terça-feira, novembro 18, 2008

Porque non te callas?

 
O Engenheiro Rui Alves, na qualidade de presidente do Clube Desportivo Nacional, no passado fim-de-semana, no jantar anual do grupo "Alvi-Negro" voltou a jorrar a sua verborreia desafiadora, desta vez contra os jornalistas, incentivando a umas "bofetadas" para quem lá acima fosse. A resposta não tardou e veio na figura do Editor Coordenador de Desporto do Diário de Notícias, Agostinho Silva. De muito nível, diga-se.



O Sr. Eng.º julga que isto é o Governo
Para nós, nem tudo se resume ao 'Marítimo-Nacional' que tolda a mente de Rui Alves

Data: 17-11-2008


Várias personalidades no mundo do desporto têm uma terrível apetência para dar largas ao seu imenso ego. Entres esses, há os brilhantes, tipo José Mourinho, e os outros, tipo Rui Alves. Pela proximidade territorial e pelos feitos do clube a que preside, os madeirenses têm de ouvir falar mais neste último. É uma sina que atinge até o CD Nacional, pois o homem gosta muito do seu clube, mas não tolera que a colectividade o suplante a ele...


A obra feita e os golos da equipa provocam-lhe alguns delírios, lá de vez em quando. E é verdade que há meia dúzia que lhe bate nas costas e o incentiva nas estratégias e megalomanias. A coisa até tem funcionado, pois a intimidação e a chantagem descaradas, em que é mestre e que não olham a secretários nem a genros, têm sido bem engendradas e algumas coisas até se passaram como o homem se gaba por aí.


Mas, ao contrário do Executivo madeirense, os jornalistas do DIÁRIO não tremem quando ele fala ou ameaça. E muito menos os simpatizantes do seu clube dão guarida a todas as atoardas que debita. Acham-lhe piada, mas dão-lhe também um desconto caritativo. Por enquanto.


O tom arruaceiro e a instigação à violência com que estragou a festa do grupo 'Os Alvinegros', no sábado, não mereceriam mais que o desprezo de quem não tem obrigação de 'engolir' as versões que lhe convém nas contas de estádios e afins. Mas a gravidade das suas declarações, que desprestigiam e ferem a dignidade dessa respeitada colectividade que é o CD Nacional, não pode ficar impune.


A única resposta que os leitores podem esperar dos jornalistas do DIÁRIO é que continuem indiferentes à esperteza saloia de quem julga submeter toda a gente a manobras intimidatórias, na procura desesperada de aliados para brigas de 'meninos da primária'.


Dava-lhe jeito que as conjecturas surrealistas evocadas fossem verdade, mas terá de ser mais imaginativo para nos perturbar. Porque, para nós, nem tudo se resume ao 'Marítimo-Nacional' que tolda a sua mente e diminui a inteligência que Deus lhe deu. Quanto à propalada distribuição de bofetadas, não são precisos apelos inflamáveis: basta a sua dose habitual de má educação. Antes ou depois dos dérbis, isso fica lá consigo.


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