A vida anda complicada para os lados do Palácio de São Bento. E tudo por causa de uma universidade. Desde que a Inspecção-Geral do Ensino Superior apontou o dedo à Universidade Independente (UnI) que o povo português tem sido brindado com estórias com reviravoltas mirabolantes, bem ao género da melhor novela mexicana.
A UnI, que segundo o Ministro Mariano Gago funciona em "condição de degradação pedagógica inequivocamente comprovada", seja lá o que isso for, tem sido uma mina para os jornalistas, que aos poucos têm levantado questões delicadas - ou, como diz o povo, os "podres"! Então não é que se descobriu - segundo rezam as crónicas dos jornalistas - que o nosso Primeiro afinal "comprou" a licenciatura? Que por curiosidade foi tirada na UnI, que agora se comprova que não presta...
Deliciou-se a SIC e a TVI esmiuçando esta questão, com gráficos, tabelas e diplomas. Enquanto o pais aguardava que Sócrates se pronunciasse, lá veio mais um "twist" à Hitchcock. Ainda hoje o Radio Clube Português anunciou que nas biografias oficiais da Assembleia da República de 1993, Sócrates já era apresentado como licenciado em Engenharia Civil, supostamente três anos antes de ter concluído a sua licenciatura na Universidade Independente.
Contra-resposta imediata no site do Governo: "A referência nas biografias oficiais da Assembleia da República de 1993 à licenciatura em Engenharia Civil de José Sócrates está errada e constitui um lapso ao qual o primeiro-ministro é completamente alheio" - como é óbvio! Francamente... então não é óbvio? Não é?... hum...
José Sócrates, como qualquer bom aluno, frequentou o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa e a Universidade Independente, tendo obtido aí o diploma em Setembro de 1996. Mainada! Espera aí... mas continuamos com o mesmo problema: não houve licenciados em 96 neste curso pela UnI, a acreditarmos nas informações dos dirigentes da UnI entregues ao Observatório da Ciência e Ensino Superior (OCES)... os mesmos que são considerados inaptos pelo Ministério.
Tão a seguir? Continuemos. Sobre a ausência de indicação de diplomados na UnI em 1995-1996 na base de dados do OCES, Mariano Gago explicou que a universidade deixou de fora todos os alunos que tinham vindo através de processos de transferência de outras instituições, como foi o caso do primeiro-ministro. Claro, óbvio! Como é que os jornalistas não pensaram nisto?
Por todos os motivos e mais alguns, finalmente foi decretado o encerramento compulsivo da Universidade Independente. E nos próximos 10 dias - prazo para apresentação de contestação da medida aplicada - tenho a certeza que vamos assistir a mais fantásticos acontecimentos nesta novela da vida real. Para já, acusam os representantes da UnI que o Governo quer abafar as histórias que por lá estão depositadas. Neste momento o arquivo desta universidade passou a ser o local mais precioso do país! Alguém duvida? Já estou a ver equipas profissionais a preparar o equipamento para lá entrar... vai ser o Ocean's Twenty!!
Enquanto vou preparar as pipocas e o sumo para os próximos capítulos, deixo-vos com uma frase de Sócrates: "Se o desonesto soubesse a vantagem de ser honesto, ele seria honesto ao menos por desonestidade." - estou a falar do grego, é claro...
A UnI, que segundo o Ministro Mariano Gago funciona em "condição de degradação pedagógica inequivocamente comprovada", seja lá o que isso for, tem sido uma mina para os jornalistas, que aos poucos têm levantado questões delicadas - ou, como diz o povo, os "podres"! Então não é que se descobriu - segundo rezam as crónicas dos jornalistas - que o nosso Primeiro afinal "comprou" a licenciatura? Que por curiosidade foi tirada na UnI, que agora se comprova que não presta...
Deliciou-se a SIC e a TVI esmiuçando esta questão, com gráficos, tabelas e diplomas. Enquanto o pais aguardava que Sócrates se pronunciasse, lá veio mais um "twist" à Hitchcock. Ainda hoje o Radio Clube Português anunciou que nas biografias oficiais da Assembleia da República de 1993, Sócrates já era apresentado como licenciado em Engenharia Civil, supostamente três anos antes de ter concluído a sua licenciatura na Universidade Independente.
Contra-resposta imediata no site do Governo: "A referência nas biografias oficiais da Assembleia da República de 1993 à licenciatura em Engenharia Civil de José Sócrates está errada e constitui um lapso ao qual o primeiro-ministro é completamente alheio" - como é óbvio! Francamente... então não é óbvio? Não é?... hum...
José Sócrates, como qualquer bom aluno, frequentou o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa e a Universidade Independente, tendo obtido aí o diploma em Setembro de 1996. Mainada! Espera aí... mas continuamos com o mesmo problema: não houve licenciados em 96 neste curso pela UnI, a acreditarmos nas informações dos dirigentes da UnI entregues ao Observatório da Ciência e Ensino Superior (OCES)... os mesmos que são considerados inaptos pelo Ministério.
Tão a seguir? Continuemos. Sobre a ausência de indicação de diplomados na UnI em 1995-1996 na base de dados do OCES, Mariano Gago explicou que a universidade deixou de fora todos os alunos que tinham vindo através de processos de transferência de outras instituições, como foi o caso do primeiro-ministro. Claro, óbvio! Como é que os jornalistas não pensaram nisto?
Por todos os motivos e mais alguns, finalmente foi decretado o encerramento compulsivo da Universidade Independente. E nos próximos 10 dias - prazo para apresentação de contestação da medida aplicada - tenho a certeza que vamos assistir a mais fantásticos acontecimentos nesta novela da vida real. Para já, acusam os representantes da UnI que o Governo quer abafar as histórias que por lá estão depositadas. Neste momento o arquivo desta universidade passou a ser o local mais precioso do país! Alguém duvida? Já estou a ver equipas profissionais a preparar o equipamento para lá entrar... vai ser o Ocean's Twenty!!
Enquanto vou preparar as pipocas e o sumo para os próximos capítulos, deixo-vos com uma frase de Sócrates: "Se o desonesto soubesse a vantagem de ser honesto, ele seria honesto ao menos por desonestidade." - estou a falar do grego, é claro...
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