A Igreja Católica eliminou o limbo, onde a tradição católica colocava para a eternidade as crianças que morriam sem receber o baptismo, considerando que aquele reflectia "uma visão excessivamente restritiva da salvação".
Num documento publicado hoje, a Comissão Teológica Internacional, que depende da Congregação para a Doutrina da Fé, declara-se convencida de que existem "sérias razões teológicas para crer que as crianças não baptizadas que morrem se salvarão e desfrutarão da visão de Deus".
Muito obrigado. Acabar com o "limbo" católico é fácil. O limbo nunca foi considerado um dogma da Igreja e nem sequer é mencionado no Catecismo ou nas Sagradas Escrituras. E, falando em tempos contemporâneos já quase ninguém se lembra dele, ou quanto muito é visto apenas como uma "hipótese teológica" e que não era de o ter em conta (de acordo com as palavras de Bento XVI).
Para além de que, o que é isto de acabar com o limbo? Afinal basta uma decisão máxima da Igreja e deixa de haver o limbo? Estilo uma ordem de encerramento de um estabelecimento comercial que já ninguém frequenta? Qual será a próxima medida? O Purgatório encerra para obras?
Todo este movimento de "modernização" da Igreja não pode se resumir a limar arestas de pouco relevância ou de conteúdo reduzido. Nem sequer em contrariar o passado. Os fundamentos da Igreja precisam de ser revistos. Os seus princípios originários recuperados. O bem pelo bem. O diálogo e o perdão como máximas da humanidade. A reserva da intimidade, a conversa com o "eu" interior e a partilha com o próximo.
Fico à espera de uma medida a sério... entretanto recomendo esta leitura.
Num documento publicado hoje, a Comissão Teológica Internacional, que depende da Congregação para a Doutrina da Fé, declara-se convencida de que existem "sérias razões teológicas para crer que as crianças não baptizadas que morrem se salvarão e desfrutarão da visão de Deus".
Muito obrigado. Acabar com o "limbo" católico é fácil. O limbo nunca foi considerado um dogma da Igreja e nem sequer é mencionado no Catecismo ou nas Sagradas Escrituras. E, falando em tempos contemporâneos já quase ninguém se lembra dele, ou quanto muito é visto apenas como uma "hipótese teológica" e que não era de o ter em conta (de acordo com as palavras de Bento XVI).
Para além de que, o que é isto de acabar com o limbo? Afinal basta uma decisão máxima da Igreja e deixa de haver o limbo? Estilo uma ordem de encerramento de um estabelecimento comercial que já ninguém frequenta? Qual será a próxima medida? O Purgatório encerra para obras?
Todo este movimento de "modernização" da Igreja não pode se resumir a limar arestas de pouco relevância ou de conteúdo reduzido. Nem sequer em contrariar o passado. Os fundamentos da Igreja precisam de ser revistos. Os seus princípios originários recuperados. O bem pelo bem. O diálogo e o perdão como máximas da humanidade. A reserva da intimidade, a conversa com o "eu" interior e a partilha com o próximo.
Fico à espera de uma medida a sério... entretanto recomendo esta leitura.
2 comentários:
Dado respeitar muito a minha religião "apesar de a ter à minha maneira" apenas me apetece brincar um pouco com o tema, afinal de contas o limbo, ele próprio não é nada mais que uma brincadeira prepétuada ao longo dos tempos.
Assim, em geito de brincadeira, pergunto-me se esta abolição terá ou não efeitos retroactivos??
José Coelho
Entrei aqui sem querer. Não resisti a não falar algo, já que ninguém fala nada.
O tal documento não é do Papa. É de uma Comissão Internacional de teólogos que procura aprofundar na doutrina católica. O limbo era uma opinião teológica até então difundida, e a Comissão apresenta uma série de argumentos que dão mais peso à opinião contrária. Nem abolição nem retroação.
Por favor: procurem escrever sem simplismo nem anticatolicismo.
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