terça-feira, julho 12, 2005

Trinta e nove pessoas queimadas vivas na República Democrática do Congo

Maior parte das vítimas são mulheres e crianças

Trinta e nove pessoas foram queimadas vivas numa aldeia do leste da República Democrática do Congo por rebeldes ruandeses que, de acordo com testemunhas locais, pretendiam castigá-las pelo apoio dado às forças de manutenção de paz das Nações Unidas que estão na região, afirmou hoje uma porta-voz da ONU .

“Trinta e nove civis foram queimados vivos depois de terem sido fechados nas suas cabanas, outros sete ficaram feridos”, afirmou Sylvie van den Wildenberg, uma porta-voz da missão das Nações Unidas no Congo, adiantando que o ataque aconteceu no sábado. “A maior parte são mulheres e crianças”, revelou ao telefone à Reuteres, desde a cidade de Bukavu, no leste do país. “Algumas pessoas afirmam que foi uma retaliação por um recente ataque do exército congolês aos rebeldes. Outros afirmam que foi para desencorajar o apoio à presença crescente da missão das Nações Unidas [na região]”, acrescentou.

E andamos nós aqui a batalhar para lhes dar mais dinheiro, lhes perdoar às dívidas, etc. África é um continente muito especial. Desde muito cedo sujeito à humilhação da escravatura pelo homem branco, ainda se vislumbram muitos resquícios dessa influência negativa. O problema de África não se resolve com injecções de capital. Há que primeiro limpar e mudar mentalidades. Quiçá mudar hábitos até. A tarefa apresenta-se hercúlea. Entretanto vamos assistindo, impávidos e serenos a barbáries deste espécie.

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