segunda-feira, julho 25, 2005

Chamadas telefónicas em Portugal são mais caras

Alerta da Autoridade da Concorrência: Telefonar através de fixo custa em Portugal mais do dobro que na UE

As chamadas telefónicas através de telefone fixo em Portugal custam mais do dobro que nos restantes países da União Europeia e o acesso à Internet custa cinco vezes mais, alerta a Autoridade da Concorrência (AdC).

Apenas nas chamadas por telemóveis Portugal oferece vantagens quando se trata de planos de preços pré-pagos, sendo 43 por cento inferior à média europeia, refere o primeiro Relatório Anual de Acompanhamento dos Mercados de Comunicações Electrónicas, referente a 2004 e elaborado pela AdC. Mais de três quartos (80 por cento) dos subscritores utilizam planos pré-pagos em Portugal. Já os clientes de assinatura vêem o preço agravado face à média europeia em 77 por cento para o caso dos grandes utilizadores e em 57 por cento quando se tratam de médios utilizadores.

Nos telefones fixos, o relatório conclui que o preço de uma chamada local era em Dezembro do ano passado 62 por cento superior à média europeia e 151 por cento superior ao preço praticado no Luxemburgo, país que apresentava o preço mais barato. Em termos de chamadas nacionais, em Portugal paga-se mais 33 por cento do que a média europeia a 15 países e 276 por cento acima do que custa no Luxemburgo. A Autoridade da Concorrência refere ainda que nos telefones fixos o operador histórico (Portugal Telecom) tem uma quota de 83 por cento nas chamadas nacionais e 75 por cento nas chamadas internacionais.

Relativamente à Internet, o custo de aceder à rede através de ADSL (acesso de alta velocidade) é cerca de cinco vezes superior à Alemanha, país que apresenta o preço mais baixo, e 62 por cento acima da média europeia. Já nas ofertas de acesso à Internet em banda larga através de modem de cabo, Portugal tem um preço 428 por cento mais caro do que a Bélgica que é o país com o preço mais baixo. A AdC refere ainda que a taxa de penetração do serviço de acesso à Internet em banda larga em Portugal é de 6,4 por cento, ou seja, 25 por cento inferior à média dos Estados-membros da União Europeia.

A Autoridade chama ainda a atenção para o facto de Portugal estar numa "situação única" e "atípica" no seio da União Europeia, uma vez que a PT, o operador histórico, deter simultaneamente as redes de cobre e de cabo.

Faz todo o sentido realmente... já que somos dos países com menos poder de compra e com salários inferiores à média europeia, faz todo o sentido que paguemos mais por estes serviços! Tem a sua lógica... pois tem... ah tem sim senhor...

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