quarta-feira, maio 16, 2012

O Desemprego em números


(Fonte: contas do PÚBLICO sobre dados do INE)

Era com alguma expectativa que aguardavamos os resultados do INE sobre os números do desemprego referentes ao primeiro trimestre de 2012. Pelo que se verifica numa análise ainda "na diagonal", a taxa de desemprego real em Portugal rondou os 20% no primeiro trimestre, o que corresponde a mais de 1,1 milhões de desempregados. Estes valores representam uma subida significativa face ao último trimestre do ano passado, quando eram de respectivamente 18,2% e 1,057 milhões, face a 19,3% e 1,112 milhões no primeiro trimestre do ano. 
Por sua vezm, o desemprego continuou a disparar em Portugal ao longo do primeiro trimestre, tendo a taxa oficial subido para um novo máximo histórico de 14,9%, segundo os dados divulgados pelo INE. Este valor é superior em 0,9 pontos percentuais aos 14,0% da população activa registados para o quarto trimestre do ano passado e representa um aumento de 6,4% da taxa em três meses. Mesmo assim, o ritmo de aumento do desemprego abrandou face ao que aconteceu no quarto trimestre do ano passado, quando a taxa do INE registou a maior subida de que há registo num só trimestre – mais 1,6 pontos percentuais que os 12,4% registados no terceiro trimestre de 2011.

O número de desempregados, de acordo com os critérios oficiais passou agora para 819.300 pessoas, quase mais 50 mil do que no final do ano passado. A população activa continuou a diminuir, tal como acontece quase ininterruptamente desde o segundo trimestre de 2008, quando estava em 5,638 milhões. Passou agora para 5,125 milhões, menos 22.300l do que no último trimestre do ano passado.

O desemprego dos jovens entre os 15 e os 24 anos continua a ter os números mais dramáticos. A taxa oficial situa-se agora em 36,2%, uma nova subida face aos 35,4% registados pelo INE para o período entre Outubro e Dezembro. Era de 30% no terceiro trimestre do ano passado e 27% no segundo. Estes valores representam uma subida de 34% em nove meses.

 
Ainda de acordo com os dados do INE, as taxas de desemprego mais elevadas foram registadas no Algarve (20,0%), em Lisboa (16,5%), na Região Autónoma da Madeira (16,1%), no Alentejo (15,4%) e no Norte (15,1%). Em relação ao trimestre homólogo de 2011, à semelhança do sucedido globalmente para Portugal, a taxa de desemprego aumentou em todas as regiões. Em relação ao trimestre anterior, a taxa de desemprego aumentou em todas as regiões, com os maiores aumentos ocorreram na Região Autónoma da Madeira (2,6 p.p.), no Algarve (2,5 p.p.) e no Alentejo (2,3 p.p.).  

Em Dezembro de 2011 eram 19.016 os desempregados inscritos no Instituto Regional do Emprego da Madeira, o que, por si, já correspondia  a um aumento de 21,5% em relação a Dezembro de 2010, em que eram já 15.648 pessoas sem trabalho. Se se considerar a população activa estimada em 130,9 mil indivíduos (2,3% do total nacional) no terceiro trimestre de 2011, a Madeira atingiu em Dezembro passado a taxa recorde de desemprego de 14,5%. No final do primeiro trimestre de 2012, como vimos pelos dados do INE, esta taxa é agora de 16,1 %, um aumento de 1,6% que corresponde a cerca de três centenas e meia mais de madeirenses sem emprego. E estes são os números conhecidos.

E aqui vamos!

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