segunda-feira, junho 27, 2005

O "Ditador" do andebol português

Decorem a cara deste homem. Este é o senhor que está a destruir o andebol português. Um resquício de um colonialismo provinciano que ainda sobrevive na mente de alguns iluminados, que deve ser afastado o mais rapidamente possível.

A Madeira ameaça boicotar as selecções nacionais de andebol em protesto contra as propostas aprovadas no sábado pela Assembleia Geral (AG) da Federação Portuguesa de Andebol (FPA), que limitam a participação das equipas das Regiões Autónomas nos campeonatos nacionais. Medidas que deixaram Madeira e Açores em pé de guerra contra a FPA e com intenção de avançar mesmo com providências cautelares sobre as decisões da AG , pois rejeitam que os clubes das Regiões Autónomas passem a apenas poder participar na fase final da I Divisão, conjuntamente com as outras formações apuradas da primeira fase da competição.

Na reunião ficou, ainda, aprovado que as equipas insulares não jogam em casa para evitar, assim, deslocações das restantes equipas à Madeira e aos Açores. Um problema financeiro que recai nos custo das viagens aéreas entre o Continente e as regiões. Emanuel Alves, presidente da Associação de Andebol da Madeira, exige a anulação destas medidas e ameaça que se tal não suceder "a Madeira não envia mais atletas para as selecções, nem sequer um árbitro". Alves coloca mesmo a hipótese de "acabar com a participação feminina e, provavelmente, com a masculina nos campeonatos" que, considera, "são discriminatórios para as regiões". Por outro lado, chama a atenção para o facto de existir "uma Constituição e uma Lei de Bases que estão acima de qualquer argumento separatista do Continente".

Alberto João Jardim, presidente do Governo Regional, já reagiu, concluindo que a situação é preocupante, pois indicia um "regresso ao tempo do colonialismo". Uma decisão "inconstitucional, absurda e inadmissível, só possível porque o Governo da República dá protecção" à FPA. Jardim diz que, a manter-se este comportamento, "estamos a voltar ao tempo em que o Marítimo tinha de pagar aos outros [clubes de futebol profissional] para jogar nos campeonatos nacionais. E isso é inconstitucional", lembrando que o anterior Governo aprovou uma lei sobre as relações desportivas entre o Estado e as regiões, daí não entender porque o Executivo socialista "não regulamenta" o que foi aprovado pela Assembleia da República.

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