No sábado passado, cerca de 100 mil docentes marcharam pela cidade de Lisboa em protesto contra as medidas do Governo e do seu Ministério da Educação. A marcha começou pelas 15 horas na rotunda do Marquês de Pombal, seguindo em direcção ao Terreiro do Paço, naquela que terá sido uma das maiores manifestações políticas realizadas no Portugal pós-revolucionário.
Que me diz esta manifestação da indignação dos professores, a alguém que não partilha o desafio diário de enfrentar turmas e hordas de alunos e país deste país? Já abordei este assunto neste espaço e na altura referi que era necessária uma mudança estrutural no professorado, atendendo ao seu número elevado (cerca de 150 mil em todo o país), mas que sobretudo particularizasse a sua atenção em toda a programação do ensino.
Mas o que assistimos foi a opção pelo confronto com os professores, por uma via tecnocrática e burocrática, na contínua experimentação de novos métodos, fruto das várias reformas sucessivas, a desvalorização dos conceitos e técnicas nucleares das disciplinas e a promoção de matérias acessórias e ideológicas, na atribuição da guarda de crianças e adolescentes aos professores, através do prolongamento do horário escolar para a redução dos encargos dos pais (ATL's, aulas extras, etc.).
O resultado confirma-se nos programas extensos, muito difíceis e desadaptados da idade intelectual dos alunos, na contradição das posições relativas às reprovações e faltas dos alunos e no facilitismo administrativo nas passagens de disciplina e de ano.
Acusa-se a classe na praça pública e descura-se a indisciplina e as agressões nas salas de aulas. Congela-se a carreira e obriga-se o professor a mais horas de serviço, incluindo nas suas folgas, sem qualquer retribuição extra. Define-se quotas de progressão e critérios e modelos de avaliação completamente subjectivos, deixando os professores dependentes do julgamento de terceiros.
Assim, e naturalmente, assistimos a protestos contra uma política punitiva e incoerente, na defesa da dignidade dos professores, que quer refutar a preguiça e irresponsabilidade que o Governo generaliza a toda uma classe.
Que me diz esta manifestação da indignação dos professores, a alguém que não partilha o desafio diário de enfrentar turmas e hordas de alunos e país deste país? Já abordei este assunto neste espaço e na altura referi que era necessária uma mudança estrutural no professorado, atendendo ao seu número elevado (cerca de 150 mil em todo o país), mas que sobretudo particularizasse a sua atenção em toda a programação do ensino.
Mas o que assistimos foi a opção pelo confronto com os professores, por uma via tecnocrática e burocrática, na contínua experimentação de novos métodos, fruto das várias reformas sucessivas, a desvalorização dos conceitos e técnicas nucleares das disciplinas e a promoção de matérias acessórias e ideológicas, na atribuição da guarda de crianças e adolescentes aos professores, através do prolongamento do horário escolar para a redução dos encargos dos pais (ATL's, aulas extras, etc.).
O resultado confirma-se nos programas extensos, muito difíceis e desadaptados da idade intelectual dos alunos, na contradição das posições relativas às reprovações e faltas dos alunos e no facilitismo administrativo nas passagens de disciplina e de ano.
Acusa-se a classe na praça pública e descura-se a indisciplina e as agressões nas salas de aulas. Congela-se a carreira e obriga-se o professor a mais horas de serviço, incluindo nas suas folgas, sem qualquer retribuição extra. Define-se quotas de progressão e critérios e modelos de avaliação completamente subjectivos, deixando os professores dependentes do julgamento de terceiros.
Assim, e naturalmente, assistimos a protestos contra uma política punitiva e incoerente, na defesa da dignidade dos professores, que quer refutar a preguiça e irresponsabilidade que o Governo generaliza a toda uma classe.
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