sexta-feira, julho 21, 2006

Fundamentalismo...


Fundamentalismo é o nome dado a movimentos, cujos adeptos mantêm uma estrita aderência aos princípios fundamentais - daí o nome.

O fundamentalista acredita nos seus dogmas como verdade absoluta, indiscutível, sem abrir-se, portanto, à premissa do diálogo. Por este motivo, o fundamentalismo revela-se como fonte de intolerância, na qual o outro é analisado sob a óptica da ameaça, como símbolo do mal, que pode fragilizar as "muralhas de verdade" construídas pelo fundamentalista no seu discurso.

Talvez a sua vertente mais perigosa, o fundamentalismo religioso é um fenômeno relativamente moderno, caracterizado pelo senso de esvaziamento do meio cultural, onde a cultura pode nominalmente ser influenciada pela religião dos partidários.

O fundamentalista acredita que a sua causa é de grave e cósmica importância. Ele vê-se como o protector de uma única e distinta doutrina, modo de vida e de salvação. A comunidade, de acordo com o seu desenvolvimento, reage centrando-se num modo de vida preponderantemente religioso em todos os seus aspectos, comprometida com os movimentos fundamentalistas.

O muro de virtudes fundamentalista que protege a identidade do grupo é instituído não só em oposição a religiões estranhas, mas também contra os modernizadores, na defesa de numa versão nominal da sua própria religião.

Neste mar de intolerância, de protecção absoluta de valores díspares, nascem os conflitos. Conflitos alicerçados em regras, escritos, na defesa de ritos e rituais. Conflitos de onde não sairá um vencedor.

O fundamentalismo é na verdade, a maior arma do sécúlo XXI.

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