quarta-feira, dezembro 30, 2009

Homossexualidade não é doença

 


 
Em Maio passado, em declarações ao PÚBLICO, o presidente do colégio da especialidade de psiquiatria da Ordem dos Médicos, João Marques Teixeira, defendeu que nalguns casos podia ser possível dar resposta a alguém que sente atracção por pessoas do mesmo sexo e pede ajuda para ser diferente. “Se um indivíduo tiver uma homossexualidade primária (isto é, com um cunho biológico muito marcado, traduzido em tendências homossexuais desde muito novo e tendo tido sempre este tipo de orientação ao longo da vida)”, a ajuda “será no sentido de o ajudar a aceitar-se como é”. Já “se for uma homossexualidade secundária”, então há a possibilidade “de se reenquadrar a identidade de género”. Ou seja, quando João Marques Teixeira se referiu a uma homossexualidade com “cunho biológico”, estava implícito que a entendia como “uma doença”. A polémica estalou.


No raiar do ano novo é divulgado o parecer pedido pelo bastonário da OM ao próprio colégio da especialidade de psiquiatria e que ontem foi aprovado pelo conselho nacional executivo da Ordem, constituído pelo bastonário e nove médicos dos conselhos regionais. Diz então que a orientação sexual não é imutável e existe espaço para a intervenção de psiquiatras no sentido da sua clarificação, mas recusa a possibilidade de tratamento para a homossexualidade. Esta é agora a posição técnica oficial que deve servir de orientação aos médicos portugueses.


O que mais me espanta é que ainda andamos a discutir isto...

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