terça-feira, outubro 30, 2012

Porque há coisas que não se pode aceitar!




Aqueles que hoje quiseram impedir o regresso do Deputado eleito José Manuel Rodrigues ao Parlamento Regional, contestaram a atitude "inconstitucional" do PSD - por votar contra o recurso do deputado em substituição (logo não eleito) Carlos Morgado -, quando, na legislatura anterior, fizeram precisamente a mesma coisa.

Em 2009 Jacinto Serrão regressou à bancada socialista saindo Victor Freitas (que era o oitavo da lista de candidatos e que o tinha substituiu). Jaime Leandro que era o 10º na lista continuou no Parlamento. Nessa altura a direcção do Grupo Parlamentar do PS-M calou-se.

Agora, essa mesma direcção do GP quis boicotar o único caminho legalmente admissível,que era o regresso de JMR com a saída de Carlos Morgado. O que é perfeitamente esclarecedor das intenções do GP do PS-M.

Mas, já agora, mais se diz. Carlos Morgado, que estava em substituição de JMR na ALRAM, quis - subrepticiamente - manter o seu cargo na assembleia, mesmo sabendo que não tinha direito. Utilizando a rábula do "independente", queria à força que, com a saída do GP do CDS-M, lhe fosse igualmente concedido o direito a permanecer na ALRAM, independentemente do que JMR decidisse fazer.

Porque o CDS/PP tem 9 deputados na ALRAM tudo isto pode parecer despiciente. Mas não é. Dou um exemplo: o único deputado eleito para esta Legislatura pelo PND foi Hélder Spínola (1º na lista). No entanto, na 1ª sessão o mesmo foi substituído pela Rubina Sequeira. Imaginemos agora que a Rubina decidia passar a independente por não querer sair da ALRAM. Pela teoria do Morgado e, aparentemente, do PS-M, o facto de a mesma ter passado a deputada independente impediria o regresso de Hélder Spínola à ALRAM, porque aquela tinha saído das listas do PND. Como não há mais deputados do PND na ALRAM, o deputado do PND eleito pelo POVO estaria impedido de voltar ao Parlamento, que, como se sabe, tem um limite de 47 deputados, em virtude do seu lugar ter sido ocupado por uma cidadã que não foi eleita!

Já agora, e no que releva à outra questão, a substituição dos deputados e a saída do 10º da lista ficando no Parlamento o 11º, esta é a regra existente. De facto a regra da prevalência da substituição directa (em conformidade como está previsto para a AR), em detrimento do seguimento da ordem da lista é a que se impõe. No fundo, o que o artigo 33º do EPARAM diz é que o suprimento de vagas é feito pela ordem da lista. Mas não diz que os deputados em exercício têm de o ser imperativamente de acordo com a ordem na lista, razão pela qual impera a regra da substituição directa.

Em suma, toda esta situação, levantada questões pessoais e de carteira, e seguida por outros sem sequer pensar no assunto, é absurda e inconstitucional. No entanto, há gente que ainda a defende, ao abrigo, naturalmente, de um único interesse: reduzir o GP do CDS a 8, ou menos se for possível...

sexta-feira, outubro 26, 2012

Madeira, a 2ª Melhor Ilha!




A Madeira foi considerada como a segunda melhor ilha europeia pelos leitores da 'Condé Nast Traveler', uma das mais prestigiadas revistas de viagens. O primeiro lugar coube à ilha turca de Bozcaada, situada no noroeste do mar Egeu.

A Madeira surge em 2.º com um ranking médio de 79.4 pontos. Para reflexão ficam as notas dadas pelos leitores a diversos aspectos do destino:

Paisagem: 97,0
Simpatia: 91,5
Ambiente: 92,5
Praias: 45.2
Actividades: 70.0
Alojamento: 73.6
Restaurantes: 73.3

A nossa sorte continua a ser as fenomenais paisagens da nossa ilha, bem como a grande simpatia (em geral) do povo madeirense. Agora imaginem se tivéssemos uma boa política promocional turística...

sábado, outubro 20, 2012

O BLOOM MATA!




A par do novo diploma quem vem tentar impedir a venda das chamadas "drogas legais" (e que na minha opinião enferma de graves constitucionalidades, mas isso é outra história), saiu à rua a nova campanha de sensibilização organizada pela Juventude Popular da Madeira para os perigos da utilização das drogas legais, entre as quais o Bloom.

"Não precisas de Bloom para ter atitude! O Bloom Mata!" este é o slogan, com um grafismo muito apelativo também. Prevenção e repressão de mãos dadas, porque é assim que tem de ser.

sexta-feira, outubro 19, 2012

Novas ruas no Funchal?


Na última madrugada o nome inscrito numa placa toponímica de uma rua no centro do Funchal. Assim, a 'Rua da Queimada de Cima' foi rebaptizada de 'Rua Alberto João Rua', conforme se pode ver na fotografia captada esta manhã, quando a alteração clandestina chamava a atenção de alguns transeuntes...

 (Fotos: DN-Madeira)

terça-feira, outubro 16, 2012

O maior salto do mundo!



Félix Baumgartner depois de saltar tudo o que já havia para saltar na terra propôs-se a algo mais. A mais de 35 mil metros de altitude e numa queda a uma velocidade superior a do som, o salto "from the edge of space" do austríaco é algo verdadeiramente de outro mundo!

segunda-feira, outubro 15, 2012

Apresentado o OE 2013...

(imagem de "O Público")

Segundo a imprensa especializada o pacote de austeridade apresentado hoje pelo Governo é ainda mais duro do que o próprio executivo já havia apresentado. Ou seja entre Setembro e a proposta apresentada, hoje, o Governo acrescentou mais 400 milhões de euros de austeridade. Uma subida de 8,9 por cento. 

Há nitidamente uma corrida à receita, com o sacrifício do Português da classe média. O problema, como todos nós sabemos, é que todas estas contas prevêem valores e receitas fiscais que não serão atingidas, com a derrapagem já prevista do défice (que se situará nos 6%). Nós seremos as cobaias que provarão à Europa (e ao resto do mundo) que este caldinho troikano não resultará. Falta saber a que custo!

Malala Yousafzai ou o pior dos Homens!

Esta é a história de uma menina paquistanesa de 14 anos, chamada Malala Yousafzai, cujo único "crime" foi querer ser médica.


A noite de 14 de Fevereiro o pai pegava no rádio uma última vez para ter a certeza que nada tinha mudado, num gesto meio ingénuo, quase ridículo. Na manhã seguinte terminava o prazo dado pelos taliban: mais nenhuma menina poderia ir à escola. Malala, que já era conhecida pela sua luta pelo direito das mulheres à educação, foi. Apesar do medo.

“No caminho para a escola eles podem matar-nos, atirar-nos com ácido para a cara, fazer o que entenderem”, dizia então ao New York Times, que a acompanhava para o documentário Class Dismissed. “Mas eles não podem parar-me, eu vou ter a minha educação.” Tinha 11 anos.

No diário que escrevia para o site da BBC Urdu ja nessa altura (que assinava com o nome Gul Makai), descrevia a vida na sua cidade, Mingora, controlada pelos taliban. Insurgia-se sobretudo pelo direito das mulheres à educação. Via outros activistas mortos e exibidos pelas ruas e praças de Mingora, e sabia que um dia poderia chegar a sua vez.

A jovem activista paquistanesa de 14 anos era já um símbolo da resistência contra os taliban do Paquistão – venceu o National Peace Award for Youth, no Paquistão, e foi nomeada para o International Children’s Peace Prize, da Dutch Kids Rights Foundation. Mas nos últimos dias o país esteve como nunca de olhos postos nela.

Quando na terça-feira passada regressava da escola, apareceram dois homens armados que a atingiram na cabeça e num ombro. Gravemente ferida, está em estado crítico num hospital militar em Rawalpindi, a recuperar de uma operação à cabeça. Os próximos dias serão cruciais, não se sabe se sobreviverá ou não.

Os taliban já garantiram que se sobreviver voltarão a atacar. “Apesar de ela ser nova e uma menina e de os taliban não acreditarem em ataques a mulheres, qualquer um que faça campanha contra o islão e a sharia deve ser morto, segundo a sharia”, explicava há dias o porta-voz do grupo no comunicado em que o ataque foi reivindicado. “Não é apenas permitido matar uma pessoa assim, mas obrigatório.”

Não consigo pensar noutra coisa pior que o extremismo. Não se pode negociar com estas pessoas, não se consegue fazer entender, não se consegue falar. Só entendem uma resposta na mesma moeda. E, enquanto o ser humano se portar como um animal irracional sob a capa de um pretexto religioso, a humanidade será sempre menos humana.

Ainda a propósito do 5 de Outubro

 
Porque nunca é tarde demais, não posso deixar de partilhar duas imagens que recebi por email. São, no meu entender, o espelho do ridículo que é "cortar" um feriado como o 5 de Outubro - dia da implantação da República.

Primeiro, o "gozo" da Bandeira:


Por fim, o fim deste feriado do ponto de vista dos Monárquicos:


Vai nos valendo o humor para suportar isto tudo...

quinta-feira, outubro 11, 2012

A RAZÃO!! :)


Um mês de ausência do Cantinho. Julgo que foi o maior tempo que estive sem escrever um qualquer apontamento. Mas foi tudo por uma boa causa. E com uma cronologia muito fácil de seguir. Alguém consegue adivinhar?


Pois é. Finalmente o grande passo foi dado. Dia 8 de Setembro de 2012 marcou a nossa união, num dia onde tudo, felizmente, correu muito bem. As recordações são óptimas e foi, com toda a certeza, um dia que dificilmente esqueceremos. Agradeço a todos, à nossa família e amigos, que nos honraram com a sua presença e nos embelezaram o "nosso dia".

Depois foi embarcar numa bela aventura pelo Quénia!


África. A terra do Hakuna Matata! Diz quem já lá esteve que se entranha em nós. África é considerada a mãe de todos nós e faz por merecer isso. É rica, é viva, tem tudo. Qualquer coisa que cai naquela terra cresce! Foi uma belíssima viagem pelo Quénia. O povo, o trânsito, as "massagens africanas" (leia-se estradas), os animais, claro! Vimos tudo: leões, hienas, zebras, gnus, hipopótamos, rinocerontes, girafas, chitas, elefantes, macacos, crocodilos, búfalos, impalas, antílopes, gazelas, emas, abutres, javalis, e muito, muito mais. Atravessamos a linha do Equador; passamos pela cascata do Thomson; subimos a Cordilheira de Aberdares e passamos a noite entre elefantes e hienas; fomos aos lagos de Nakuru e Navaisha e "nadamos" com os hipopótamos; ficamos num hotel em que para sair dos quartos tínhamos que ser escoltados por causa dos animais; conhecemos os Massai em Massai Mara e dançamos com eles; vimos o nascer do sol em África em pleno balão; tomamos o pequeno almoço em plena savana africana...

Foi cansativa a viagem. É verdade. Mas depois, a uma hora e meia de avião, veio um pequeno paraíso no Índico. A ilha de Zanzibar, na Tanzânia!


A ilha em si não tem nada de muito, muito especial. Tem quilómetros de praia, em parte rochosa, em parte de areia branca. O seu mar é quente e polvilhado de estrelas do mar, ouriços do mar, e muitos outros bicharocos absolutamente estranhos. Mas as pessoas são amigáveis e engraçadas ("have a very nice enjoy!!"), e está sempre quente. O café é óptimo (ahhh África)! E foram 5 dias de papo para o ar, sem nada para fazer, a não ser dormir, comer, nadar, apanhar sol e desfrutar da vida de casados! Isto sem falar no maravilhoso SPA! Foram "só" 3 horas e meia de banhos e massagens! A melhor recuperação possível dos dias de aventura no Quénia e das 14 horas de viagem que nos esperava de regresso a casa.

E regressamos. Bem, felizes e casados. É uma boa desculpa para um Cantinho ficar um pouco atrasado, não é?...