França vota “não” à Constituição europeia

Primeiras projecções revelam que franceses disseram “não” à Constituição europeia

As primeiras projecções à boca das urnas do referendo sobre a Constituição europeia em França revelam que pelo menos 55 por cento dos franceses disseram “não” ao tratado, abrindo as portas a uma crise na União Europeia, já que é necessário que todos os Estados-membros ratifiquem o documento para que este seja aprovado.

De acordo com as previsões de três centros de sondagens, divulgadas pelas rádios e canais de televisão franceses, o “não” consegue entre 54,5 por cento e 55,6 por cento dos votos. O instituto de sondagem Ipsos prevê que a rejeição ao tratado se situe entre os 55 por cento, contra 45 para o “sim”. Por sua vez, o instituto CSA aponta que 55,6 por cento dos franceses disseram “não” ao tratado europeu, enquanto 44,4 por cento defenderam a Constituição europeia. O Tns-Sofres estima que 54,5 por cento dos votos foram contra o tratado.

Para o ministro da dos Negócios Estrangeiros francês, Michel Barnier, um dos primeiros elementos do Governo a reagir à rejeição da Constituição europeia, o “não” é um “sinal” para a França e “uma verdadeira decepção”.

França, um dos países fundadores da construção europeia, torna-se, assim, o primeiro Estado-membro da União Europeia a rejeitar o tratado constitucional, o primeiro texto elaborado à escala europeia para reger a União alargada a 25 países.