de estudantes no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), onde iria participar na sessão de abertura do ciclo de conferências «Sociedade Aberta e Global», onde se debateria a questão da reforma do Estado. A recepção ao primeiro-ministro provocou a esperada grande agitação no local, tendo os seguranças revelado dificuldades em fechar a porta do auditório. Resultado: mais uma abertura para os telejornais e o auditório onde iria decorrer a tal conferência com os assentos praticamente vazios.

Em dias de grave contestação não será mais sensato evitar que os membros do Governo sejam confrontados a estes confrontos, para mais quando a sua presença perturba o normal decurso do respectivo evento? Há necessidade de expor estas pessoas, inclusive com ameaças à sua segurança física, a estas situações que só ajudam a desgastar a já muito desgastada imagem pública?

Este é um Governo reformalista, não que o queira ser, mas porque tem de ser. E todos estes governos são sempre mal vistos. E como já disse várias vezes, há medidas que eu não gosto e outras que eu não concordo (mormente as medidas fiscais), mas este país tinha de dar a volta de alguma forma. A bem não foi como já vimos. O problema é que o custo é tremendo.

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