Pai, tia e avó de Vanessa começam hoje a ser julgados por homicídio
Vanessa tinha cinco anos. Morava, há meses, com a avó, o pai e a tia. O seu corpo foi encontrado a boiar no rio Douro e marcas de queimaduras revelavam que a morte não se devera a afogamento. Agonizou durante três dias, morreu sufocada e os seus familiares tê-la-ão transportado, morta, por mais de dois quilómetros, para ocultar o crime, lançando o corpo ao rio.
Hoje, no Tribunal de S. João Novo, no Porto, todos respondem por homicídio qualificado, profanação e ocultação de cadáver. A avó e o pai da menina vão ainda enfrentar as acusações de maus tratos.
Os familiares de Vanessa incorrem numa pena de prisão até 25 anos de cadeia. Resta saber como decorrerá o julgamento e como será repartida a dose de culpas.
Novamente, como tem sido habitual nestes casos, as técnicas do Instituto de Reinserção Social (IRS) que acompanhavam o caso da criança nunca se aperceberam da sua amargura. No dia anterior à agressão fatal, estiveram na casa da família e viram a criança. Para elas, Vanessa poderia ser amada naquela família, tendo por isso sugerido ao juiz que a entregassem à avó, que ficaria com a custódia legal.
No dia seguinte, já longe dos olhares dos responsáveis do IRS, terminava o calvário da menina. Porque se recusara a dizer que gostava mais da avó do que da madrinha, Vanessa terá sido mergulhada em água quente. Ao juiz, a avó disse que tinha sido um acidente Vanessa ter-se queimado. E que apenas por medo decidira não a levar ao hospital. Mesmo assim, Lola ainda foi por duas vezes à farmácia. Primeiro, pediu um antibiótico a uma vizinha, que se recusou a dá-lo. Depois, comprou pomadas que espalhou pelo corpo da menina. Mas Vanessa não reagiu e o seu estado agravou-se de hora para hora. Até que, três dias depois da agressão, morreu.
Lola foi chamar o pai da menina e mostrou-lhe a criança. Diz ainda a acusação que os três decidiram atirá-la ao rio. Seria o crime perfeito, porque combinaram simular que a criança os acompanharia a uma feira em Vila Nova de Gaia e aí seria raptada. Quando Vanessa fosse encontrada, deviam chorar, como fizeram, e lançar a suspeita sobre estranhos. Mas o plano falhou e foram apanhados. O autocarro da STCP que transportou Lola à feira, logo pela manhã, tinha sistema de videovigilância e as imagens mostravam que Vanessa nunca entrara naquele transporte e que a avó estava apenas acompanhada por uma filha de dez anos. Foi Sandra, a filha mais nova, que denunciou o crime e os maus tratos que nenhum técnico conseguiu descobrir.
Não adianta esconder. A Vanessa, de apenas 5 anos de idade, agonizou sozinha num quarto durante quatro dias, depois de ser mergulhada em água a ferver e que, segundo os médicos, poderia ter-se salvo se tivesse sido levada ao hospital. Isto aconteceu mesmo. Aconteceu em Portugal.
Vanessa tinha cinco anos. Morava, há meses, com a avó, o pai e a tia. O seu corpo foi encontrado a boiar no rio Douro e marcas de queimaduras revelavam que a morte não se devera a afogamento. Agonizou durante três dias, morreu sufocada e os seus familiares tê-la-ão transportado, morta, por mais de dois quilómetros, para ocultar o crime, lançando o corpo ao rio.
Hoje, no Tribunal de S. João Novo, no Porto, todos respondem por homicídio qualificado, profanação e ocultação de cadáver. A avó e o pai da menina vão ainda enfrentar as acusações de maus tratos.
Os familiares de Vanessa incorrem numa pena de prisão até 25 anos de cadeia. Resta saber como decorrerá o julgamento e como será repartida a dose de culpas.
Novamente, como tem sido habitual nestes casos, as técnicas do Instituto de Reinserção Social (IRS) que acompanhavam o caso da criança nunca se aperceberam da sua amargura. No dia anterior à agressão fatal, estiveram na casa da família e viram a criança. Para elas, Vanessa poderia ser amada naquela família, tendo por isso sugerido ao juiz que a entregassem à avó, que ficaria com a custódia legal.
No dia seguinte, já longe dos olhares dos responsáveis do IRS, terminava o calvário da menina. Porque se recusara a dizer que gostava mais da avó do que da madrinha, Vanessa terá sido mergulhada em água quente. Ao juiz, a avó disse que tinha sido um acidente Vanessa ter-se queimado. E que apenas por medo decidira não a levar ao hospital. Mesmo assim, Lola ainda foi por duas vezes à farmácia. Primeiro, pediu um antibiótico a uma vizinha, que se recusou a dá-lo. Depois, comprou pomadas que espalhou pelo corpo da menina. Mas Vanessa não reagiu e o seu estado agravou-se de hora para hora. Até que, três dias depois da agressão, morreu.
Lola foi chamar o pai da menina e mostrou-lhe a criança. Diz ainda a acusação que os três decidiram atirá-la ao rio. Seria o crime perfeito, porque combinaram simular que a criança os acompanharia a uma feira em Vila Nova de Gaia e aí seria raptada. Quando Vanessa fosse encontrada, deviam chorar, como fizeram, e lançar a suspeita sobre estranhos. Mas o plano falhou e foram apanhados. O autocarro da STCP que transportou Lola à feira, logo pela manhã, tinha sistema de videovigilância e as imagens mostravam que Vanessa nunca entrara naquele transporte e que a avó estava apenas acompanhada por uma filha de dez anos. Foi Sandra, a filha mais nova, que denunciou o crime e os maus tratos que nenhum técnico conseguiu descobrir.
Não adianta esconder. A Vanessa, de apenas 5 anos de idade, agonizou sozinha num quarto durante quatro dias, depois de ser mergulhada em água a ferver e que, segundo os médicos, poderia ter-se salvo se tivesse sido levada ao hospital. Isto aconteceu mesmo. Aconteceu em Portugal.
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