Mundo Perverso

 

Josef Fritzl - o rosto do monstro

Depois do caso da jovem Natascha Kampusch, retida por um homem durante oito anos numa cave nos subúrbios de Viena, e o de três raparigas obrigadas pela mãe, uma doente mental, a viver presas dentro de um prédio em Linz, durante sete anos, eis que a Aústria é novamente confrontada com outro caso de contornos ainda mais perverso. A Aústria e o mundo.

Elisabeth Fritzl, um mulher austríaca de 42 anos, esteve sequestrada pelo próprio pai durante mais de vinte anos numa cave da sua casa, perto de Amstette (Baixa Áustria), onde terá sido violada e abusada repetidamente, tendo dado à luz 7 filhos com o seu progenitor.

No total, a mulher deu à luz três raparigas e três rapazes não declarados, que actualmente têm entre cinco e 20 anos, tendo o sétimo morrido três dias depois do nascimento. Os testes de ADN já comprovaram que o pai das crianças é mesmo Josef Fritzl, que é ao mesmo tempo o seu avô!

Josef Fritzl, de 73 anos, foi detido e já confessou os vários crimes, incluindo o de ter mantido a sua filha durante 24 anos na cave da sua casa para, segundo ele, "afastá-la das drogas"! Leia aqui o resto da entrevista.

Mas foi por mero acaso que este horrível crime foi descoberto. A filha mais velha da relação de incesto, Kerstin, de 19 anos, que vivia presa no porão junto com sua mãe, Elisabeth, e dois irmãos, foi hospitalizada em 19 de Abril em Amstetten em estado de coma, vítima de uma doença misteriosa. Perplexos com o estado de saúde da jovem, os médicos decidiram chamar a mãe da jovem por um comunicado na televisão para descobrir o que havia acontecido com ela.

Elisabeth, que viu o pedido dos médicos para que se apresentasse, convenceu o pai a deixá-la no hospital para ficar ao lado da filha. Entretanto Josef Fritzl, que havia elaborado um sofisticado plano para justificar o desaparecimento de sua filha em 1984, afirmando que ela havia entrado para uma seita, inventou uma nova história para explicar seu reaparecimento. Disse à sua esposa Rosemarie, que vivia com ele e ignorava o que ocorria na casa, que Elisabeth havia voltado e que iria acompanhá-la a um hospital.

Foi no hospital que Elizabeth num momento a sós finalmente conseguiu libertar-se das garras deste homem e relevou todo os pormenores da sua sórdida captura.

Nem consigo imaginar como é que algo como isto aconteceu. E quem ainda é capaz de uma barbaridade desta magnitude! O homem só pode ser completamente avariado dos cornos! Só pode! E como é possível que esta situação dure 24 anos? Note-se, vinte e quatro anos! Sem ninguém desconfiar, nem dentro da própria casa? Com nascimentos à mistura... eu estou pasmo e não consigo compreender. De jeito nenhum.