quinta-feira, julho 28, 2005

Os números-chave da Educação na Europa - 2005

Recém-licenciados aceitam empregos para os quais têm demasiadas qualificações

Na maior parte dos países da União Europeia o desemprego obriga a que os jovens recém-licenciados aceitem empregos para os quais têm qualificações a mais. Só quando atingem mais idade é que conseguem um trabalho que se adeque às suas formações, revela o estudo "Os números-chave da Educação na Europa - 2005", da rede europeia de informação Eurydice.

O estudo abrange 30 países, incluindo os 25 da União Europeia. Na Europa dos 25, apenas 50 por cento dos jovens qualificados entre os 25 e os 34 anos ocupam um lugar equivalente à sua formação: são quadros médios e superiores. Na faixa etária seguinte (entre os 35 e os 64 anos) são 62 por cento os que ocupam um emprego equivalente à sua formação.

Os jovens portugueses, luxemburgueses, polacos e eslovenos conseguem encontrar uma ocupação que reflecte o seu nível de qualificação. Em Portugal 65,2 por cento das mulheres e 70 por cento dos homens, entre os 25 e os 34 anos, têm empregos coincidentes com o nível de ensino. Apenas 15 por cento dos portugueses entre os 30 e 34 anos são licenciados - menos de metade da percentagem da maior parte dos países europeus, onde uma em cada três pessoas desta faixa etária tem habilitações superiores. Só a República Checa, a Itália, a Hungria, a Eslováquia, a Polónia e a Roménia têm uma percentagem tão baixa quanto a portuguesa.

Na faixa etária entre os 20 e os 24 anos, Portugal volta a apresentar uma baixa percentagem de jovens com habilitações para o ensino superior, à semelhança de Malta, Luxemburgo e Islândia. Mais de 55 por cento dos jovens destas idades não têm habilitações para ingressar no ensino superior.

O mesmo relatório revela que 20 por cento dos jovens europeus com idades entre 15 e 24 anos que deixaram o sistema educativo estão no desemprego.

Ilucidativo...

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