Sexta-feira 13 passou sem grandes problemas, mas Segunda-Feira 16 (de Abril 2007) ficará conhecida como (mais) um dia de sangue.
Trinta e duas pessoas, na sua maioria estudantes, foram mortas por (pelo que se sabe até a esta hora) um homem armado na Universidade de Virgínia Tech, em Blacksburg, na costa leste dos Estados Unidos. Ainda não se sabe qual foi o motivo que levou a um qualquer desvairado levar avante com um ataque à bala sobre os estudantes da universidade.
Estas 32 vítimas juntam-se a outras 2 que no início deste ano lectivo tinham sido assassinadas no perímetro da universidade, por um prisioneiro que se evadiu de uma cadeia nos arredores.
Hoje, em Portugal, um homem com uma mala-bomba ocupou durante pouco mais de duas horas a agência do Montepio Geral da Avenida da República, nas imediações da Rotunda de Santo Ovídio, em Vila Nova de Gaia. O sexagenário tomou a agência não para efectuar qualquer assalto mas para tentar impedir a penhora do seu apartamento, por uma dívida de 66 mil euros, mais juros, num total aproximado de cem mil euros. Como resultado, acabou detido pela PSP e a bomba desarmada pela Brigada de Minas e Armadilhas, sem relato de qualquer ferido.
Esta é a diferença entre os Estados Unidos e a Europa. Enquanto que qualquer um, incluindo miúdos, tem acesso a uma arma de fogo e respectiva balística, e entra por uma escola, universidade, centro comercial, e abre fogo sobre quem lhe aparece à vista, na Europa as coisas são diferentes, e nem de bomba (exceptuando os grandes atentados organizados evidentemente) causam feridos. Até as motivações são outras: enquanto que aqui tratam-se normalmente de pessoas desesperadas (endividamento, desemprego, reivindicações de direitos perdidos, etc), do outro lado do Atlântico normalmente tratam-se de loucos fanáticos (ou simplesmente loucos), que gostam de disparar armas sobre pessoas!
E naquilo que é normal esperar de um europeu perante um cenário destes, o americano, em vez de apoiar e lutar por uma restrição no uso das armas de fogo, vai exactamente fazer o contrário. Vai é querer armar-se até aos dentes para se proteger dos "lunáticos" que por aí andam. A NRA (para quem não sabe é a "National Riffle Association" - a manda chuva das armas do país do "Tio Sam", e a principal responsável pela paranóia das armas dos E.U.A.) será novamente a maior beneficiada destas infelizes mortes, pois ao invés de ser responsabilizada por esta tragédia, o discurso trará ainda mais apoiantes à causa do direito à arma de cada cidadão americano.
Uma curiosidade: segundo a página da universidade na Internet, a direcção estava desde ontem a oferecer uma recompensa de cinco mil dólares por informações que levassem à detenção dos responsáveis por dois falsos alertas de bomba, recebidos a 2 e 13 deste mês (que obrigaram ao encerramento da universidade por alguns dias). Não foi à bomba, foi à bala...
Trinta e duas pessoas, na sua maioria estudantes, foram mortas por (pelo que se sabe até a esta hora) um homem armado na Universidade de Virgínia Tech, em Blacksburg, na costa leste dos Estados Unidos. Ainda não se sabe qual foi o motivo que levou a um qualquer desvairado levar avante com um ataque à bala sobre os estudantes da universidade.
Estas 32 vítimas juntam-se a outras 2 que no início deste ano lectivo tinham sido assassinadas no perímetro da universidade, por um prisioneiro que se evadiu de uma cadeia nos arredores.
Hoje, em Portugal, um homem com uma mala-bomba ocupou durante pouco mais de duas horas a agência do Montepio Geral da Avenida da República, nas imediações da Rotunda de Santo Ovídio, em Vila Nova de Gaia. O sexagenário tomou a agência não para efectuar qualquer assalto mas para tentar impedir a penhora do seu apartamento, por uma dívida de 66 mil euros, mais juros, num total aproximado de cem mil euros. Como resultado, acabou detido pela PSP e a bomba desarmada pela Brigada de Minas e Armadilhas, sem relato de qualquer ferido.
Esta é a diferença entre os Estados Unidos e a Europa. Enquanto que qualquer um, incluindo miúdos, tem acesso a uma arma de fogo e respectiva balística, e entra por uma escola, universidade, centro comercial, e abre fogo sobre quem lhe aparece à vista, na Europa as coisas são diferentes, e nem de bomba (exceptuando os grandes atentados organizados evidentemente) causam feridos. Até as motivações são outras: enquanto que aqui tratam-se normalmente de pessoas desesperadas (endividamento, desemprego, reivindicações de direitos perdidos, etc), do outro lado do Atlântico normalmente tratam-se de loucos fanáticos (ou simplesmente loucos), que gostam de disparar armas sobre pessoas!
E naquilo que é normal esperar de um europeu perante um cenário destes, o americano, em vez de apoiar e lutar por uma restrição no uso das armas de fogo, vai exactamente fazer o contrário. Vai é querer armar-se até aos dentes para se proteger dos "lunáticos" que por aí andam. A NRA (para quem não sabe é a "National Riffle Association" - a manda chuva das armas do país do "Tio Sam", e a principal responsável pela paranóia das armas dos E.U.A.) será novamente a maior beneficiada destas infelizes mortes, pois ao invés de ser responsabilizada por esta tragédia, o discurso trará ainda mais apoiantes à causa do direito à arma de cada cidadão americano.
Uma curiosidade: segundo a página da universidade na Internet, a direcção estava desde ontem a oferecer uma recompensa de cinco mil dólares por informações que levassem à detenção dos responsáveis por dois falsos alertas de bomba, recebidos a 2 e 13 deste mês (que obrigaram ao encerramento da universidade por alguns dias). Não foi à bomba, foi à bala...
1 comentário:
É inconcebível esta situação. Uma arma é um perigo para a própria pessoa.
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