terça-feira, janeiro 15, 2008

Como é que é?


Por falar em Livros de Reclamações, há coisas que nem lembram ao diabo. Então vejam lá esta história. Em somemos o relato é assim: no mês de Junho de 2005, em Matosinhos, uma senhora foi a um jantar de um grupo de médicos e enfermeiros de um centro de saúde, para assinalar a despedida de um colega de trabalho, quando perto do final do repasto, sentindo-se tratada de forma indelicada por um dos funcionários, reclamou e pediu o Livro de Reclamações. O Livro só foi fornecido depois do pagamento das refeições e após a chamada da PSP.

Entretanto, esta senhora, em Fevereiro de 2006, foi notificada pelo tribunal da existência de uma queixa-crime contra si, que lhe tinha sido movida pela proprietária do restaurante por utilização de "expressões desprimorosas para o restaurante proferidas pela arguida no intervalo de cerca de hora e meia que mediou entre o pedido do Livro de Reclamações e a sua apresentação".

Assim, a mulher que em 2005 pediu o Livro de Reclamações num restaurante de Matosinhos e que aguarda ainda o resultado da queixa, foi condenada em tribunal por “pôr em causa o prestígio, crédito e confiança” do estabelecimento. Sim, não estou a brincar. O Tribunal de Matosinhos condenou a mulher a indemnizar a dona do restaurante em 300 euros e a pagar uma multa de 15 euros por dia, para remir uma pena de 75 dias de prisão. Porque, de acordo com a sentença do caso, a arguida foi condenada porque “disse repetidamente, em tom exaltado e de modo audível para as demais pessoas que se encontravam no restaurante àquela hora, nomeadamente que a comida não prestara e que nunca tinha sido tão mal servida”.

Afinal não é só nos Estados Unidos que se vê sentenças perfeitamente aberrantes...

fontes: Diário da Cidade, Diário Digital, Renancença.

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