segunda-feira, dezembro 03, 2007

Eleições na OA


Sexta-feira passada fui cumprir o meu dever (obrigatório) e lá fui votar para os órgãos regionais e nacionais da Ordem dos Advogados. No "quartinho" no Palácio da Justiça agitavam-se as listas concorrentes ao Conselho Distrital da Madeira, a Lista P e Q, do Dr. Fernando Campos e Dr. Félix de Sousa, respectivamente. O que não deixa de ter uma certa graça, visto serem os membros das próprias listas candidatas a verificar se estou em condições de votar ou não (ou seja se paguei as quotas, se não estou suspenso ou interdito, se não sou nenhum homicida patológico... quer dizer, esta última ainda passa).

Entretanto quando quis votar pediram-me pelos boletins de voto (incluindo os envelopezitos coloridos que vierem com a carta que recebi de Lisboa), o que eu obviamente não tinha. Afinal, para votar, não só não posso ser caloteiro ou proscrito, mas igualmente tenho de levar o material de casa. Esta é nova, mas tudo bem. Para a próximo prometo guardar com carinho e atenção todos esses lindos papeis.

Avançando, como não tinha os ditos exemplares, entregaram-me uns substitutos (fotocopiados evidentemente). Não tinham nada de especial. Eram papeis agrafados com as listas para os vários poleiros, e quatro envelopes para cinco urnas (estão a ver, quem não paga, não vota... como não pago a CPAS, não querem saber da minha opinião, mesmo que para o ano comece a descontar). Separei os papeis que queria, meti dentro dos envelopes, e meti os envelopes nas urnas. Tão simples quanto isto.

Não deixou de ser uma surpresa quando no dia seguinte, enquanto folheava o JM, soube que a lista que perdeu queria impugnar os resultados. Motivo, os tais boletins fotocopiados, que levantaram segundo os seus apoiantes, desconfiança de duplicação de resultados. Francamente, então não percebo o que andaram lá a fazer o dia todo. A olhar para o lado? E os seus apoiantes que votaram pelas fotocópias? Isto tendo em atenção que, apenas 1 em 4 tinham os boletins originais. E, já agora, e aqueles que votaram com os seus documentos, como é? Enquanto pensava nestas coisas, cheguei à página que falava do meu blogue pelo que nem pensei mais no assunto.

Nota: Li ainda a parte em que um colega meu mostrava "a sua satisfação pela forte adesão dos advogados madeirenses ao acto eleitoral, numa demonstração de claro interesse pelo futuro da classe". O facto de o voto ser obrigatório e a falta passível de multa e/ou sanção disciplinar em nada afecta estes beneméritos colegas.

2 comentários:

Anónimo disse...

Que palhaçada... realmente só nos preocupamos com a forma... que diabo! mas será que já não é tempo de darmos mais atenção ao conteúdo, aos candidatos? em vez das papeletas!!
Não vejo um futuro muito promissor para os ilustres causídicos, de facto isto não está nada bem...

Há que dar o benefício da dúvida, sendo certo que... bem! cada um de nós tem concerteza uma opinião, baseada em factos, crenças ou até superstições e eu... tenho cada vez mais dúvidas quanto à credibilidade da instituição OA e muito mais no que ao seu novo bastonário respeita! mas qui ça??!!

Marcelino Teles disse...

Julguei que a marosca iria ser no referendo da Venezuela, mas pelos vistos aqui, em terras de Dom AJJ as eleições para a OA, parecem ter acontecido algures na America Latina.