É o primeiro estudo de base científica que tenta traçar uma fotografia do fenómeno do aborto clandestino em Portugal. E permite perceber, sem margem para dúvidas, a dimensão do problema. Entre 346 e 363 mil mulheres em idade fértil já terão interrompido voluntariamente a gravidez e, só no ano passado, o número de abortos oscilou entre os 17.260 e os 18 mil.
Em contagem decrescente para o referendo sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, e a crer nos números da APF, a "fotografia" que daqui resulta põe em causa tanto a imagem de que este fenómeno afecta sobretudo as pobrezinhas e jovenzinhas, como aqueles que defendem que é um problema pouco relevante no panorama nacional.
Mais um número para a polémica ou o espelho de uma realidade escondida?
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