É a segunda vez que a figura máxima da luta pela autonomia do Tibete e líder espiritual do Budismo, o Dalai Lama, visita Portugal. E como da primeira vez, não será recebido (oficialmente, pelo menos) pelo Governo de Sócrates, nem pelo Presidente da República.
Mas, desta vez, as portas do palácio de São Bento abrem-se duas vezes ao Prémio Nobel da Paz. Hoje estará na comissão parlamentar dos Negócios Estrangeiros e amanhã será recebido em audiência privada pelo presidente da AR, Jaime Gama.
As razões alegadas pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, para o Governo não receber o Dalai Lama são as mesmas de 2001: as boas relações diplomáticas com a China. E os interesses aqui são bem visíveis, para mais que, nestes dias, a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, esteve na China, onde promoveu os portos nacionais como porta de entrada na Europa. E ontem, na véspera da chegada do Dalai Lama ao nosso país, um conselheiro da Embaixada da China foi recebido no gabinete de Jaime Gama, numa audiência pedida pelos chineses. Porque será?
Portugal teve uma segunda oportunidade para receber oficialmente esta personalidade de marcado relevo mundial. Kenzin Gyatso (o nome de nascença do Dalai Lama), é prémio nobel de paz e é uma personalidade religiosa e cultural de grande relevo. Um defensor da liberdade religiosa, com uma mensagem de bem, prosperidade e paz. Se hoje em dia ele está ligado à luta pelo autonomia do território do Tibete, é devido às restrições em que vive o povo do Tibete, às violações dos direitos humanos e as condições de exercício de liberdade religiosa, provocadas pelo invasor chinês.
O Executivo podia e deveria ter encontrado uma forma de receber o Dalai Lama sem pôr em causa os interesses diplomáticos do país. Assim, só se comprova que as "verdinhas" valem efectivamente mais que os direitos humanos.
Mas, desta vez, as portas do palácio de São Bento abrem-se duas vezes ao Prémio Nobel da Paz. Hoje estará na comissão parlamentar dos Negócios Estrangeiros e amanhã será recebido em audiência privada pelo presidente da AR, Jaime Gama.
As razões alegadas pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, para o Governo não receber o Dalai Lama são as mesmas de 2001: as boas relações diplomáticas com a China. E os interesses aqui são bem visíveis, para mais que, nestes dias, a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, esteve na China, onde promoveu os portos nacionais como porta de entrada na Europa. E ontem, na véspera da chegada do Dalai Lama ao nosso país, um conselheiro da Embaixada da China foi recebido no gabinete de Jaime Gama, numa audiência pedida pelos chineses. Porque será?
Portugal teve uma segunda oportunidade para receber oficialmente esta personalidade de marcado relevo mundial. Kenzin Gyatso (o nome de nascença do Dalai Lama), é prémio nobel de paz e é uma personalidade religiosa e cultural de grande relevo. Um defensor da liberdade religiosa, com uma mensagem de bem, prosperidade e paz. Se hoje em dia ele está ligado à luta pelo autonomia do território do Tibete, é devido às restrições em que vive o povo do Tibete, às violações dos direitos humanos e as condições de exercício de liberdade religiosa, provocadas pelo invasor chinês.
O Executivo podia e deveria ter encontrado uma forma de receber o Dalai Lama sem pôr em causa os interesses diplomáticos do país. Assim, só se comprova que as "verdinhas" valem efectivamente mais que os direitos humanos.
4 comentários:
Concordo plenamente contigo.
Teriam de encontrar uma forma qualquer de receber o homem. Seria um sinal de que valorizamos as diversas culturas do mundo e a paz. É que não basta dizer pela boca fora que somos um país cosmopolita, mas quando surge um momento para provarmos o que queremos mesmo do mundo, fraquejamos. A política caíu nisto. Os melindres diplomáticos não ajudam nada nem ninguém.
Um deputado do PP referiu-se ao Dalai Lama por SUA SANTIDADE!
LOL! Tal afirmação não será uma blasfémia vinda de um deputado de um partido cristão.
A verdade é que o Tibete tem uma cultura própria, diferente da chinesa, mas políticamente nunca foi propriamente independente da China.
Indiscutivelmente o Tibete nunca conseguiu propriamente a independência. Viveu durante largos anos numa espécie de autonomia alargada.
No entanto, o problema do Tibete não é propriamente a sua definitiva anexação ao território chinês, mas sim a tentativa (a caminho dos 100% de eficácia) de apagamento de todo o legado tibetano. Esse é o verdadeiro crime chinês...
É vergonhoso a lavagem cerebral que a China anda a fazer a meio mundo. É vergonhoso ter tentado aniquilar os traços de uma cultura milenar, através das técnicas mais repugnantes e mais hipócritas de sempre. Está à altura de uma política do mais que defunto Mao....
E só por causa de interesses económicos é que Portugal mais uma vez cede às pressões da China. Isto é mesmo bom levar com "patadas" dos ingleses, dos chineses....
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