segunda-feira, agosto 20, 2007

O Movimento Djing Mulher

DJ Poppy é um dos casos de sucesso do "djing" feminino em Portugal

Um "disc jockey" (DJ ou dee jay) é um artista profissional que selecciona e roda as mais diferentes composições previamente gravadas para um determinado público alvo, trabalhando o seu conteúdo e diversificando o seu trabalho em pistas de dança de bailes, clubes, eventos, festas e discotecas. Só a título de curiosidade, o termo "disc jockey" nasceu em 1934, quando o comentador americano Walter Winchell utilizou o termo "disc jockey" (uma combinação de "disc" referindo-se aos discos, e "jockey", termo para um operador de máquina), para descrever o anunciante de rádio Martin Block, a primeira estrela da rádio que introduzia e tocava discos de gramofone. O nome pegou e rapidamente foi encurtado para DJ.

Desde os seus primórdios que esta arte estava entregue aos sector masculino, pelo que eram raríssimas as mulheres que se aventuravam nesta profissão da noite. E as que o faziam normalmente não eram bem vistas. Embora não exista um registo ao pormenor sobre quando as mulheres se dedicaram ao "djing", já em 1970, em pleno fulgor das revoluções feministas, Annie Nightingale torna-se a primeira mulher DJ na Radio 1, uma das mais importantes estações da altura nos Estados Unidos. Aos poucos, a indústria foi cedendo, primeiro à beleza, depois ao talento, das DJ's, ao ponto de actualmente já não passar sem elas (já existe inclusive um site totalmente dedicado a este movimento, o shejay.net.

Portugal não foi excepção e nos últimos 10 anos surgiu uma nova geração de DJ's femininas, como a Yolanda "DJ POPPY" Mendonça (na foto), conhecida pelas suas Sexy Women Session’s, e premiada pelos "Night Awards" em 2004; "MISS PINK" e "LADY M" que formaram as L&M CONNECTION, consideradas a melhor dupla feminina nacional; RITA MENDES, a apresentadora de televisão virada DJ, cujo gosto e ouvido apurado foi durante varios anos radialista na Super FM, na Antena 3 e também na Nova Era do Porto; e YEN SUNG, umas das DJ's mais antigas e mais internacionais de Portugal, cuja carreira iniciou-se em 1992 no Frágil, em Lisboa, e que contou com trabalhos com os Da Weasel, Félix Burton e Enio Morricone, para nomear alguns. E sem esquecermos a nossa madeirense "LADY CC", correntemente a "passar música" no Continente.

Embora o panorama seja ainda predominantemente masculino, são cada vez mais os clubes que abrem as suas portas à música feminina, pelo que é de esperar que mais jovens raparigas procurem o seu "spotlight" nos sons da noite.

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