segunda-feira, outubro 31, 2005

Duas novas medidas anunciadas pelo Governo

Rescisões amigáveis vão perder direito ao subsídio de desemprego

O Governo pretende negar o subsídio de desemprego aos trabalhadores que rescindam o seu vínculo laboral por mútuo acordo.

Com esta medida o Ministério da Segurança Social quer impedir a repetição de processos de reestruturação, à semelhança do que aconteceu na Portugal Telecom e na EDP com "o despedimento, voluntário ou forçado, de milhares de trabalhadores", que acabaram por constituir "um pesado encargo para a segurança social", escreve o jornal.

No documento, entregue na sexta-feira passada, aos parceiros sociais, o Governo propõe algumas excepções no acesso ao subsídio de desemprego naquelas circunstâncias, nomeadamente para os processos de reestruturação, viabilização ou recuperação de empresas devidamente comprovados pelas entidades oficiais.

Estas e outras medidas já anunciadas pretendem aumentar as exigências ao desempregado subsidiado, combater a fraude do lado do beneficiário e da empresa e penalizar os desempregados com menos descontos para a segurança social.

Documento Único Automóvel começou hoje a ser emitido em Lisboa

O Documento Único Automóvel (DUA), que hoje começou a ser emitido em Lisboa, é "um projecto emblemático da eficiência da Administração Pública", que permite aos cidadãos pouparem tempo e dinheiro.

Até Fevereiro do próximo ano, o DUA pode ser tratado apenas em Lisboa, substituindo o livrete e o registo de propriedade dos veículos. Os dois documentos custam aos cidadãos 50 euros e são tratados em dois locais diferentes. O DUA vai custar 30 euros e é adquirido apenas num local.

A partir de hoje passa a ser emitido o Certificado de Matrícula como documento único automóvel, juntando num só documento a informação que consta no livrete e no registo de propriedade. O atendimento é feito num balcão único a funcionar na Direcção Geral de Viação (DGV) e nas Conservatórias de Registos.

A partir de Fevereiro do próximo ano a rede estende-se aos postos de atendimento da DGV em todos os distritos e nas conservatórias dos registos automóveis de Lisboa, Porto Coimbra, Braga e Évora. Para "um futuro próximo" está prevista a apresentação dos pedidos de registo online e a sua tramitação por via electrónica.

O DUA tem um conjunto de elementos físicos de segurança, dificulta a falsificação e facilita a actividade fiscalizadora e promove a protecção do ambiente já que os veículos movidos a energias alternativas ou híbridos passam a ter isenções significativas, podendo mesmo ser gratuito.

Mais do "Caso Felgueiras"

Procurador-geral recebeu denúncia sobre pressões no Ministério Público

No início de 2003, o procurador-geral foi alertado para as "fortíssimas pressões de diversas entidades colectivas públicas e privadas", numa exposição/requerimento remetida a Souto Moura pelo escritório do advogado Garcia Pereira, como representante das testemunhas que depois passaram a arguidos. Por isso, concluía o documento, o processo deveria ser avocado pelo procurador-geral. Já então eram sugeridas as pressões de que eram alvo aquelas testemunhas - recentemente também comunicadas pela PJ -, sendo igualmente relatados factos que envolviam um dos mais altos-quadros do MP, que desempenhava as funções de secretário-geral da Procuradoria-Geral da República na época em que foi remetida ao então procurador-geral, Cunha Rodrigues, a denúncia anónima que deu origem à investigação do "saco azul" do Partido Socialista.

Aquele magistrado - que actualmente é o representante de Portugal no "Eurojust" (organismo que coordena os departamentos da luta contra a corrupção no espaço europeu), depois de ter sido secretário de Estado da Justiça durante um dos governos do PS liderados por António Guterres - é suspeito de ter fornecido a Fátima Felgueiras uma cópia da denúncia enviada a Cunha Rodrigues, numa altura em que a PJ de Braga não tinha iniciado sequer as investigações.

O magistrado em causa tinha antes estado colocado no Tribunal de Felgueiras, altura em que fez amizade com o casal Fátima Felgueiras/Sousa Oliveira. O documento terá chegado às mãos da autarca durante uma deslocação daquele magistrado a Felgueiras, em 21 de Janeiro de 2000, para participar num jantar de homenagem a um funcionário judicial, facto que foi registado pela imprensa local.

Na exposição remetida a Souto Moura é-lhe ainda dado conhecimento "de conversas telefónicas ocorridas à porta do Tribunal de Felgueiras", na madrugada em que a autarca saiu em liberdade após a detenção para primeiro interrogatório, "em que o sr. dr. Sousa Oliveira comunicava o seguinte: "Quanto ao processo, está tudo controlado aqui em Felgueiras e vamos resolver isto. Vai tudo correr muito bem, pode ficar descansado". Segundo relata ainda aquele documento, Sousa Oliveira explicou de seguida ao assessor de imprensa da Câmara de Felgueiras que acabava de falar para Bruxelas, com o dito magistrado, concluindo: "Está tudo tratado e vai correr tudo muito bem".

A PJ estranhou também o facto de o processo ter ido parar às mãos do procurador adjunto de Felgueiras depois de concluída a investigação - tinha sido sempre o procurador do Círculo de Guimarães a intervir nas fases decisivas do inquérito. Até porque o mesmo procurador, António Carvalho, tinha antes movido um processo-crime contra Horácio Costa, o ex-colaborador da autarca que é tido como a principal testemunha, com base num artigo de um jornal local - O Sovela -, no qual eram atribuídas a Horácio Costa afirmações como "há imensas pressões no processo" e "andam magistrados metidos nisto", que Carvalho considerou ofensivas. Depois de constituído arguido, foi mesmo requerido julgamento contra Horácio Costa, mas o processo seria arquivado por decisão do juiz de instrução de Fafe.

Coincidência ou não, o facto é que o artigo em causa não era sequer assinado e O Sovela era propriedade de uma associação onde Sousa Oliveira teve cargos de direcção.

fonte: PUBLICO

No meio disto tudo o jornal não avança o nome do dito magistrado. Pelos dados indicados creio que trata-se do sr. dr. José Lopes da Mota, actual representante de Portugal no "Eurojust".

A Deusa das mil mãos

Recebi este vídeo, onde 21 dançarinas chinesas interpretam a dança da "Deusa das Mil Mãos". Com uma particularidade muito interessante: todas as dançarinas que participam são surdas! Fazem parte de uma "troupe" de artistas com deficiências físicas, neste caso auditivas, e obedecem a instruções gestuais de pessoas posicionadas nos quatro cantos do palco.

É simplesmente fantástico! Peço que percam 5 minutos do vosso tempo e espreitem o vídeo. Creio que não se arrependerão. É do mais bonito que já vi até hoje...

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Uma nova língua ?

Alguém conhece este idioma específico? É que eu nunca ouvi falar em "Latim Porco". Se algum entendido puder me explicar o que é e de onde vem, ficaria grato. Estamos sempre a aprender...

domingo, outubro 30, 2005

Vítimas da repressão soviética recordadas em Moscovo

(Foto: Sergey Ponomarev/AP)

Um grupo de activistas do Partido Nacional Bolchevique reuniu-se hoje em frente à antiga sede do KGB, em Moscovo, para prestar memória às vítimas da repressão política da era soviética. Os manifestantes depositaram flores e velas junto ao monumento Solovky, um enorme bloco de pedra proveniente de um campo de trabalho das ilhas Solovky, erigido na Praça Lubyanka, há 15 anos atrás, depois da queda da URSS.

Bill Gates ou a história do homem mais rico do mundo

Bill(ionário) Gates

Todos nós desejamos ser milionários, nem que seja por um dia. Há quem trabalhe arduamente, em jornadas de quase 24 horas, e quem guarde todos os tostões por debaixo do colchão, a fim de arrecadar mais uns trocos. Há também aqueles que preferem uma via mais fácil e que optam por usar outros meios menos legais para obter o tão desejado quinhão. E depois há ainda os que, simplesmente, nascem com o rabo virado para a Lua.

Pois, quem olha para William Gates III, provavelmente pensa que é um homem igual a muitos outros. Os óculos que um dia já foram desproporcionais à cara, o cabelo penteado à "tótó", o sorriso tímido e a postura de low-profile que sempre fez questão em manter ao longo destes cinquenta anos, tantos quanto completou na passada sexta-feira, são a sua imagem de marca.
E a verdade é que ninguém seria capaz de imaginar que uma pessoa com esta imagem, alguém que não completou o curso universitário e que tem um aspecto de pseudo-intelectualóide "simplório", é mesmo o homem mais rico do Mundo

Pois é, as aparências iludem, e no caso de Bill Gates é mesmo assim.

COMO NASCE UM BILIONÁRIO?

Segundo um provérbio italiano, existem três maneiras de fazer dinheiro: herdando-o, casando com ele ou roubando-o. Mas o patrão da Microsoft é muito mais esperto que isso e no que respeita à sua fortuna, essa começou a ser criada, há 50 anos e dois dias.

William Gates III nasceu na cidade de Seattle a 28 de Outubro de 1955. O seu bisavô, J. W. Maxwell, já era um homem dado a cifrões e fundou, em 1906, o Banco Nacional de Seattle. O avô, James William Maxwell enveredou cedo pela carreira de bancário e foi ele que "ofereceu" o primeiro milhão de dólares a Bill Gates, através de um fundo criado por altura do seu nascimento.

O pai, William Henry Gates Jr, cedo se tornou num proeminente advogado corporativo e a mãe, Mary, era professora. O casal fazia parte da elite social e financeira de Seattle, por isso, Bill e as suas duas irmãs nunca sentiram grandes dificuldades, pelo menos no que se refere à questão económica.

Mas o jovem Bill era já uma pessoa um pouco à parte, mesmo quando criança. Numa entrevista à Revista Time, o patrão da Microsoft conta que passava muito tempo na cave de casa simplesmente a pensar. A mãe, preocupada, mandou-o a um psicólogo, mas não foi encontrada solução para o problema... Era feitio, não defeito e não valia a pena entrar em ruptura por causa disso.

Os pais optaram por outro tipo de estratégia: matricularam-no na escola de Lakeside, um dos mais caros e selectos estabelecimentos de ensino de Seattle. Com 13 anos, e com uma máquina semelhante à que os cientistas da Universidade de Stanford e do MIT - Massachussets Institute of Technology, a DEC PDP-10, Bill descobriu o "milagre" da tecnologia e esse foi mesmo o princípio de tudo. Foi também em Lakeside que Gates conheceu Paul Allen, com quem mais tarde fundaria a Microsoft. Os dois amigos, juntamente com outros dois "hackers", formaram, em 1968, o "Lakeside Programmers Group" e, mais tarde, apenas com Allen, criou a Traf-O-Data, uma empresa que durou até 1973.

O jovem Gates era um aluno de "20", tido como um rebelde que nem pegava nos livros. Mas a sua preocupação ia muito além das notas e dos relatórios dos professores. Com apenas 17 anos, Bill vendeu o seu primeiro programa informático (um programa de organizar horários) pela bela soma de 4 mil e duzentos dólares.

Depois, com o final do secundário, veio a universidade. Sem problemas em termos de notas ou de dinheiro, e mesmo sem saber bem aquilo que pretendia, o futuro bilionário inscreveu-se em Direito na Universidade de Harvard. E até que se saiu bem, no mesmo modo com que passou os anos de liceu, mas era mais que evidente que o seu coração e cabeça não estavam nos livros. Mantendo-se em estreito contacto com o amigo de infância, Paul Allen, juntos criaram a primeira linguagem de programação para computadores: o BASIC e foi este instante na história que marcou a diferença.

O PRINCÍPIO DE UM IMPÉRIO

Gates e Allen depressa começaram a pensar na criação de uma empresa de software, mas Bill não sabia ao certo se devia ou não desistir da faculdade. Mas tudo iria mudar em 1974, quando se deparou com um exemplar da revista "Popular Science" que fazia capa com o "Altair 8800", intitulado como o primeiro microcomputador do Mundo. Dias depois, Bill Gates entrou em contacto com a MITS, empresa criadora do "Altair" e informou-os que ele e Allen tinham criado uma linguagem BASIC que poderia ser utilizada por aquela máquina. A MITS gostou tanto do programa que depressa adquiriu os direitos da referida linguagem de programação. Foi este o momento decisivo para Bill Gates: desistiu de Harvard e, com Paul Allen, fundou a Micro-Soft em 1975, empresa que mais tarde passaria a ser conhecida como a Microsoft Corporation.

O mercado do software estava mesmo nos primórdios, mas a dupla era perfeitamente visionária e sabia que, mais cedo ou mais tarde, o sucesso iria bater-lhes à porta. E não demorou assim tanto. Em 1980, a IBM assinou um contrato com a Microsoft para que esta criasse um sistema operativo que seria instalado nos computadores pessoais (PC) que estavam prestes a ser comercializados. Porém, a empresa de Gates e Allen não tinha, até à data, nenhum sistema do género, então a opção foi comprar um clone do então existente CP/M a uma pequena empresa de Seattle. O sistema chamava-se QDOS, mas a Microsoft renomeou-o de MS-DOS e vendeu-o à IBM.

Com o crescente mercado de computadores e com uma série de máquinas semelhantes às produzidas pela IBM (caso da Compaq) e devido a uma "benesse" contratual, a Microsoft foi premiada com o facto de poder vender o sistema operativo a outros fabricantes de PCs. Depressa a empresa familiar de Gates e Allen passou a dar cartas na indústria dos computadores, tornando-se uma das mais importantes criadoras e fornecedoras de software.

Em 1986, os lucros eram já de 61 milhões de dólares. Paul Allen, já milionário, decidiu optar pela reforma mais que antecipada, mas Gates não quis abandonar a Microsoft e decidiu apostar naquilo que lhe parecia ser o futuro: a ligação de computadores em rede.

No final dos anos 80, o lançamento do Windows colocou a Microsoft no top das maiores empresas de software do Mundo e em meados dos anos 90, foi este gigante informático que colocou Bill Gates na lista dos Homens Mais Ricos do Mundo, da Revista Forbes (em 2004 continuava no topo da lista com cerca de 50 biliões de dólares). O sucesso das várias versões do Windows, a cada vez maior proeminência da Internet e, claro, do Internet Explorer, a criação da consola XBox, entre muitos outros aspectos continuam a fazer com que Gates seja sem dúvida um dos homens mais visionários de todos os tempos, pelo menos no que toca a tecnologia.

HOMEM DE FAMÍLIA E SOLIDÁRIO

Apesar daquela que para muitos é perfeitamente inimaginável fortuna de perto 50 biliões de dólares, aos 50 anos Bill Gates continua a ser um homem de princípios, que preza a sua privacidade e a sua vida familiar e que, acima de tudo, é considerado o maior filantropo do Mundo.

Casado com Melinda French desde 1994, Gates tem três filhas, actualmente com 9, 6 e três anos. Retirado de director da Microsoft (Steve Ballmer assumiu este cargo em 1998), mas continuando com um papel activo na mega-empresa que criou, aquele que é o homem mais rico do Mundo arranjou outros interesses ao longo dos tempos. Investiu em empresas de biotecnologia e fundou a Corbis, que está a desenvolver um arquivo digital de peças de arte e fotografias provenientes de colecções públicas e privadas de todo o Mundo. Conseguiu também arranjar tempo para escrever dois livros, "Negócios à Velocidade do Pensamento" e "The Road Ahead", que depressa atingiram a lista de grandes best-sellers.

Mas o maior espanto vai mesmo para a Fundação Bill e Melinda Gates, uma instituição de solidariedade social cujos fundos se revertem em favor de bolsas de estudo para algumas minorias raciais, apoios a famílias em risco, construção de bibliotecas públicas e investigação médica. Só nesta fundação, Bill Gates despendeu 27 biliões, por isso não podemos mesmo chamá-lo de forreta, nem de egoísta, já que de três em três meses ele vende 20 milhões de acções da Microsoft e reinveste em empresas como os caminhos-de-ferro canadianos ou a Cox Communications.

Quanto ao futuro, esse está bem guardado, embora já se preveja que a próxima versão do Windows, intitulada Vista (anteriormente Longhorn), esteja pronta em 2006 e que a aposta da Microsoft na criação de software de certeza não ficará por aí.

Até lá, Bill Gates continuará resguardado, no seu "palácio" em Medina, Washington, uma verdadeira casa do século XXI, "inteligente" como há quem goste de chamar, já que a tecnologia não é algo que falte. E se as ideias acabarem, ele poderá sempre passar o tempo a contar todos os seus tostões, como faz o Tio Patinhas nas histórias da Disney...

in "DN Madeira"

Uma difícil viagem de regresso a casa

(Foto: EPA)

Um passageiro tenta entrar para o interior de um comboio sobrelotado, através de uma pequena janela, apenas alguns minutos antes da partida do comboio da estação de Jacarta em direcção a Surabaya. Milhões de pessoas começaram a abandonar a capital indonésia a fim de celebrarem o feriado de Eid El-Fitr - que marca o fim do Ramadão - com as suas famílias, nas cidades de onde são originárias.

Terramoto de Lisboa: nove minutos que abalaram o mundo

Terão morrido dez mil dos 250 mil habitantes da capital

É dia 1 de Todos os Santos e a manhã de sábado, 1 de Novembro de 1755, surgiu límpida e amena, ainda a lembrar um longo Verão sem pinga de chuva. "Os ares da atmosfera estavão mui subtis e puros", registou um lisboeta. "Fazia um tempo sereno e o céu não tinha uma nuvem", descreveu um comerciante inglês.

A temperatura ronda os 18 graus. É dia de missas e o povo de Lisboa - muita da nobreza ainda goza o bom tempo fora da cidade - enche as igrejas. D. José passou a noite na Real Casa de Campo de Belém e conta ir aos Jerónimos. Pouco depois das nove e meia, "um rugido surge das entranhas da terra", como o "som de carruagens conduzidas com violência". Um abalo sacode Lisboa por minuto e meio. Pouco depois, a terra volta a tremer com mais força durante mais de dois minutos. Os edifícios, muitos de três e quatro andares, começam a ruir com estrondo. A acalmia dura um minuto. Segue-se nova réplica, "que dura uma eternidade" - três minutos. O pico da crise sísmica teve três impulsos, demorou nove minutos e, sabe-se hoje, terá tido uma magnitude de 8,7 da escala de Richter.

Um inglês, residente numa casa de quatro pisos, descreve assim os primeiros momentos do abalo: "o movimento era tão violento que eu me mantinha de pé com dificuldade. Toda a casa rachava à minha volta, as telhas chocalhavam lá no cimo; as paredes despedaçavam-se por todos os lados. (...) ouvi aterrorizado a queda das casas à volta e os gritos e choros de pessoas vindos de todos os lados".

Danos incalculáveis

Grande parte de uma das mais opulentas capitais da Europa está no chão. Pouco resta da parte baixa, do Rossio ao Terreiro do Paço as muitas casas de três e quatro andares e os casebres dos bairros sobrepovoados que acompanhavam as colinas vieram por aí abaixo. Os símbolos também caem: o Palácio Real da Ribeira, com os seus armazéns de especiarias e a sua grande biblioteca, desabou em parte e, no Rossio, ruiu o da Inquisição - hoje lembrado na varanda de pedra retirada dos escombros que decora a sede do Grémio Lusitano, do outro lado da praça.

Dos 65 conventos de Lisboa, só cinco ficam em condições de dar abrigo aos milhares de desalojados. No Carmo ficam de pé os arcos góticos, mas as abóbadas despenham-se sobre os crentes que assistiam à missa. Mais de 30 palácios vêm abaixo, como o dos duques de Bragança, o maior de Lisboa (ao fundo da Rua António Maria Cardoso). Cai a Ópera do Tejo, perto da Ribeira das Naus, inaugurada apenas há sete meses. Caem prisões, como a do Tronco e do Limoeiro. Os seis hospitais da cidade estão no chão. No grandioso Hospital de Todos os Santos, no lado nascente do Rossio, dez acamados ficam sob os escombros.

Das cerca de 20 mil casas de Lisboa, mais de duas mil foram destruídas e apenas três mil continuam habitáveis. As freguesias mais afectadas são S. Miguel, Sto. Estêvão, S. Paulo, S. Nicolau, Sta. Catarina, Mártires, Sacramento e Encarnação. Das 40 igrejas paroquiais (algumas de interiores riquíssimos, como a Patriarcal) 35 ficam destruídas. Em Alcântara a terra fende-se, libertando "um vapor sulfuroso". Coisa admirável: o aqueduto, acabado sete anos antes, aguenta-se. O céu azul desapareceu sob a poeira escura dos aluimentos e a calma do dia santo sob os gritos dos sobreviventes. O resto é um monte de ruínas.

Thomas Chase, outro britânico que sobreviveu, apesar do quarto andar em que se encontrava ter ruído, descreve o que vê ao sair à rua logo após os primeiros tremores: "as pessoas estavam todas em oração, cobertas de pó, e a luz aparecia como se tivesse estado um dia muito escuro". "Nesta aflição se ouvião fervoríssimas confiçõens em público de culpas cometidas", refere outro testemunho. Outro comerciante, de origem francesa, Jácome Ratton, é quase cinematográfico quando descreve a surpresa com que, ao sair à rua, pôde observar as pessoas correndo ainda em camisa no interior das casas cujas paredes fronteiras desabaram. Nas ruas correm sobreviventes desvairados, fugindo dos desabamentos que se sucedem. E "nem havia distinção de sexo, idade, nascimento ou fortuna" (mercador Thomas Jacomb). Outros procuram nos escombros familiares aprisionados. Uma menina loura de três anos sobreviverá sete horas ferida sob os escombros.

Procura-se segurança nos poucos largos e praças, no alto de Sta Catarina, na Cotovia (ao Príncipe Real), no Campo Grande. Os que vão para as bandas do rio - uma multidão junta-se no Terreiro do Paço, onde se vêem "pessoas quase nuas" e padres ainda paramentados, e também no Largo de S. Paulo - são colhidos por uma onda enorme que por pouco afogava os vigias do Bugio.

Não se sabe ao certo, mas o sismo terá vitimado dez mil dos cerca de 250 mil habitantes de Lisboa, sobretudo gente das classes mais baixas dos bairros populosos - S. Nicolau, Sta Justa, Socorro, Santos, Encarnação, Alfama ou Castelo. Entre a comunidade britânica, a maior da cidade, registam-se 77 vítimas. Contam-se pelos dedos as figuras de grande destaque que sucumbiram aos abalos. O embaixador de Espanha, entalado sob escombros, é uma delas. Os prejuízos - escreve-se na História de Lisboa, de Dejanirah Couto - ultrapassarão 1500 milhões de libras.

Depois da terra, o mar

Noventa minutos depois do terramoto, seriam umas 11h00, dá-se uma forte réplica e o Tejo, que estava na vazante, retira-se para o largo, ao ponto de se lhe ver o fundo, para logo voltar numa vaga enorme com "mais de 20 pés de altura" (seis metros), varrendo de lama e restos de embarcações as zonas baixas. "Enquanto a multidão estava reunida próximo da margem do rio, a água subiu a uma altura tal que ultrapassou a inundou a parte baixa da cidade... os barqueiros ao serem sacudidos dos barcos para terra pelo subido avanço da água, saltaram para a margem para se salvarem, sendo os seus barcos imediatamente levados pelo mar em retirada, que vazou e encheu, vazou e encheu, em quatro ou cinco minutos... Foi surpreendente observar vários navios grandes, que estavam em seco na Boavista, a desencalhar e a serem levados rio abaixo" (comandante de navio inglês). Segundo o embaixador dos Países Baixos em Lisboa, "no rio a maré subiu e desceu cinco ou seis vezes".

No Tejo apareceu "uma enorme massa de água a erguer-se como uma montanha" que arrastou muitos com ela. Alguns barcos fundeados, apanhados em redemoinhos, mergulham a pique no fundo. A zona de Belém foi das mais inundadas. O pároco da Cruz Quebrada regista que o mar "três vezes entrou pela terra dentro" e "com tanto ímpeto que botou abaixo as guardas da ponte".

Depois do mar, o fogo

Horas depois dos abalos, outro véu encobre o céu azul. Os círios e as velas dos altares e os fogões das casas atearam fogos que lançam no ar rolos negros de fumo. Arde o palácio do marquês de Louriçal, arde a Igreja de S. Domingos, arde a Boa Hora. A brisa de Nordeste junta os fogos isolados. As cinzas volteiam no ar para se depositarem pelas ruas e praças. Os muitos vagabundos e marginais que rondavam as vielas, ou fugiram das cadeias, assustam com falsos alarmes os moradores que encontram, assaltam-lhes as casas danificadas e propagam os incêndio. Um francês desertor (da Guerra da Sucessão da Áustria) confessará mais tarde ter deitado fogo à riquíssima Casa da Índia. Um "mouro" da cadeia da Galé que ateara chamas em sete sítios. Mas o saque não dura muito. Seis novas forcas são erguidas em Lisboa e com elas "cessou com brevidade o escândalo de tantos roubos", regista em 1758 o arquivista da Torre do Tombo Moreira de Mendonça. Nesse Novembro, 34 suspeitos de pilhagem serão enforcados.

As casas de madeira, que tinham aguentado de pé, sucumbem às chamas. À tarde, a cidade é "um gigantesco braseiro". O incêndio lavra cinco dias e vê-se de Santarém. Chegara "o último dia do mundo", dirá Voltaire. Entontecidas pelo espanto e pelo fumo, assustadas pelos boatos - o terramoto ia repetir-se, o paiol do Castelo ia rebentar - milhares de pessoas em fuga entopem as saídas da cidade. Fogem para os arredores e para as quintas. De tarde, o centro de Lisboa fica deserto. Só um oficial adolescente, cujos soldados desertaram, se mantém no posto de guarda à Casa da Moeda.

O padre Manuel Portal, que em 1756 escreveu uma História da Ruína da Cidade de Lisboa, estava na Rua Nova do Almada quando se deu o desastre: "Fiquei enterrado, porém sem pedra nem pau me dar na cabeça. Nesta ruína estive enterrado até acabar o terramoto". É salvo por outros membros da sua congregação. Com uma perna ferida é levado em braços por dois homens. Dali até às portas de Santa Catarina (ao Camões) é só escombros. "Voltei ao Loreto, pelo impedimento que achei na travessa da Trindade pois estava derrubada a igreja... Cheguei a São Pedro de Alcântara não encontrando senão mortos e ruínas", descreve.

A vida continua

A cidade pasmou-se e horrorizou-se com a extensão do desastre, mas hoje considera-se que o número de vítimas foi pequeno para a magnitude do abalo. "Tivesse a consternação geral sido menor, não só muitas vidas como bens poderiam ter sido salvos", critica o comerciante britânico já citado, incomodado com o espectáculo de muita gente, entre cada abalo, "a atormentar os moribundos" com ladainhas e gritos de misericórdia. Só terão acalmado com a notícia de uma aparição da virgem na Penha de França "acenando um lenço branco ao povo". Lisboa vai tornar-se um enorme acampamento, com tendas feitas de velas vindas da Ribeira das Naus ou os tapetes tirados das casas. Os padres rondarão as ruínas e à dor juntarão o medo, dizendo que o desastre foi castigo divino e exigindo penitências. Já tinham feito o mesmo em 1531.

O futuro ser-lhes-á propício: nos seis meses seguintes serão sentidas mais 250 réplicas. Antes de ser queimado, o missionário Malagrida opunha-se mesmo à reconstrução de Lisboa, que Deus destruíra devido à brandura para com os hereges. Havia mesmo quem acusasse os que se tentavam recompor de "lutar contra o Céu". Para outros, como Cavaleiro (Francisco Xavier) de Oliveira, fora a beatice lusitana e a Inquisição a causa do castigo. É "notável que um desastre desta dimensão não tenha resultado em fome generalizada ou epidemias", mesmo tendo em conta a cremação causada pelo incêndio de Lisboa, nota o geofísico João Duarte Fonseca na sua obra 1755 O Terramoto de Lisboa.

No próprio dia 1 de Novembro dois vereadores foram mandados para o Terreiro do Paço e a Ribeira distribuir à população comida arrancada às ruínas, peixe do Tejo e mantimentos vindos do termo de Lisboa. "Para obstar à especulação foi determinado por edital aos comerciantes que mantinha actividade que os preços dos mantimentos deveriam ser os correntes no fim do mês de Outubro", refere. O rei fica tão abalado que não voltará a Lisboa nos 20 anos seguintes. E nunca mais habitará casa de alvenaria, preferindo um palácio de madeira, na Ajuda.

in "PUBLICO"

Não se esqueçam...

Anoitece mais cedo a partir de hoje

Esta madrugada os ponteiros atrasaram 60 minutos. Às 2:00 em Portugal continental e na Madeira e à 1:00 nos Açores, o tempo recua uma hora, dando início ao horário de Inverno.

Um ajuste que é feito ao mesmo tempo em toda a União Europeia, enquanto que nos Estados Unidos, a mudança é feita às 2:00 da manhã, de acordo com a hora legal de cada uma das regiões.

A hora legal em Portugal continental e Madeira, tal como em Londres, Edimburgo e Dublim é fixada pelo fuso horário de referência, a partir do qual são calculadas todas as outras zonas horárias do Mundo. Nestas regiões, o horário de fuso universal de referência tem como linha central o meridiano de longitude igual a 0°, que passa em Greenwich, arredores de Londres, o que fez com que fosse conhecido até 1970 como GMT (Greenwich Mean Time), designação que foi substituída por Universal Time Coordinated (UTC).

Assim, às 2:00 da madrugada de hoje, a hora legal em Portugal (com excepção dos Açores), e nas cidades de Londres, Edimburgo e Dublim passa a ser 1:00.

Já em Paris, Madrid, Amsterdão, Berlim, Copenhaga, Viena, Roma e Bruxelas, existe um diferença horária de uma hora (a mais), pelo que, à 1:00 em Lisboa (na hora nova), os relógios marcarão naquelas cidades 2:00.

Em Nova Iorque, os ponteiros só serão ajustados mais tarde, já que existe uma diferença horária de cinco horas (a menos). Assim, quando os ponteiros forem atrasados para a 1:00 no nosso país, naquela cidade dos Estados Unidos serão ainda 21:00 do dia 29 de Outubro, ficando a uma diferença de quatro horas, uma vez que a mudança de hora naquela cidade apenas acontecerá às 2:00 locais (6:00 em Lisboa).

À 1:00, no Funchal, serão 23:00 no Rio de Janeiro e 22:00 em Caracas. De 29 de Outubro.

sábado, outubro 29, 2005

Paquistaneses aguardam ajuda

(Foto: Lefteris Pitarakis/AP)

Fahra Razak e o seu filho de três anos de idade, Adnan, são duas das vítimas do sismo que assolou o Paquistão no passado dia 8 e aguardam agora a ajuda internacional. A ONU afirmou que no Norte do país mais de dois milhões de pessoas não têm alimentos e que as verbas para apoiar as vítimas são escassas.

sexta-feira, outubro 28, 2005

Praça madeirense pode sofrer novo golpe

Depois do aumento do IVA surgem os pagamentos especiais por conta. A SDM está apreensiva sobre o futuro do CINM

Os desvios de investimentos podem comprometer definitivamente o Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM). Tudo por culpa das alterações fiscais decretadas pelo Governo da República. É que depois do aumento do IVA, surgem os efeitos negativos do aumento do tecto máximo dos pagamentos especiais por conta para os 70 mil euros.

«Essa é uma questão extremamente desagradável e que se não for objecto de tratamento imediato no que respeita ao CINM terá efeitos muito piores que o aumento do IVA relativamente às empresas de "e-commerce". Digo isto com toda a certeza», destaca o presidente da Sociedade de Desenvolvimento da Madeira (SDM), Francisco Costa, que promete abrir, hoje, o livro sobre a provável perda de competitividade da praça madeirense face às medidas fiscais previstas no Orçamento de Estado para 2006. Fá-lo-á no decorrer na sua intervenção dos trabalhos da Conferência "Madeira, Presente e Futuro, os Desafios do Desenvolvimento.

Segundo a lei em vigor, a entrega do PEC é obrigatória aos contribuintes de IRC, residentes em Portugal e que exerçam, a título principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola ou, aos que, mesmo não sendo residentes em Portugal, possuam um estabelecimento estável em território português.

A política fiscal foi um dos temas recorrentes do primeiro dia de trabalhos no evento organizado pela SDM, já que quando altamente competitiva, favorece o desenvolvimento das economias insulares europeias. Daí que Francisco Costa veja com bons olhos um aumento de poder da Região nesta matéria, uma tarefa que diz caber aos políticos no processo de revisão da Lei das Finanças Regionais.

O TGV e a OTA

TGV vai parar na Ota e em Leiria, Coimbra e Aveiro

O Governo vai apresentar no próximo mês uma nova versão do projecto de Alta Velocidade que reduz a duas as linhas do TGV Lisboa-Porto e Lisboa-Madrid) e prevê quatro paragens (Ota, Leiria, Coimbra e Aveiro) no percurso que liga as duas principais cidades portuguesas.

O anúncio de uma decisão política sobre a rede de Alta Velocidade será feito depois de o Governo revelar os seus projectos para a Ota, cujos contornos principais deverão ser conhecidos nos primeiros dias do próximo mês. Mas, à partida, o Governo já concluiu que a rede de Alta Velocidade negociada pelos governos do PSD com Espanha, que implicava um investimento de 12.600 milhões de euros, é “uma megalomania” e será profundamente alterada.

De acordo com o anterior modelo de rede, estavam previstas quatro ligações entre os dois países: Porto-Vigo com investimentos da ordem dos 1300 milhões de euros, Aveiro-Salamanca (2300), Lisboa-Madrid (1900) e Évora-Huelva, com passagem por Faro (2600) – retirada à primeira versão na cimeira ibérica de 2003 –, a que se soma a ligação Lisboa-Porto (4500).

Fontes oficiais disseram ao PÚBLICO que o projecto de TGV a anunciar na segunda quinzena de Novembro será reduzido a apenas duas linhas a partir da capital: Lisboa-Porto – com paragens na Ota, Leiria, Coimbra e Aveiro – e Lisboa-Madrid, sendo que esta será mista, isto é, servirá também para o transporte de mercadorias.

O que parece estar à partida confirmado é que o investimento na Alta Velocidade será muito maior do que no novo aeroporto, com a agravante de a viabilidade económica e financeira do projecto ser muito mais duvidosa. Por isso, não admira que, ao contrário do que sucede com a Ota, não haja privados interessados em financiar o TGV. O que significa que o essencial dos custos serão suportados pelo Estado directamente ou indirectamente, através de empresas públicas.

A decisão política de construir um novo aeroporto e uma rede de alta velocidade é justificada com a necessidade de dotar o país de infra-estruturas de transportes que respondam aos desafios de médio e longo prazo. Quer a Ota quer o TGV demoram “anos” a construir e o Governo de José Sócrates não quer ser acusado mais tarde por não ter tomado as decisões em devido tempo.

A minha pergunta é muito simples... há necessidade e há dinheiro?

«Israel deve ser riscada do mapa»

O Presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, reafirmou hoje que as suas propostas apelando a que Israel seja "riscado do mapa", proferidas esta semana e que originaram uma vaga de indignação por parte da comunidade internacional, são "correctas e justas".

"Eles são livres de falar mas as suas palavras não têm nenhuma validade. É evidente que se uma palavra é correcta e justa, isso provoca uma reacção", afirmou o Presidente Ahmadinejad, citado pela agência oficial Irna. "Mas essas palavras são as palavras exactas do povo iraniano", afirmou.

A Irna avança ainda que Ahmadinejad aproveitou para criticar, hoje, o "sionismo internacional e a política expansionista da arrogância mundial". "Eles pensam que o mundo inteiro lhes devia obedecer", afirmou. "Eles destroem as famílias palestinianas e esperam que ninguém se lhes oponha", afirmou, referindo-se a Israel e aos Estados Unidos da América.

Alguma vez haverá entendimento naquela zona tão sensível do globo? Atendendo a estas palavras e à imediata resposta isrealita, perspectivo grandes dificuldades em tal acontecimento. Talvez esteja na altura de reavivar os velhos duelos até à morte...

"SSETI Express" já está em órbita

Primeiro satélite construido por estudantes foi lançado com sucesso

O vaivém SSETI Express, desenhado e construído por estudantes universitários europeus, que trabalharam via Internet, foi lançado com sucesso hoje pelas 08:52 numa base de lançamento russa, informou em comunicado a Agência Espacial Europeia.

às 10:29 o centro de controlo da Universidade em Aalborg (Dinamarca) recebeu os primeiros sinais do satélite.

O SSETI ("Student Space Exploration and Technology Iniciative") Express, um pequeno vaivém similar, em tamanho e forma, a uma máquina de lavar roupa, além de servir como um teste ao design também tirará fotografias da Terra e funciona como um rádio transmissor.

O desafio foi lançado a 23 grupos universitários, com raízes culturais diferentes, que trabalharam de locais de toda a Europa via Internet para construírem, juntos, o satélite.

A iniciativa partiu do Departamento de Educação da Agência Espacial Europeia em 2000, com o objectivo de proporcionar experiência e incentivar os estudantes a seguir carreiras na área da tecnologia e ciência.

Mais de 400 estudantes europeus já participaram activamente no projecto estando, actualmente, em desenvolvimento mais dois satélites.

info "Lusa"

quinta-feira, outubro 27, 2005

À espera dos resultados

(Foto: Darko Andonovski/EPA)

Uma ave repousa num candeeiro do parque da cidade de Skopje, capital da Macedónia. As autoridades de saúde locais aguardam pelos resultados das análises feitas em Inglaterra a uma galinha que apareceu morta na localidade de Mogila.

A Praxe

“Bichos” foram baptizados de caloiros


Com este acto, o caloiro entra numa nova fase da vida académica, «sentindo-se agora uma parte integrante da Academia», disse a presidente da Comissão de Praxes, Cristina Miguel. Ao serem baptizados, os “bichos” ascendem “ao reles estatuto de caloiro”, diz o Código da Praxe, documento que rege toda esta dinâmica académica.

A Praxe Académica é um conjunto de tradições geradas entre estudantes universitários e que já há séculos vêm a ser transmitidas de geração em geração. É um modus vivendi característico dos estudantes e que enriquece a cultura lusitana com tradições criadas e desenvolvidas pelos que nos antecederam no uso da Capa e Batina. Praxe Académica é cultura herdada que nos compete a nós preservar e transmitir às próximas gerações.

A palavra Praxe tem origem na palavra grega praxis que significa a prática das tradições, dos usos e costumes. A praxis está de tal modo inserida no nosso quotidiano que quando alguém procede de certa torna só porque era esperado, devido à mecânica dos comportamentos sociais de grupos.

A história da Praxe remonta ao século XIV, praticada na altura pêlos clérigos monásticos, mas o seu contexto mais conhecido aparece no século XVI sob o nome de "Investidas". A Praxe, na época, era na realidade bastante dura para com os caloiros, o que a levou a ser considerada "selvagem" pela opinião popular nos finais do século XIX.

A Praxe revestiu-se historicamente de diversas formas, sofreu inúmeras transformações e chegou mesmo a estar proibida e suspensa. Após o 25 de Abril de 1974 a Universidade deixou se ver vista como um lugar sagrado, destinado a muito poucos, e assim com a democratização da Universidade, voltasse a implantar a grande tradição da Praxe Académica.

Dizem os entendidos que, ao contrário do que se possa pensar, a praxe não é para fazer mal ao caloiro ou gozar com ele, mas sim para ajudar o recém-chegado à Universidade a integrar-se no ambiente universitário, a criar amizades e a desenvolver laços de sólida camaradagem. Que é através da Praxe que o estudante desenvolve um profundo amor e orgulho pela instituição que frequenta, a sua segunda casa.

Pessoalmente tenho uma aproximação ao movimento "praxista" algo ambígua. Ao mesmo tempo que vejo que, de facto, há momentos em que todo o ritual é cumprido com rectidão e respeito pelos mais novos, vejo outros exemplos, de gente barbárie, com comportamentos selvagens, cujo objectivo é a humilhação máxima do reles "bicho", seja por impotência social, seja por meros ressentimentos. A linha é ténue, o que me leva mais vezes a desaprovar o instituto da praxe que a elogiá-lo.

Bósnia obrigada a lembrar o passado

(Foto: Amel Emric/AP)

As autoridades bósnias descobriram mais uma vala comum, desta feita na localidade de Snagovo, a 70 quilómetros de Sarajevo. A Comissão para as Pessoas Desaparecidas estima que nesta vala comum estejam enterrados os corpos de mais de 100 pessoas, na sua maioria muçulmanos de Srebrenica, mortos em Julho de 1995.

Crise? Qual crise?

(informação AUTOSPORT) - A Mercedes chama-lhe o "Flecha de Prata do Século XXI". A analogia é óbvia. Só que, com 626 cv de potência, e apto a atingir atingir 334 km/h, o SLR McLaren é mais do que uma flecha: é um verdadeiro míssil prateado.

Um sonho de que serão construídas 3500 unidades (somente com volante à esquerda) e que, em Portugal, custará cerca de meio milhão de euros (375 mil euros* à saída de fábrica), e para o qual existirão, já, oito afortunados compradores. Quem encomendar um agora, recebê-lo-á em finais de 2006; a primeira unidade a sair da linha de montagem será leiloada para fins de beneficência.

Aparentemente um desses afortunados donos já tem o seu bólide disponível e já se dá ao luxo de o mostrar aos seus restantes e invejosos conterrâneos. E ainda dizem que há crise em Portugal...

Ora, espreitem lá este bichinho...


quarta-feira, outubro 26, 2005

"Breath of Spring" estreia hoje!

Caros Amigos,

Venho-vos convidar para assistirem à nova produção do MADS, a peça “Breath of Spring”, que estreia hoje, dia 26 de Outubro, pelas 21 horas, e que estará em cena no Teatro Baltazar Dias, até Domingo próximo. Abaixo segue uma pequena sinópse da história, bem como o cartaz da peça.

Espero que gostem. Obrigado.


MADS
"Breath of Spring"

Sinópse:

Quando "Dame" Beatrice recebe um presente da sua criada, uma estola de marta, recorda-se do passado duvidoso da criada e imediatamente suspeita que a estola oferecida é a que havia sido roubada do apartamento ao lado. Um oficial da tropa aposentado, juntamente com as outras inquilinas, esforçam-se por devolvê-la. O plano é delineado com todo o cuidado e todos eles divertem-se tanto com o esquema secreto que começam a interrogar-se porquê não fazer o mesmo com mais frequência. Formam então uma associação para roubarem e venderem peles. Tudo corre bem até um roubo ser denunciado e a polícia começar a investigar. A criada fica horrorizada ao saber o que se tem estado a passar nas suas costas, mas concorda em empregar os seus talentos para ajudar estes amadores a saírem deste sarilho, na condição de que eles jamais toquem noutra pele...

A barba do profeta Maomé

(Foto: Rafiq Maqbool/AP)

Uma rapariga muçulmana ergue as mãos em sinal de respeito e de oração quando é mostrada aos fiéis a relíquia dos pêlos da barba do profeta Maomé, durante orações especiais no templo de Hazratbal, em Srinagar, a capital de Verão do estado de Jammu e de Caxemira, na Índia. Muçulmanos de todo o mundo celebram actualmente o Ramadão, durante o qual jejuam desde o nascer até ao pôr do sol.

Atitude, atitude, atitude...

Para reflexão e... acção

A diferença entre os países pobres e os ricos não é a idade do país.

Isto pode ser demonstrado por países como Índia e Egipto, que têm mais de 3000 anos e são pobres. Por outro lado, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, que há 150 anos eram inexpressivos, hoje são países desenvolvidos e ricos.

A diferença entre países pobres e ricos também não reside nos recursos naturais disponíveis.

O Japão possui um território limitado, 80% montanhoso, inade-quado para a agricultura e a criação de gado, mas é a segunda economia mundial. O país é como uma imensa fábrica flutuante, importando matéria-prima do mundo todo e exportando produtos manufacturados.

Outro exemplo é a Suíça, que não planta cacau mas tem o melhor chocolate do mundo. No seu pequeno território cria animais e cultiva o solo durante apenas quatro meses no ano. Não obstante, fabrica lacticínios da melhor qualidade. A Suíça é também um país pequeno que passa uma imagem de segurança, ordem e trabalho, o que o transformou na caixa forte do mundo.

Executivos de países ricos que se relacionam com seus pares de países pobres mostram que não há diferença intelectual significativa.

A raça ou a cor da pele também não são importantes: imigrantes rotulados de preguiçosos nos seus países de origem são a força produtiva de países europeus ricos.

Qual é então a diferença?

A diferença é a atitude das pessoas, moldada ao longo dos anos pela educação e pela cultura.

Ao analisarmos a conduta das pessoas nos países ricos e desenvolvidos, constatamos que a grande maioria segue os seguintes princípios de vida:
1. A ética, como princípio básico.
2. A integridade.
3. A responsabilidade.
4. O respeito às leis e regulamentos.
5. O respeito pelo direito dos demais cidadãos.
6. O amor ao trabalho.
7. O esforço pela poupança e pelo investimento.
8. O desejo de superação.
9. A pontualidade.

Nos países pobres apenas uma minoria segue esses princípios básicos na sua vida diária.

Não somos pobres porque nos faltam recursos naturais ou porque a natureza foi cruel connosco.

Somos pobres porque nos falta atitude. Falta-nos vontade para cumprir e ensinar esses princípios de funcionamento das sociedades ricas e desenvolvidas.

SOMOS ASSIM, POR QUERER LEVAR VANTAGENS SOBRE TUDO E TODOS. SOMOS ASSIM POR VER ALGO DE ERRADO E DIZER: “DEIXA-PRA-LÁ”

OS NOSSOS POLÍTICOS TÊM ATITUDES POUCO DIGNIFICANTES... ESBANJAMOS DINHEIRO EM VAIDADES QUE FAZ FALTA PARA O ESSENCIAL.

Isto é Portugal...

UE decide embargar importações de aves...

Gripe das aves: UE adopta embargo à importação comercial de aves

A Comissão Europeia (CE) decidiu ontem embargar durante um mês a importação comercial de aves para o espaço da União Europeia, medida que se tornará efectiva nos próximos dias.

A proposta da CE foi hoje apreciada por especialistas veterinários e considerada adequada para tentar controlar a expansão da gripe das aves. Esta decisão foi tomada depois de se ter descoberto que, na Grã-Bretanha, um papagaio importado do Suriname morrera durante a quarentena devido ao vírus H5N1 da gripe das aves - o mais perigoso para os seres humanos - depois de ter sido posto em contacto com um pássaro proveniente de Taiwan.

O embargo visa as "importações comerciais de pássaros de cativeiro" e entrará em vigor após uma decisão da Comissão nos próximos dias, refere um comunicado de Bruxelas. No entanto, os particulares continuam autorizados a trazer até cinco pássaros selvagens das suas viagens com a condição de que estes se submetam a um período de vigilância de 30 dias. Esses pássaros devem constar de uma lista autorizada pelo país de proveniência ou, à falta dela, pelo Estado membro de destino. "Em alternativa, os pássaros poderão ser admitidos se estiverem vacinados contra a gripe das aves ou se o teste à gripe de aves a que forem submetidos der resultado negativo depois de um período de isolamento de dez dias antes da deslocação", acrescenta o comunicado da CE.

Até agora, a regulamentação para as importações particulares de aves era estabelecida por cada um dos Estados membros.

A decisão, que prevê algumas excepções, como sejam as importações destinadas a jardins zoológicos, será aplicada até 30 de Novembro e submetida, até lá, a uma análise dos especialistas.

A CE proibiu, igualmente, a importação de carne de aves e de pássaros vivos da Croácia, depois da confirmação, na segunda- feira, pelas autoridades de Zagreb, da presença da gripe das aves em gansos mortos encontrados perto de Nasice, no leste do país. Amostras dos pássaros mortos foram enviadas para um laboratório britânico que deverá confirmar, nos próximos dias, a presença ou não do vírus H5N1.

Só uma pergunta: e como é que se controla as migrações naturais de aves? Segundo o que modestamente apreendi, creio que basta um pássaro infectado para o virus alastrar-se a outros da sua espécie.

terça-feira, outubro 25, 2005

Quem não precisa?

Realmente há coisas que só mesmo em Portugal. Num misto de ironia e comicidade genuinamente portuguesa, há sempre algo que nos põe um sorriso nos lábios...

Nadar para a morte

(Foto: Peter Mathew/AP)

Um grupo de pessoas tenta salvar algumas baleias-piloto-de-aleta-longa que deram à costa perto de Marion Bay, no sul do estado da Tasmânia, na Austrália, no que parece ser mais um suicídio colectivo. Há alguns meses, 60 baleias morreram num fenómeno semelhante numa praia remota do sul do país.

Um "NÃO" que mudou a história

Morreu a pioneira dos direitos civis Rosa Parks

A mulher que ficou na história por ter recusado ceder o seu lugar sentado num autocarro a um homem branco, em 1955, morreu hoje aos 92 anos. Com o seu acto, Rosa Parks deu início a uma mudança na história dos Estados Unidos e ficou detentora do título de "mãe do movimento dos direitos civis" que poria fim à segregação racial no país.

Rosa Parks morreu na sua casa durante a noite, enquanto dormia, com amigos próximos a seu lado, segundo contou o advogado Gregory Reed, que a representava há 15 anos.

Aos 42 anos, Rosa Parks era costureira e viajava num autocarro, no dia 1 de Dezembro de 1955, em Montgomery, no estado do Alabama. Parks era um membro activo da secção local da Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor. Sentada num banco do veículo, um homem branco exigiu que se levantasse para lhe dar o lugar. Rosa Parks recusou-se a dar-lhe o assento, apesar das regras vigentes que obrigavam os negros a ceder os seus lugares aos brancos, fruto das leis de segregação que impunham a separação de raças nos autocarros, restaurantes e lugares públicos no Sul dos EUA.

Pelo acto de contestação, Rosa Parks foi presa, à semelhança do que tinha já acontecido a duas mulheres negras da cidade pelo mesmo motivo. Além da detenção, Parks foi multada em 14 dólares. O facto de ter sido presa teve efeitos inéditos. A reacção da população negra de Montgomery foi um boicote de 381 dias ao sistema de autocarros local, organizado por um então pouco conhecido pastor baptista - Martin Luther King Jr.

Em 1992, Rosa Parks comentava o seu papel na mudança histórica dos Estados Unidos com modéstia. "A verdadeira razão por não me levantar foi que senti que tinha o direito de ser tratada como qualquer outro passageiro. Suportámos aquele tipo de tratamento demasiado tempo". "Quando fui presa não tinha ideia de que se ia transformar nisto", disse Rosa Parks sobre a eclosão do movimento de direitos civis. "Foi só um dia como qualquer outro. A única coisa que o tornou significativo foi que as massas aderiram".

O movimento de direitos civis, que propalava a igualdade, começou com esse boicote em Montgomery e culminou, em 1964, com o Civil Rights Act, a lei que proibiu a discriminação racial em espaços públicos. O protagonismo de Rosa Parks impediu-a de encontrar emprego no estado de Alabama e ela e o marido, após muitas ameaças e assédios, mudaram-se para Detroit. Rosa Parks continuou o seu trabalho de activista e política e deu nome a um instituto, juntamente com o seu marido (que morreu em 1997), dedicado ao desenvolvimento pessoal dos jovens de Detroit.

Os seus últimos anos, segundo a Associated Press, não foram isentos de problemas. Foi alvo de um assalto que a deixou ferida e o seu instituto debateu-se, desde sempre, com problemas financeiros. Sobre ela, o ex-presidente dos EUA Bill Clinton disse que Rosa Parks era "uma mulher de grande coragem, graça e dignidade", uma "inspiração para mim e para todos que trabalham para o dia em que seremos uma América".

fonte: PUBLICO

Força do Wilma chega à Florida

(Foto: Wilfredo Lee/AP)

Uma boneca foi presa a uma palmeira da localidade de Naples, na Florida, onde o furacão “Wilma” começou a mostrar a sua força. As autoridades subiram a categoria do furacão para a categoria 3 na escala de Saffir-Simpson, que tem um máximo de 5. Os habitantes das zonas costeiras já foram retirados das suas casas e levados para abrigos.

Inundações na Índia

(Foto: Piyal Adhikary/EPA)

Uma criança tenta alcançar um pouco de água potável depois das inundações que atingiram Calcutá, na Índia. A região foi afectada por chuvas fortes que provocaram cheias repentinas.

De extrema e grande utilidade...

A propósito do post anterior do ECE e, enquanto procurava uma imagem para colocar, encontrei esta jóia que se segue. Não resisti a partilhá-la convosco. Espero que gostem.


Em Caso de Emergência (ECE)

Bombeiros de Albufeira lançam sistema inovador de ajuda

Os Bombeiros Voluntários de Albufeira criaram um sistema original de apoio às vítimas em caso de acidente, o qual já está a ser adoptado por outras Corporações do País.

Os Bombeiros recorrem ao telemóvel da própria vítima para conseguir identificá-la. Assim, qualquer um de nós pode ajudar o trabalho dos Bombeiros, utilizando um meio muito simples:

ECE é a sigla de: Em Caso Emergência.

Se acrescentarmos: ECE à lista de contactos do nosso telemóvel, e lhe atribuirmos o numero da pessoa que, Em Caso Emergência, deve ser contactada, não só poupamos imenso tempo aos Bombeiros, como colocamos os nossos familiares a par da nossa situação imediatamente.

Os Bombeiros de Albufeira - e com divulgação, todos os outros - sabem o que significa ECE, e, em caso de emergência procuram de imediato esse nome nos contactos do telemóvel da vítima.

Não esqueça: adicione ECE à sua lista de contactos!

segunda-feira, outubro 24, 2005

A grande mesquita do sultão Qaboos

(Foto: Mike Nelson/EPA)

Uma mulher contempla a grande mesquita do sultão Qaboos, em Mascate (Omã). O edifício, que pode acomodar 20 mil fiéis e cujas obras terminaram em 2001, possui cinco minaretes, que simbolizam os cinco pilares do Islão: "Shahada" ou profissão de fé, "Çalat" ou oração, "Zakat" ou esmola, "Çawm" ou o jejum do mês do Ramadão e "Hajj" ou peregrinação a Meca.

domingo, outubro 23, 2005

Marítimo ganha pela primeira vez...

Tardou mas chegou, aquela que foi a primeira vitória do Marítimo na competição

Kanu marcou um dos golos na primeira vitória do Marítimo na Liga Betandwin

Este jogo era de vital importância para o Marítimo. Ao fim de 7 jogos sem conhecer o sabor da vitória, não restava muito ao Marítimo senão ganhar. Nesta partida, apesar de ter sido a Naval a entrar melhor no jogo e a criar as primeiras situações de perigo, foi o Marítimo quem marcou. Kanu (21 m) e Manduca (27 m) puseram o "Caldeirão" em festa, naqueles que foram os primeiros remates do Marítimo no jogo.

Na segunda parte, o meio-campo do Marítimo equilibrou e a Naval passou a jogar mais longe da baliza de Marcos. No entanto, foi neste período que surge o golo da equipa da Figueira da Foz, num ressalto na área em que, aos 75 m, surge Gilmar a chutar sem hipóteses para o guardião madeirense. Até ao fim do jogo a Naval teve ainda de actuar com menos um jogador, dada a expulsão de Carlitos.

No cômputo geral sobra a primeira vitória do Marítimo na Liga Betandwin, que se espera que seja apenas a primeira de muitas.

Cada vez mais perto...

Governo britânico confirma presença de vírus H5N1 em papagaio morto

O papagaio que morreu no Reino Unido, depois de ter estado em quarentena, estava infectado com a estirpe H5N1 do vírus responsável pela gripe das aves, confirmou o ministério da agricultura britânico hoje.

A ave fazia parte de um lote misto de 148 animais do Suriname, na América do Sul, e de Taiwan, que tinham chegado a 16 de Setembro deste ano.

O diagnóstico de gripe das aves no papagaio foi confirmado na sexta-feira pelo Governo britânico. Na altura, não sabia se a ave estaria infectada com a estirpe mais perigosa do vírus que provoca a doença, a H5N1, que matou pelo menos 60 pessoas na Ásia, nos últimos dois anos.

Fugir ao frio

(Foto: David Guttenfelder/AP)

Um sobrevivente do sismo no Paquistão olha pela janela de um helicóptero militar à chegada a Mansehra vindo de Paras. Milhares de pessoas que ficaram sem casa nas regiões montanhosas do norte do Paquistão tentam chegar agora às zonas mais baixas antes que os primeiros nevões caiam naquela zona.

Horas no fundo

(Foto: Kin Cheung/AP)

O Rolex Oyster Deep Sea Special No. 1 é o relógio mais resistente à profundidade dentro de água alguma vez já fabricado. Já esteve a uma profundidade de 10,915 metros na Fossa das Marianas, no Oceano Pacífico, o local da terra mais fundo que se conhece. Fabricado em 1958, este Rolex vai a leilão em Genebra (Suíça) no dia 14 de Novembro e está avaliado entre 64 e 95 mil dólares.

sábado, outubro 22, 2005

O difícil caminho da sobrevivência

(Foto: Tomas Munita/AP)

Uma idosa percorre o íngreme caminho de regresso a casa, depois de uma ida à aldeia de Ghanool, na Caxemira paquistanesa, onde recebeu alimentos para os próximos dias. Quase duas semanas depois do violento sismo que abalou a região, as estradas continuam intransitáveis e só ontem a ajuda humanitária chegou a Ghanool, transportada por mulas.

sexta-feira, outubro 21, 2005

"Gordos" foram obrigados a mudar de assento no avião

Numa viagem a bordo de um avião que ia apenas com metade da lotação, oito pessoas "avantajadas" ficaram chocadas quando uma hospedeira de bordo pediu que mudassem para os assentos na frente do aparelho, isto porque o capitão estava descontente com a distribuição de peso no avião.

Peter Harrison, passageiro do voo da Britannia Airways, de Tenerife para Gatwick, disse: "Ela [a hospedeira] disse que havia muitos passageiros na parte de trás do avião e que precisava que 8 pessoas gordas sentadas nas filas 31 a 42, mudassem para as filas da frente". Peter, apesar de não se encontrar em nenhuma dessas filas, disse que se sentiu algo incomodado, até porque pesa mais de 100 quilos.

Ao jornal "The Sun" disse ainda que: "A hospedeira olhava directamente para mim. No início até achei piada, mas deve ter sido extremamente humilhante para quem fosse gordo e estivesse sentado em alguma dessas filas. No final, oito pessoas foram obrigadas a mudar para os assentos na frente do avião antes de levantarmos. Não deve ter sido agradável para elas", concluiu.

"Al Shamsoons"

Os Simpsons em árabe

Toda a gente, pelo menos uma vez, já teve oportunidade de assistir a um episódio da fantástica série animada "The Simpsons". Uma família tipicamente americana, Homer, Marge, Bart, Lisa e Maggie, que conquistou paulatinamente o público jovem e graúdo, em todo o mundo.

Todo o mundo? Bem... quase! É que no Médio Oriente só agora é que esta excelente série foi autorizada a passar, pelo menos de forma legal. Mas não se pense que irá assim sem mais. Certas e determinadas condições foram exigidas aos produtores da série e, neste sentido, algumas alterações foram introduzidas nas personagens para que estas se tornassem mais aceitáveis aos Muçulmanos.

Para começar a série chamar-se-á "Al Shamsoons". Homer foi renomeado de Omar Shamsoon, e deixou de parte a cerveja e o bacon, que são ambos proíbidos pelo Islão, e já não frequenta as tascas repletas de vagabundos e vadios. Na Árabia, Omar bebe soda e os seus cachorros quentes foram substituidos por salsichas egípcias e outros doces tradicionais.

Os Simpsons "convertidos" tiveram a sua estreia no mundo árabe, no ínicio deste mês, a tempo do Ramadão, uma época alta para a TV. "Al Shamsoons" utiliza o mesmo formato animado da série original, mas as vozes são convertidas para árabico e os diálogos foram adaptados para tornar o show mais acessível (e aceitável) às audiências árabes.

No entanto, nem tudo são rosas, e já são muitas as vozes de protesto na comunidade árabe contra esta desocidentalização, que afirmam a série foi destruída.

Processar Deus?

Um preso romeno decidiu processar Deus por ter falhado em salvá-lo do diabo. O prisioneiro, chamado Pavel M, segundo a imprensa local, acusa Deus de traição, abuso e tráfico de influência.

Segundo o site Ananova, o homem alega que o seu baptismo é um contrato entre ele e Deus, que teria a obrigação de manter o Diabo longe, assim como os problemas.

A reclamação foi enviada para o tribunal de Timisoara e encaminhada para o escritório do procurador. Entretanto, os procuradores já disseram que provavelmente o processo será arquivado e eles, obviamente, não tem como chamar Deus para depor.

Cavaco Silva: "Estritamente pessoal"


O ex-primeiro-ministro Cavaco Silva anunciou ontem a sua candidatura às eleições presidenciais de 2006, que justificou como um "imperativo de consciência" e para "melhorar o clima de confiança" no país.

"Depois de uma cuidada ponderação, decidi candidatar-me à Presidência d a República. Confesso que não foi uma decisão fácil. Faço-o por um imperativo de consciência", afirmou Cavaco Silva na cerimónia de apresentação da sua candidatura, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

Estou convencido que estamos perante o futuro presidente da República Portuguesa. Depois do falhanço nas eleições presidenciais de há 10 anos atrás, chegou o momento de Cavaco Silva.

Carro da Minardi vai ser testado por uma mulher

A equipa Minardi decidiu dar a possibilidade à piloto inglesa Katherine Legge de testar um dos seus monolugares de fórmula 1, em finais de Novembro, no circuito de Vallelunga (perto de Roma), informou a escuderia italiana.

Legge, de 25 anos, participou este ano no campeonato "Toyota Atlantic" dos Estados Unidos, no qual conquistou três vitórias. «Estou encantada por ter esta oportunidade e por poder experimentar um Fórmula 1. É um sonho que tenho desde sempre e agora vou poder realizar», disse Legge, agradecendo a Paul Stoddart, proprietário da Minardi, e a Kevin Kalkhoven, a possibilidade de fazer este teste.

A equipa Minardi foi comprada pela escudaria Red Bull e na próxima temporada vai participar no Mundial de Fórmula 1 sob o nome "Toro Rosso". «Agora vou trabalhar duro e concentrar-me na prova para tentar convencer todos da minha capacidade para pilotar um Fórmula 1», acrescentou a inglesa.

Tiago Monteiro com três recordes do Mundo

Fórmula 1 — Época “estrondosa” do piloto português

Tiago Monteiro terminou em beleza a sua primeira temporada na fórmula 1 e deixou-a bem marcada, com um excelente conjunto de resultados que lhe permitiram a subida ao pódio e a conquista de vários feitos que serão escritos a “ouro” no “mundial”, e na história do automobilismo português.

O piloto conseguiu o «maior número de quilómetros realizados em corrida durante um campeonato de F1 desde sempre: 5.521 km constituem o novo recorde do Mundo».

Tiago cometeu ainda a proeza do «maior número de corridas terminadas numa temporada. Só são válidas se o piloto corta a linha da meta. Tiago Monteiro conseguiu-o em 18 dos 19 Grandes Prémios do maior campeonato da história da F1». O antigo recorde de 17 corridas era dividido entre Rubens Barrichello e Michael Schumacher.

O piloto alcancou ainda o «maior número de Grandes Prémios consecutivamente terminados, em ano de estreia na fórmula 1». Tiago Monteiro subiu para 16. O recorde que Sir Jackie Stewart guardava há 40 anos era de seis corridas, mas foi largamente superado pelo piloto português, que deixou agora a fasquia bem mais alta para os próximos “rookies”.

Na votação realizada entre os leitores da revista britânica “F1 Magazine”, que é traduzida em vários idiomas, contando com leitores em todo o Globo, Tiago Monteiro foi efectivamente o melhor de todos os novos pilotos do Campeonato do Mundo de 2005.

Tiago Monteiro termina o seu primeiro campeonato na liderança de várias outras estatísticas: piloto com mais quilómetros realizados nos fins-de-semana de corrida do “mundial” de 2005, 11.221 km (somando corridas, treinos e qualificação) e piloto com mais voltas realizadas nos fim-de-semana de Grande Prémio: 2.293 voltas.

Agora é esperar que o Tiago Monteiro consiga um lugar numa equipa para a próxima temporada do maior circo automóvel do mundo!

quinta-feira, outubro 20, 2005

"Yours truly" regressa aos palcos

Peça de teatro "A Breath of Spring", da MADS, para ver no Teatro Baltazar Dias de 26 a 30




A Madeira Amateur Dramatic Society (MADS) regressa em grande com mais uma comédia para apreciar em bom inglês.

"A Breath of Spring" passa-se na década de 50 e conta a história de um grupo de inquilinos que decide divertir-se a furtar e devolver objectos, depois da dona da casa suspeitar que a prenda oferecida pela criada havia sido tirada do vizinho. Na tentativa de restituir o bem ao legítimo dono, os justiceiros tomam-lhe o gosto e continuam a aventura do tira e põe, até que o caso chega à polícia, chamada a intervir.

Peles, criadas, suspeitas e agentes são ingredientes desta saga humorística, muito «leve e cheia de movimento» protagonizada por oito actores, entre madeirenses e estrangeiros. O elenco foi encenado por Ray Jeffery, num texto de Peter Coke para ver ao longo de uma semana. Anne Vallat, David Vallant, Janet Ellison, José Barros, Luís Miguel Rosa, Marina Bayntun, Rosie Borges e Teresa Gedge são os actores que participam no trabalho a estrear na próxima quarta-feira, no Teatro Municipal Baltazar Dias.

"A Breath of Spring" vai continuar em cena até ao dia 30 de Outubro. As sessões estão agendadas para as 21h00, excepto a última, prevista para as 18h00. Os bilhetes podem ser adquiridos no local por 12 euros. Os jovens e idosos com mais de 65 anos pagam apenas 7.

Apesar da longa experiência e de já ter dirigido a MADS em mais de meia dúzia de musicais, esta é a primeira vez que Ray Jeffery dirige uma comédia. O texto foi escolhido pelo próprio e aprovado pela Madeira Amateur Dramatic Society, após ter estudados vários, de autores mais conhecidos.

Esta peça de teatro surge depois de "Hay Fever", uma comédia ao estilo britânico, com um humor mordaz e refinado, bem ao estilo a que a companhia de Teresa Gedge tem habituado os madeirenses.

fonte: DN MADEIRA

O caminho da Lua


Genial...

Leiam e aprendam!

As rotundas têm sido um problema em crescendo na Madeira. Elas são uma solução fácil para resolver um problema num entroncamento. No entanto, a ignorância dos condutores sobre a regra das rotundas tem as tornado um antro de acidentes. Neste sentido resolveu, e bem, a DGV em emitir o seguinte parecer. Leiam e aprendam!

Às portas da Europa

(Foto: Alberto Estévez/EPA)

Um imigrante subsariano é fotografado junto a uma tenda da Cruz Vermelha no abrigo temporário instalado no enclave espanhol de Mellila, no Norte de África. Mais de 700 pessoas estão a ser assistidas pela Cruz Vermelha neste campo improvisado.

quarta-feira, outubro 19, 2005

Megainvestigação apanha bancos

Suspeitas de branqueamento de dinheiro em pelo menos quatro instituições bancárias

Empresas do universo de pelo menos quatro instituições de crédito (Banco Espirito Santo, Banco Comercial Português, Banco Português de Negócios e Finibanco) estão a ser investigadas por alegado envolvimento numa megafraude fiscal e branqueamento de capitais, no âmbito de um inquérito do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) do Ministério Público (MP).

Sob suspeita está um milionário esquema de lavagem de dinheiro que fez sair de Portugal milhões e milhões de euros, com destino a paraísos fiscais, através de empresas fictícias que eram detidas ou controladas por instituições bancárias. Nestas praças financeiras eram efectuados depósitos, em benefícios dos empresários, que o MP já identificou ou de quem ainda está a tentar confirmar a identidade. Ontem, foram feitas diversas buscas a bancos, mas também a domilicios. Designadamente, às residências de elementos da família Espírito Santo, fundadora do BES.

A investigação tornou-se pública anteonteontem, quando elementos da Polícia Judiciária e da Inspecção-Geral de Finanças (IGF) acompanharam magistrados judiciais e do MP em buscas a firmas do universo do BES, em Lisboa e no paraíso fiscal da Madeira. Assim se iniciou a apreensão de documentos e de dados informáticos, que prosseguiu ontem, e que deve continuar nos próximos dias. A vastidão dos alvos terá impedido a realização simultânea das diligências que visaram empresas do universo de várias instituições financeiras sob suspeita do DCIAP.

A Procuradoria-Geral da República deve tornar público hoje um comunicado sobre esta operação que, segundo várias fontes contactadas pelo PÚBLICO, pode abalar o sistema bancário e causar danos colaterais no tecido empresarial. Esta delicada investigação teve como ponto de partida uma acção inspectiva de funcionários de Braga, da Administração Fiscal, numa empresa da zona de Barcelos.

Num primeiro balanço, as suspeitas apontavam para (mais) um caso de facturas falsas, como muitos outros usado para empolar despesas e diminuir a matéria colectável e a inerente liquidação de IRC. Ou seja, a empresa em investigação terá feito contratos de prestação de serviço, designadamente de consultadoria, que nunca lhe foram prestados. As facturas, no entanto, foram incluídas na contabilidade da empresa de Barcelos e o dinheiro efectivamente saiu das contas da mesma.

Os dados entretanto recolhidos pelos elementos da brigada de Braga da IGF, especializada na detecção de fraudes fiscais, fizeram depois emergir indícios de um engenhoso processo de evasão de capitais, com destino a paraísos fiscais. As diligências posteriores acabariam por mostrar que os referidos contratos, feitos com empresas reais mas sem existência física, funcionavam como plataforma para o envio do dinheiro para os paraísos fiscais. As verbas eram assim canalizadas para contas tituladas pelo dono da empresa minhota, que assim evitava a tributação dos capitais enviados para aqueles destinos.

Os elementos então recolhidos pela IGF, no distrito de Braga, como já indiciavam, além da fraude fiscal, também branqueamento de capitais, justificaram a remessa dos autos para a directoria do Porto da PJ. Por sua vez, o DCIAP, há cerca de quatro meses, avocou o processo, ao perceber que não se tratava de uma situação isolada mas sim de um padrão de comportamento que envolvia várias empresas de renome e também diversas instituições bancárias com interesses na chamada banca de investimentos. E o que parecia ser um caso de dimensão local acabaria por ajudar Rosário Teixeira, procurador da República, agora titular dos autos, a desencadear uma das maiores ofensivas ao sistema financeiro português.

Ainda segundo apurou o PÚBLICO, o processo conta já com milhares de horas de escutas telefónicas, que poderão ser fundamentais para o esclarecimento do esquema.

Buscas na Madeira, Porto e Lisboa

Durante todo o dia de ontem, a Polícia Judiciária e a IGF, reforçada com elementos da brigada de Braga de combate à fraude fiscal, estiveram em diversas instituições bancárias. As buscas voltaram à sede do BES, em Lisboa, e também a instalações daquele banco no Porto. Na Madeira, foram apreendidos documentos em diversos delegações bancárias de investimento. Foram também feitas buscas a algumas empresas, de Norte a Sul do país, bem como aos domiclios de quadros de instituições de crédito, a quem foram confiscados computadores e documentos diversos.

As diligências prosseguem hoje e o PÚBLICO sabe que podem estender-se até á próxima semana, com eventual prejuízo para a conservação dos meios de prova. Algumas das diligências terão merecido reservas das instituições buscadas, que não se conformaram com o facto de o levantamento do sigilo bancário não ter sido individual mas visar um conjunto de clientes. Segundo noticiou ontem a RTP, o MP requereu há dias o levantamento do segredo bancário em duas instituições de crédito, BCP e BPN.

Com José Augusto Moreira Ricardo Salgado, presidente do grupo Espírito Santo, esteve ontem na RTP, onde foi entrevistado por Judite de Sousa, tendo desvalorizado as investigações das autoridades policiais e judiciais. "Admito alguma negligência, mas a lei fundamental está a ser cumprida", disse, garantindo que o "banco pugnou sempre pelo cumprimento das leis". "Não temos a temer a investigação em curso, o que lamentamos é a violação do segredo de justiça. Os bancos, que são pilares fundamentais da economia portuguesa, estão a sofrer o impacto das notícias", afirmou, garantindo que a "credibilidade do BES deve ser salvaguardada".

Ricardo Salgado confirmou ainda, durante a mesma entrevista, que as autoridades fizeram buscas na sede do banco, em Lisboa, e em duas empresas com ligações ao GES. O presidente do grupo financeiro disse ainda que o branqueamento de capitais é um problema generalizado, que tem a ver com a economia paralela, e assegurou que qualquer situação que indicie branqueamento de capitais é transmitida às autoridades. "É uma prática do nosso banco".

Ricardo Salgado referiu, por fim, que pretendia deixar, não um alerta, mas uma preocupação. "O BES é o único banco que tem genuinamente capital português. E estas situações poderão levar os clientes a ser atraídos pelos bancos estrangeiros", concluiu, garantindo esperar que qualquer dúvida sobre os procedimentos do BES seja rapidamente esclarecida pelas autoridades.

fonte: PUBLICO

terça-feira, outubro 18, 2005

A capa das capas

(Foto: AP/American Society of Magazine Editors)

A capa da revista "Rolling Stone" de 22 de Janeiro de 1981, com uma imagem de John Lennon e Yoko Ono, foi votada pela American Society of Magazine Editors como a melhor dos últimos 40 anos. A imagem foi captada por Annie Leibovitz em Dezembro de 1980 no último dia da vida de Lennon.

segunda-feira, outubro 17, 2005

Retoques finais

(Foto: Boris Roessler/EPA)

São dados os últimos retoques na imagem gigante de Pamela Anderson colocada no pavilhão da Taschen-Verlag na Feira do Livro de Frankfurt. O certame abre oficialmente amanhã. Os organizadores esperam receber milhares de visitantes até ao próximo fim-de-semana.