quinta-feira, julho 07, 2005

Jornalista condenada a 4 meses de prisão por não divulgar fonte

WASHINGTON, July 6 - Judith Miller, uma jornalista de investigação do "The New York Times", foi condenada a quatro meses de prisão na passada quarta feira, por se ter recusado a divulgar o nome de uma fonte confidencial.

A senhora Miller afirmou que não poderia ficar de consciência limpa caso violasse a confiança dos suas fontes. "Se os jornalistas não poderem ser confiados de que manterão a confidencialidade, então estes não poderão funcionar e não poderá haver liberdade de imprensa." disse a jornalista ao juíz Thomas F. Hogan.

No passado mês de Outubro, o Juíz Hogan condenou a jornalista por "desrespeito ao tribunal e perturbação da justiça", por se ter recusado a cooperar com uma investigação criminal cujo intuito era identificar uma agente secreta da C.I.A., a agência norte-americana de informação. Os esforços do Procurador para confirmar o nome da fonte que denunciou o nome da agente da CIA, provocaram o maior conflito entre o Governo e a Imprensa, desde o caso "Pentagon Papers" em 1971. O Supremo Tribunal Federal recusou o recurso da decisão a semana passada.

Um exemplo de determinação. Ao divulgar as suas fontes estaria a criar um precedente algo perigoso. A relação jornalista-fonte é uma relação que se baseia na confiança e no interesse público de cada notícia. E isso tem de ser protegido por lei. A missão do jornalista não funcionaria sem este sentido de confiança. Tal como é protegida a relação advogado-cliente ou médico-paciente.

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