sexta-feira, novembro 02, 2007

UMa Praxe Exemplar...


Aqui há uns dias houve uma discussão acerca das praxes, em particular na Madeira, no blog da Luísa, onde fomos "presenteados" com os belíssimos comentários da comissão de praxes da UMa. Em suma, defendiam a honra e a atitude exemplar da praxe na Madeira.

Pois, meus amigos, agora tenho um desses belos exemplos. Hoje foi dia de "rali das tascas". Resultado: um jovem estudante universitário acabou preso e espancado pela polícia. Mas vamos por partes.

Eram seis da tarde, quando esse estudante, depois de muitas "tascas", bêbedo que nem um cacho, avançou sozinho pela Rua Major Reis Gomes, mesmo em frente ao novo "Funchal Centrum", batendo em tudo o que se mexia. Agrediu duas velhotas que vinham na rua, acabando uma no hospital. Danificou vários carros, partiu vidros e lojas à medida que avançava. Nem o primeiro polícia que surgiu em ajuda conseguiu parar o rapaz. Depois, claro, veio a cavalaria.

Chegou a Brigada de Intervenção Rápida (BIR) que rapidamente dominou o, até aí, incontrolável rapaz e, simplesmente, transformou-o em saco de pancada, à frente de uma multidão irada que entretanto se havia juntado. Eram à vontade mais de 20 polícias e metade estava "largando" no jovem. Foi algemado, e todo ensanguentado, foi empurrado para a traseira do carro policial, onde lá dentro ainda lhe ofereceram mais "fruta". Só imagino na esquadra.

Ponto um: o jovem estava sozinho! Onde estão esses senhores da comissão de praxes???? Deixam uma pessoa chegar aquele estado e depois largam-no pela cidade como se de um bicho se tratasse? Estamos em Pamplona? Onde está a responsabilidade? E que dizer das várias ambulâncias que, durante a tarde, levaram algumas jovens para o Centro Hospitalar do Funchal? E não venham agora dizer que é tudo mentira porque, desta vez, EU VI! É inadmissível que isto continue assim, sem responsáveis ou consequências! Acabaram de arruinar com a vida de um jovem. Que isto vos pese nas vossas miseráveis consciências - se é que têm alguma!!

E a atitude de "rambo" da Polícia é novamente deplorável! Ainda por cima já nem sequer têm o cuidado de a esconder. Agrediram o jovem à frente de toda uma multidão, ignorando os pedidos para o levar para o hospital! Agrediram, forte e feio! A missão da polícia é imobilizar e deter o violador da paz social. Imobilizar e deter não são sinónimos de o deixar em coma profundo!! Tenho pena que a nossa polícia ainda não seja capaz de se refrear, traçando uma linha entre o trabalho bem feito e a justiça por mãos próprias.

E pronto... assim correu mais um belo dia da exemplar praxe académica da UMa.

25 comentários:

Anónimo disse...

É uma situação vergonhosa. Das duas partes.

A imagem da policia e da nossa juventude anda mesmo na lama...

MMV disse...

Como todos sabem... Eu sou a favor da Praxe... Quando cheguei à minha Universidade tive oportunidade de fazer o rali das Tascas, contudo nunca me senti capaz de o fazer e recusei sempre em fazê-lo! Desde o ano passado que deixou de existir o rali das Tascas, porque era frequente acontecer problemas desses... e há 3 anos houve inclusivé represálias por parte da polícia na Festa do Caloiro a entrar lá a BIR e a dar em tudo o que se mexia... e estragaram a festa... A Associação assumiu os problemas do Rali das Tascas, no entanto quis responsabilidade da polícia perante a violência vivida dentro da FCT...

Daí para a frente deixaram de haver rali das tascas... Na minha opinião rali das tascas não faz parte de praxe!

A culpa disto de isso ter acontecido é da Associação Academica/Comissão de Praxe... A comissão de praxe ou associação que assume os problemas e agora terá que tomar alguma atitude... Perante o aluno que teve tal comportamento... Se acontecer como aconteceu na minha Universidade... Esse aluno será excluido de qualquer actividade academica! Há regras para cumprir!
Todavia não acredito que a comissão tenha "tomates" para isso... (vou dizer a um dos responsaveis pela comissão para vir aqui comentar... e ver a opinião deles... estou curioso)

Unknown disse...

Praxes? Pra kê? Com alcool?
As praxes nunca irao ser boas e beneficas se se introduzir alcool no assunto. Isto porke esse e outros consumos nunca sao feitos com medida... mas sim com mt peso lol
Era bom k s promovesse sp uma camaradagem e loucura mas com alguma dignidade, ate pk kem tem k aprender na vida, nunca ira aprender nuns miseros meses de praxe mas sim ao longo da vida estudantil e, mais k isso, na profissao (se nao fikar desempregado ou frustrado por nao saber pra k curso/profissao esta vocacionado)... enfim...
nao bebam... é a unica forma d nao fazerem figuras decadentes... pensem nas vossas escolhas, presentes e futuras

Anónimo disse...

Lá diz o provérbio: "quem semeia ventos, colhe tempestades"... será que teriam pena do "moço" se a velhinha que ele agrediu fosse a vossa avó? ...bem me parecia que não!

Anónimo disse...

Praxes?!
Que treta!!!
Os ditos “Doutores” são, na sua maioria, “Bichos” que estão na Universidade a sugar o dinheiro dos contribuintes e dos seus próprios pais.
São tão criativos, nas praxes, que a única coisa que sabem fazer é humilhar os caloiros e mandá-los comprar cerveja para se embebedarem.
Lamentavelmente nunca serão “gente”, nem sei se algum dia acabarão o curso, e se acabarem será porque os professores estão fartos de os verem na Universidade.
Quando me inscrevi no curso que frequento actualmente, os professores fizeram questão de salientar a Universidade como conhecimento universal e nada equiparável ao secundário. E tinham razão! Secundário seria de mais, acho que a atitude da maioria das pessoas que frequentam a instituição é comparável a alunos do primeiro ciclo!!! Já alguns professores nem para o primeiro ciclo servem.

Unknown disse...

Mesmo não sendo claro que haja aqui alguém com pena do moço, uma coisa é sentir pena dele e outra completamente distinta é aprovar a cobardia/irresponsabilidade da comissão de praxes assim como os abusos da PSP.
E se estamos numa de reconhecer um estatuto de ‘justiceiros’ aos Srs. das BIR, tenho que dizer que neste caso eles erraram no alvo, e noutros tantos nem lhes chegam perto.

Quanto aos “correios de cerveja”, é vê-los em plena tarde a correr para o bar do Tecnopolo, cruzando-se com os ‘forasteiros’ que ocorrem aos eventos no CIFEC. Rica imagem que passamos da nossa massa cinzenta...

José António Barros disse...

Ja escrevi por ai que a sigla AAUMA (Associaçao Academica da Uma) devia antes ter o seguinte significado: Alcoólicos Anónimos da Uma. O que aconteceu foi apenas mais uma situacao a comprovar a minha tese.

Sou estudante universitário, na Uma, nao faco parte das fileiras dessa associacao rasca e repugna-me a pimbalhada que reclamam como "tradicao" ou seja as praxes, como tambem muitas das outras actividades que promovem que apenas serve para fazerem favores a certas empresas, prepararem tachos, e por esse meio, aproveitarem-se da fragil maturidade dos estudantes novatos (repugna-me tambem o nome de "caloiro"). Coisa mais tonta e pirosa, sem nexo e criatividade.

Quanto ao jovem que tanto se fala, era bom que se tivesse em conta que afinal ele nao e assim tao jovem. Ja e bem crescido, maior de idade e vacinado, como tal, responsavel pelos seus actos. Nao e nenhum inocente ingenuo como o artigo da a entender, bem pelo contrario. Deve responder e ser responsabilizado criminalmente pelos seus actos irrespons�veis. Do mesmo modo os outros seus colegas que tamb�m o incentivaram e participaram s�o c�mplices no mesmo tributo � estupidez.

Em relacao a actuacao da policia, e apesar de ser um deles, que tambem veste uma farda dessas, reconheco que por vezes excedem a conta. Disso nao ha duvida. Mas um pouco de firmeza as vezes e o unico meio para cessar de imediato um tumulto, como era o caso. Se a policia entrasse la com outra serenidade, acabavam todos por ir para o hospital: policias, bebados, transeuntes, inocentes, culpados,... e talvez ainda estivesse a decorrer a batalha.

Tem muita razao aquele que escreve que se fosse a nossa mae que fosse inocentemente agredida na contenda pelos bebados, se fosse o vosso carro ou outro patrimonio que ficasse danificado, nao estavam aqui a criticar o excesso de carga policial. Aposto tudo o que tenho (e mesmo o que nao tenho)que o discurso seria do genero: "... a policia demorou tanto tempo a chegar,... e quando chegou nao fez nada..." Boa fe acima de tudo, meus senhores.

Quem diz que viu e assistiu ao que se passou, tem todo o direito, bem como, o dever civico de prestar declaracoes a quem de direito.

Unknown disse...

Um pequeno esclarecimento acerca do que eu escrevi aqui sobre a actuação dos agentes da PSP...

Eu não disse que a violência não foi necessária - até porque o jovem estava absolutamente descontrolado e, como é óbvio, não seria com meia dúzia de palavras que se iria conseguir que ele parasse. Julgo que isso é evidente. Nem sequer me passou pela cabeça contestar isso.

Estou claro a me referir ao que se passou depois que o imobilizarem. O rapaz, depois de detido e algemado, foi barbaramente agredido (e a palavra é só esta - agredido). Ele já estava controlado, e no entanto, os agentes não se coibiram de atingi-lo com socos e pontapés. Atiraram-no contra o carro e depois para a bancada traseira, com a cabeça para o assento. E os que presenciavam a cena viram os agentes no interior do carro a oferecer ainda mais algumas pauladas.

Eu sei que muitas vezes há vontade de ir ao focinho do prevaricador, mas a polícia tem a obrigação de dar o exemplo! Depois de controlada a situação não podem descontrolar-se e fazer justiça por mãos próprias. Essa não é a missão da nossa polícia (ou de outra qualquer).

O que aconteceu posteriormente à detenção é lamentável e não se pode de maneira alguma esconder ou desculpar assim sem mais, sobretudo quando sobre a polícia e os seus agentes pende a enorme responsabilidade de providenciar a posterior aplicação da justiça pelos nossos tribunais.

Não é por acaso que cada vez mais se assiste a agressões a agentes. Não é por acaso que a polícia é cada vez mais contestada. Algumas vezes com razão, outras nem por isso. Mas para se fazer respeitar, há que se dar ao respeito - e aqui, o músculo é mau conselheiro.

Anónimo disse...

Eu sinceramente nem sei, como começar a responder dadas as barbaridades que algumas pessoas insistem a escrever...

Uma das piores foi as que o senhor josé antonio barros proferiu mas como resposta a esse senhor apenas digo isto. " ".


Relativamente ao episódio, que se passou sim foi muito lamentável, mais lamentável ainda foi o aluno estar trajado e assim ter arrastado com ele toda uma UNIVERSIDADE.

RALI DAS TASCAS
- O rali das tascas é OPCIONAL E LIVRE, ninguém repito NINGUÉM é obrigado a particiar, pelo que se não houver equipas inscritas o rali não se realiza..

- Vários são os alunos que já participaram no rali compriram as provas todas e chegaram ao fim e estavam apenas quentes não em coma alcoolico.

- Muitos dos alunos o que acontece é que quando chegam a uma tasca, bebem o que era pa beber do jogo e bebem dps mais 3 ou 4 extra.

- Tão a fazer um alarido porque foram 3 ou 4 alunos para o hospital em coma alcoolico.
ESSES alunos são maiores e vacinados a responsabilidade de terem chegado aquele estado é deles.
Nas festas que se realizam por exe em coimbra..OS HOSPITAIS ATÉ Têm um plano extra pa essa ocasião, porque a ocorrência as urgências com comas alcoolicos é enorme. e se aqui durante todo o ano, vão 10 alunos em como alcoolico , lá vão 10 em 5 minutos num só dia..

- A questão dos comas alcoolicos a meu ver é a que devia envolver menos críticas por que como ja disse, ninguém é obrigado a ficar em coma alcoolico, muitos deles terminam o rali e nao ficam em coma..

- As festas organizadas por certas identidades na madeira as chamadas "RAVES", numa só noite consegue enviar mais jovens MENORES DE IDADE para para o hospital em coma alcoolico do que as festas de universidade num ANO.E o quê que é feito para evitar essas situações????

- DIGO E VOLTO A INSISTIR A PRAXE DA UMA é uma praxe vocacionada para a integração dos novos alunos.
SE NÃO ACREDITAM VÃO FALAR COM OS CALOIROS E PERGUNTEM-LHES O QUE ELES ACHAM DA PRAXE!?
Porquê que quem diz mal é sempre quem está de fora e não tem conhecimento de causa???

- A maior parte dos caloiros manifestou a sua alegria pela praxe e lamentaram estar a acabar. por isso não venham dizer mal da praxe.As únicas pessoas que podem dizer mal da praxe são os caloiros. Não pessoas que nem sabem o que é a praxe....

- FOI um estudante que perdeu a cabeça e como tal enfrentará as consequências dos seus actos.
NÃO venham crucificar toda uma universidade porque um aluno se excedeu...

- Esse senhor HELDER que diz mal dos alunos gostava de lhe dizer que não uso nenhum dinheiro dele, nem de ninguém como eu grande parte dos alunos PAGA LEIA bem PAGA PAGA 954 EUROS de propinas desde quando isto e roubar dinheiro dos contribuintes?!..CALE-SE
Quem rouba dinheiro e os drogados que recebem subsidios para nao ir trabalhar..NÃO FALE DO QUE NÃO SABE..

O SENHOR só pode ser de outro planeta..aliás e aposto que nem a 4 classe tem a julgar pela sua cultura..Até me espanta ter conseguido comentar um blog..Não ofenda quem passa semanas a fio a estudar, que se lixa pa ter boas notas..pois isso eu não admito..

E fico por aqui...

Berta Helena disse...

Não, não posso concordar com praxes que envolvem humilhação ou violência. Não e não.
Queria, Luís Miguel, agradecer a sua simpática visita ao meu cantinho e as palavras amáveis que lá deixou.

DAISY disse...

Sinceramente é vergonhoso este tipo de praxes, áté um dia em que acabe mal...e depois ninguém é responsável...
Talvez a polícia tenha exagerado ou talvez não...quem deveria ter apanhado umas bastonadas foi quem embriagou o moço...

Unknown disse...

O aluno que alegadamente tem prazer em ser da UMa (e digo alegadamente, porque o rapaz dá a língua mas não dá a cara) não tem nada a dizer sobre os comentários do José Barros. Faz bem. Contra factos não existem argumentos.

Como seria de esperar, defende as praxes com a lenga-lenga do costume: é um processo de integração rápida dos novos alunos, aos quais estes aderem de livre e espontânea vontade. Acrescentaria à “livre e espontânea vontade”, ameaças tipo “ninguém vai partilhar apontamentos contigo”, “não poderás utilizar o elevador”... que na prática servem apenas para demonstrar o grau de inteligência dos intimidadores.

Pergunte ao praxador ‘drº maminhas’ (desculpem a alcunha, mas não sei mesmo o nome dele) onde estava a livre vontade dele nas praxes em que ele servia às mesas vestido de joaninha. E não vale mentir, porque eu vi a cara de choro.

Uma integração nunca pode ser feita em estado semi-inconsciente e pela mão de quem está completamente à parte. Os praxadores são na sua maioria alunos que os professores não apresentam às visitas, e que o resto da turma faz questão de ignorar.
Simplesmente não fazem parte. Ou estão nas catacumbas da associação a queimar cigarros ou no bar do Tecnopolo a jogar à bisca.

Ah, e o facto de achar que 900 euros pagam a sua despesa anual na universidade, explica de certa forma porque necessita de estudar semanas a fio para ter boas notas numa das universidades menos exigentes de Portugal.

Anónimo disse...

Cá está a típica confusão do costume a funcionar mais uma vez... Por onde começar?

Vamos por partes.

Primeiro: confundir praxe com uma bebedeira de um estudante universitário que acaba detido por desacatados é até uma vergonha para quem se diz atento aos fenómenos de que está rodeado...

É verdade que se tratava de um estudante universitário, sendo igualmente verdade que a sua atitude foi absolutamente intolerável. Aí ninguém tenha dúvidas. Tal e qual como qualquer cidadão, praxista ou não praxista, bêbedo ou sóbrio, ao cometer excessos daquela natureza incorreu numa prática condenável, e deverá ser julgado no sítio próprio, que, ao que julgo saber, ainda são os tribunais...

Segundo: O Rally das Tascas. Não é verdade, ao contrário do que alguma manhosa comunicação social por aí falou, que tenham sido hospitalizados dezenas de jovens embriagados, nem que qualquer jovem de 13 anos tenha estado envolvido no mesmo. No Rally participam apenas alunos, repito, alunos, obrigatoriamente maiores de idade, e com a assinatura não coagida de um termo de responsabilidade... Não me parece portanto que haja qualquer indução de comas alcoólicos em jovens inocentes que apenas se metem no Rally porque uns energúmenos trajados os obrigam a fazê-lo... Mais a mais, fonte do Centro Hospitalar do Funchal confirmou que nenhum dos 7 (SETE, e não dezenas) transportados ao CHF nessa tarde se tratava do que clinicamente se denomina de coma alcoólico.

Apesar de eu, particularmente, não achar bonito o que muitas vezes se vê em tarde do Rally das Tascas, não consigo, sinceramente, encontrar relacionamento com atitudes menos próprias de praxistas, ou de abusos sobre os caloiros. Mostrem-me a relação, mas apenas com base em dados concretos, e talvez passe a defender o final das praxes...

Terceiro, e para finalizar: as praxes.

Sempre fui contra os abusos que se assistem nas praxes. Sempre me bati, no sítio certo, pela alteração das regras da praxe, tornando-a muito mais num ritual de integração, com muitas amizades à mistura, e menos na brutalização da personalidade dos recém-chegados, reduzindo-os a seres amorfos e insignificantes, sem pensamentos, desejos ou vontades.

É verdade que nem tudo se conseguiu fazer neste sentido, e não é menos verdade que alguns abusos ainda subsistem, como continuarão sempre a existir em actividades onde estejam envolvidos seres humanos. E nestas questões, como é socialmente reconhecido, o alcoól costuma ser mau conselheiro...Mas ninguém, absolutamente ninguém que esteja de boa fé e seja conhecedor do que foram os últimos anos da praxe na UMa, poderá dizer que não foi feito um esforço no sentido de a tornar naquilo que a praxe tem que ser: integração, integração, integração.

Um abraço e obrigado pelo levantar da questão, que tem toda a pertinência ser discutida, mas apenas quando se conhecem as realidades. A árvore nunca deverá ser confundida com a floresta, e como dizia o meu avô, não se deve confundir o cú com as calças...

Luís Miguel, só mais uma coisa, a comentar o teu primeiro texto: o jovem, como tu afirmas, não ficou abandonado e largado na cidade como se de um bicho se tratasse. O "jovem", que tem experiência a mais nestas andanças, simplesmente se descontrolou de tal forma que nenhum dos inúmeros amigos que o tentou acalmar, e que estiveram com ele durante toda a confusão, o conseguiu. O porquê do descontrolo ficou por explicar, mas se tu viste, deves ter reparado que o dito "jovem" (está entre aspas porque já não tem 13 ou 14 anos...) teve que ser controlado por 6 elementos da BIR, e que só com a carga de porrada que tu presenciaste é que o conseguiram...

As atitudes da polícia, bem como a atitude de uma Comunicação Social sem escrúpulos e sensacionalista, serão tema para outra intervenção...

Grande abraço

Pedro

José António Barros disse...

Os praxistas C.ª Lda insistem em clicar sempre na mesma tecla: a praxe serve para integrar... só se for para integrar inocentes no grupo dos atrasados e cábulas que levam anos e anos para fazer uma licenciatura. Integrá-los num grupo de malandros e desmoralizados que não conseguem acertar uma na vida.

Esse aluno que ainda tem a lata de defender estes actos tontos, vem argumentar que em Coimbra até o Hospital tem um plano de emergência para estas situações, e como tal, também na Madeira se podia fazer o mesmo... Santo Deus, nem comento mais nada... prefiro fazer uso daquele provérbio que mais gosto:
"Quando um burro te zurrar, não lhe zurres."

Anónimo disse...

Pedro Sepúlveda

A verdade é que esteve uma jovem de 13 anos envolvida nisso e chegou em coma alcoólico ao hospital.

Confirmação essa de quem mandou chamar a ambulância e depois do hospital do Funchal.

E isto não é nada veiculado pelos diários. São fontes directas.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

Luísa:

Quando referi que nenhuma jovem de 13 anos esteve envolvida, referia-me ao Rally das Tascas. Não houve qualquer inscrição de uma jovem com essa idade, de certeza absoluta.

Se me dizes que tens a certeza da idade da miúda, não vou duvidar da tua palavra, até porque não presenciei o Rally, e portanto não posso confirmar ou desmentir que alguém dessa idade tenha acompanhado alguma das equipas inscritas.

Mas se assim foi, se de facto acompanhou, fê-lo extra-organização, e portanto dificilmente controlável por esta.

Beijinhos

Anónimo disse...

Pedro

Ela não foi inscrita nisso. Participou porque outros que estavam no rali convidaram. Foi mesmo algo extra-organização.

Mas não deixa de ser degradante.

Bjs

Anónimo disse...

Absolutamente de acordo Luísa.

MMV disse...

Ninguém de 13 anos participou no rali! Isso não é praxe nem tradição academica!

A vossa revolta acontece todos os fins de semana em qualquer bar do Funchal ou de qualquer zona do país... E não vejo a criticar! Enfim...

Vejam o meu blogue... escrevi algo sobre isso!

Unknown disse...

A miúda de 13 anos foi um dano colateral do rali das tascas. É óbvio que a menina não estava inscrita, nem participou "oficialmente". Mas estava lá, bebeu e foi lá para cima e isso é o que importa... até porque em condições normais ninguém vende bebidas alcoólicas a miúdas durante a tarde! (à noite a música é outra)

E como eu previa, as explicações que vierem depois foram um verdadeiro lavar de mãos digno de Pilatos…

MMV disse...

Tive a ler o código de praxe deles... E eles tem lá no Artigo 6º paragrafo g) (se não estou em erro) que se trata de "manchar" a imagem da academia e da instituição, pois o referido estudante estava com traje!

Mas uma coisa é praxe outra é rali das tascas!

Eu acho que o estudante que agrediu tem que ser punido...

Quanto a essa miuda de 13 anos... Quem deu/vendeu a bebida tem que ser responsabilidade, os pais da miuda tem que buscar a culpa!

Anónimo disse...

Bom...nem sei por onde começar. Sou estudante universitário da tão malfadada Academia e sempre com muito orgulho. Fui praxado e sou praxista, estive no rali das tascas, comecei e acabei. A verdade é que ao longo do percurso deste tão badalado rali das tascas, não me deparei com nenhuma menor e muito menos com alguém de fora da minha mui nobre Academia. Gostava de conhecer essa tal jovem e perguntar-lhe sobre que saias andou escondida para eu não a ver em lado nenhum.
Quanto às praxes...assunto que muita discussão cria, há muito que se lhe diga. Fui praxado e muito bem praxado, inclusive pelo Pedro Sepúlveda, conheci pessoas de todo o tipo (adorei ser chamado de atrasado e cábula por ter sido praxado e malandro e desmoralizado por ser praxista por alguém k provavelmente ou foi anti-praxe e passou ou passa a sua vida académica à margem daquilo que nos marca para toda a vida e que anos mais tarde se tornam conversas nostálgicas, ou foi praxado por alguém que lhe marcou negativamente e tornou-se na pessoa rancorosa que demonstra ser), e fiz amigos para toda a vida.
Sou praxista e julgo ter uma boa abordagem, sou a favor do diálogo, jogos que realmente favoreça a integração ( E SIM ACREDITEM QUE HÁ INTEGRAÇÃO), os "bichos" passam rapidamente a conhecer os seus colegas de curso, os alunos mais velhos e a própria instituição.
Quer queiram quer não, quer gostem quer não, a praxe existe (como em tudo na vida, há quem não o faça muito correctamente) e vai continuar enquanto houver pessoas que percebam e sintam o verdadeiro sentido da praxe e das tradições académicas.
Sim, houve excessos. Sim, marcou a imagem da Universidade da Madeira. E sim, acontece anualmente em todas as universidades do Pais, e todos os fins de semana por todo o pais em bares e pubs e discotecas.
A todos, os meus cumprimentos e votos de uma rápida digestão de todos estes eventos.

Anónimo disse...

Mas que bem feito!!!! Os estudantes tem de ESTUDAR , e nao de andar por ai a fazer parvahices como criançinhas da creche....E uma vergonha ,estudantes de UMA , e falo a modo geral, costumam ficar td a noite em festas de bebedos, drogados, xatiando ao pessoal ke trabalha em centros comerciais...E ate fodendo no meio dos parques ecoogicos, fazendo orgias entre grupos e deixando muito mal parada a sua imagem perante a sociedade (putrefacta) na kual deviamos de conviver todos sem RALIS de bebedos nem PRAZES de tarados e deficientes mentais.

Anónimo disse...

Só um pequeno parênteses a tudo o que li...o problema quanto a mim não está nas praxes, na comissão de praxes, nas miúdas de 13 anos, nem mesmo nos comas alcoólicos....para mim o problema chama-se "Culto da Bebida" e enquanto futuros "Pseudodotoures" deste país continuarem a organizar "ralis de tascas" e saraus académicos com tunas cuja "metade" do repertório só fala de bebida, e em que não pode faltar uma , nem que seja minúscula, barraquinha de cerveja, ou poncha de maracujá, banana ou raio que o parta, continuaremos a discutir, hoje e em 2047, os ralis das tascas e as bebedeiras de caixão à cova, de quem devia andar na Universidade para ser alguém que futuramente tomará o pulso do país na mão. Depois admiram-se que vivemos num pais de alcoólicos ( ai não que isso era dantes, no tempo dos analfabetos que cavavam a fazenda). Pois meus amigos é hoje, no tempo dos "doutores", "veteranos" ou "bichos". Que se dizem muito cultos. Cuidado senhor ai em cima que ter a 4ª classe ou até nem isso ter, não é sinónimo de falta de cultura. E fico por aqui...

J.Pierre Silva disse...

Sobre este e outros assuntos correlacionados: http://notasemelodias.blogspot.com/2008/09/notas-sobre-praxes-e-praxe.html